O Mormonismo

Pr. Marcelo Lemos

Texto originalmente escrito para a revista ‘Examinai’; um projeto da Casa Publicadora Pentecostal. Adaptado de texto anônimo da web, tendo sido conferidas informações e acrescida de outras.

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema!” – Gálatas 1.8

Você certamente já se deparou com uma dupla de jovens vestidos com camisas brancas, uma plaquetinha no peito e que se identificam como Elders. Eles são jovens missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; popularmente conhecida como Igreja dos Mórmons.
 A Igreja Mórmon advoga ser a única Igreja Verdadeira. Segundo eles, Deus lhes deu a missão de restaurar a verdade o Evangelho, já que todas as demais organizações cristãs estavam longe dos caminhos do Senhor, em total apostasia espiritual e doutrinária.
 No entanto, à medida que avançarmos nesta lição, você perceberá que este grupo não deve, sequer, ser classificado como uma seita cristã. Eles não possuem nada em comum com o cristianismo.

 I – A HISTÓRIA MORMON

 O Profeta da Igreja dos Mórmons. Seu nome era Joseph Smith Júnior, nasceu em 23 de dezembro de l805 em Sharon, Estado de Vermont. Foi criado na pobreza e superstição. Em 1820, aos quinze anos, já residente em Palmira, estado de Nova Iorque, participou de um grande movimento evangelístico na região, e ao orar num bosque (segundo ele), perguntando a Deus qual Igreja devia pertencer, apareceram-lhe dois anjos resplandecentes e lhe disseram que todas as igrejas estavam desviadas; e que ele não se unisse a nenhuma. O evangelho de Cristo em breve seria restaurado.

 Lendo o nosso Texto Áureo podemos ver a falsidade de tais pretenções: Veja Gl 1.8,9.

 Poligamia e Perseguição. Os mórmons gostam de dizer que foram uma Igreja perseguida por causa da verdade. No entanto, quais foram os reais motivos que culminaram com justiça perseguindo o grupo? A resposta: poligamia!

 Devido à doutrina da poligamia, Smith e seus seguidores sofreram várias perseguições, razão pela qual eram levados a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma colônia e fundar o reino de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde erigiram a cidade de Nauvoo. Aí acusado de grosseira imoralidade falsificação, Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou Smith e a seu irmão Hyrum.

II – MORMONISMO E A BÍBLIA

 1. Bíblia Corrompida? Eles alegam acreditar na Bíblia Sagrada apenas onde se tenha conservado uma tradução correta da mesma. Segundo pregam, a Igreja Apóstata [demais cristãos] têm corrompido a Palavra de Deus ao longo dos séculos; hora acrescentando, hora retirando conteúdo.

 Tal acusação que os mórmons fazem a Santa Bíblia não procede. Temos em mãos hoje em dia mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento; comparando-os uns com os outros, há uma concordância em volta de 99,95% de todo o seu conteúdo; sendo que dos 0,05% de “variações”, bem poucas, são de valor doutrinário. Assim, podemos ler as Escrituras com a convicção de que a Palavra de Deus é pura e verdadeira - Salmos 12:6-7; Salmos 19:7; Salmos 119:89; Salmos 138:2; Isaías 40:8; Mateus 4:4; Mateus 5:18; Mateus 24:35; Lucas 16:17; etc.

 2. Acréscimos as Escrituras. Além de não crerem inteiramente na Bíblia Sagrada como sendo a Perfeita Palavra de Deus; os mórmons ainda reconhecem diversos outros livros como sendo divinamente inspirados. Dentre tais livros estão: O Livro de Mórmon; Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Convênios.

 bem da verdade deve ser dizer que as doutrinas e práticas mórmons são baseadas nestes livros e não nas Escrituras Sagradas. Eles só utilizam a Bíblia quando pensam que a mesma está do lado deles.

 III – MORMONISMO E DEUS

 1. Politeísmo. Os mórmons são politeístas; ou seja, acreditam em diversos deuses. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, por exemplo, são tidos por eles como sendo três divindades separadas.

 E acreditam em diversos outros deuses.

 2. Divinização do Homem. Segundo os Mórmons, todo ser humano, que seja fiel a doutrina da seita, poderá um dia se tornar um “deus” também e ser igual ao Pai e Cristo. Para eles o homem pode se tornar um ser divino.

 3. Deus era homem. Uma frase mórmon diz: “O que o homem é, Deus já foi. O que Deus é, o homem poderá ser!”. Em outras palavras, eles crêem que um dia Deus também foi homem, contudo, ao cumprir sua missão na Terra alcançou o posto de Divindade.

 Tais ensinamentos não possuem qualquer semelhança com o que as Escrituras ensinam. Como um escritor evangélico escreveu a um mórmon: “A Bíblia ensina que existe apenas UM Deus; e este Único Deus não é você”. Em outras palavras: só existe um Deus, que é Eterno, nunca foi homem, e qual o homem nunca será - Ex 20.1-3; Dt 6.4;4.33,34,35,39; 1 Rs 8.60; Is 45.5,6,12,21,11; Joel 2.27 etc.

 Normalmente as seitas são contraditórias e, nesta doutrina politeísta, os mórmons seguem a regra da auto-contradição. Originalmente eles acreditavam que só existia UM Deus. O próprio Livro de Mórmon afirma isso várias vezes. Depois, eles passaram a dizer que cada Pessoa da Trindade era um “deus” diferente; adotando o Politeísmo. Hoje, ensinam que cada crente mórmon poderá se tornar um “deus” na eternidade.

 IV – MORMONISMO E JESUS CRISTO

 1. Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo. Isso é o que ensinam os mórmons! Segundo Eles, Jesus foi gerado por PROCESSO NATURAL de uma relação entre o Deus-Adão e Maria, Mãe de Jesus.

 Contra tais atrocidades doutrinárias a Bíblia nos fornece passagens como: Mt 1.18-23; Lc 1.26-35.

 2. Jesus foi casado e teve filhos. Na verdade, alegam que Jesus teve várias esposas [poligamia]. Dentre suas [supostas] esposas estariam Marta e Maria, irmãs de Lazaro, e Maria Madalena.

 Na tentativa de justificar tais devaneios, eles sustentam que nas Bodas de Cana, Jesus estava em seu próprio casamento. No entanto, não é isso que dizem as Escrituras. A Bíblia diz, no Evangelho de João, que Jesus, sua mãe e seus discípulos haviam sido convidados para a festa.

 V – OUTROS PONTOS DOUTRINÁRIOS

 1. Batismo Pelos Mortos - Ensinam que aqueles que morrem sem ter sido batizados na Igreja dos Mórmons, terão oportunidade de ouvir a pregação da verdade no mundo dos espíritos, Muitos crerão, mas não terão ali oportunidade de se batizar para serem salvos. Portanto, os fiéis que ainda vivem, devem batizar-se em lugar de cada defunto cuja conversão deseja. Para essa doutrina citam 1 Pe 3.18-20 e 1 Co 15.29.

 Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesiástica quanto ao batismo pelos mortos como uma prática da Igreja. Pelo contrário, em 1 Co 15.29,30 Paulo faz uma represália.

 2. Casamentos Para Eternidade - Alegam que é possível se casar para toda a eternidade. Numa reunião especial no Templo Mórmon, o casal se compromete a não contrair outro casamento caso um deles venha a falecer – assim, poderão ficar casados por toda a eternidade.

 Segundo a Bíblia, os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30).

 3. O Sacrifício de Cristo – Sustentam que Jesus levou sobre si apenas o pecado de seu pai, Adão. Para o resto da humanidade, a morte de Cristo tornou possível a libertação dos efeitos da Queda de Adão; porém, Jesus não levou sobre si, nossos pecados. Assim, negam a doutrina da Expiação.

 Contra isso a Bíblia declara enfáticamente: “"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras..." (1 Coríntios 15:3). Outros textos: 1Ti 2:6; 4:10; Tit 2:11; Heb 2:9; 2Pe 3:9; 1Jo 2:2.

 Expiação refere-se ao ato originado e finalizado em Deus pelo qual um judeu crente  tinha (provisoriamente) a culpa e a penalidade dos seu pecado COBERTAS e a santa justiça de Deus satisfeita, através da confissão do pecado e do merecimento da penalidade, quando da execução da sentença sobre um adequado animal substituto que, em fé, o crente via como tipificando o sacrifício perfeito, único e definitivo do Cordeiro de Deus, que viria e TIRARIA o pecado do mundo, João 1:29.

Conclusão:

Apesar da brevidade de nossa exposição, cremos ter sido possível demonstrar que, como afirmamos na Introdução, que o Mormonismo não pode ser classificado como um movimento cristão.

 Como fica claro ao analisar suas principais doutrinas, o Mormonismo usa a Bíblia apenas quando considera ser conveniente aos seus interesses.