O Valor da Interpretação Bíblica


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                                             Marcelo Lemos

Hermenêutica nada mais é do que a busca pela compreensão correta de um determinado texto, seja este religioso ou não. Em se tratando das Escrituras, nos referimos a Hermenêutica Bíblica, ou seja, a Interpretação bíblica. No entanto, assim que entrei no Seminário pude notar que havia duas matérias sobre interpretação bíblica, a Hermenêutica e a Exegese. A princípio eu não entendia muito bem qual era e se havia diferença entre as duas matérias, e ainda hoje encontro algumas pessoas que me perguntam a respeito. Hoje, em poucas palavras, pretendo abordar o assunto, e quem sabe incentivar o leitor a aproveitar melhor sua leitura bíblica diária.

É até estranho tentar justificar a importância da hermenêutica e da exegese, haja vista que seu valor deveria ser óbvio – nem mesmo este texto que escrevo pode ser corretamente interpretado se o leitor não domina os princípios mais elementares da interpretação de textos. Mas, já que exemplos são sempre bem úteis para ilustrar a verdade, podemos usar os hereges para este fim. Claro, pretendo abordar o assunto através de exemplos. O primeiro texto que analisaremos é Atos 26.26:

“Porque o rei, diante de quem falo como liberdade, sabe destas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto nãos fez em qualquer canto” (Atos 26.26).

O que este texto significa? O que eu preciso para compreender adequadamente? Estritamente falando não é necessária exegese aqui, apenas hermenêutica. Na verdade, gosto de pensar nestas duas matérias como um todo, as vejo como partes inter-relacionadas, mas inicio diferenciando-as para clarificar alguns métodos de interpretação mais adiante. O significado deste versículo pode ser devidamente alcançado com a leitura atenta ao contexto da passagem.

E, para compreender adequadamente o contexto, podemos e devemos fazer uso de algumas perguntinhas mágicas: Quem? Quando? Onde? Por quê? Para quem? Como? E assim por diante. Como tais questões em mente, podemos saber com muita precisão o significado do versículo acima.  Para aqueles que esperaram pelo desfecho do Desafio que fizemos ao Brother Eli Soriano, o texto acima já é familiar, pois o líder da Igreja de Deus, um seita que veio das Filipinas, o utilizou para declinar do debate, alegando que, no texto acima, a Escritura ensina que um debate não pode ser feito “pelos cantos”. O desafio era debatermos determinado assunto de modo acadêmico, através de ensaios teológicos, que seriam publicados na Internet e possivelmente em formato de livro. Segundo ele isso contraria as Escrituras, e por isso, ele declinou do convite.

Quando Paulo falava com toda a ousadia não era pelos cantos que ele falava, mas até mesmo diante dos poderosos como os Reis... Mas, você só prova com essa atitude que não é um enviado de Deus e de que não foi a pessoas como você que tem tal atitude que Deus confiou o seu rebanho e a razão? Você quer fazer as coisas da forma que é contrária as sagradas escrituras... "PELOS CANTOS" (Ex-pastor Marcos, Igreja de Deus, comunicando que Eli Soriano estava rejeitando o confronto).

Agora, será que o texto de Atos 26.26 está ensinando que um debate teológico não possa se dar pelos meios acadêmicos e literários, sendo obrigatório que ocorre diante de uma plateia e câmeras de televisão? Será que ao propor tal desafio ao Eli Soriano ficou provado “com essa atitude que não é um enviado de Deus”? Não há porque quebrar a cabeça; basta ir ao texto e perguntar!

Paulo está sendo julgado e expõe sua defesa diante do Rei Agripa, conforme somos informados no contexto (por ex. 26.27). Em sua defesa Paulo explica qual era o conteúdo de sua pregação, pela qual estava sendo julgado. E sua pregação era “permaneço, dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada senão o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer; isto é, como o Cristo devia padecer, e como seria ele o primeiro que, pela ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e também aos gentios” (26.22,23). Assim, já temos claro sobre o que Paulo está falando no texto, ou seja, o seu tema: a ressurreição de Cristo.

Ouvindo a exposição de Paulo, um dos ouvintes, de nome Festo, reage acusando Paulo de ter pedido o juízo: “Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!” (26.24). Então, aos olhos de Festo, Paulo era um lunático, já que cria numa coisa tão absurda como a que Cristo teria ressurgido dos mortos. Novamente Paulo assume a palavra, e diz: “Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo palavras de verdade e de perfeito juízo. Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois não creio que nada disso lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto” (26.25,26).

O que “não se fez em qualquer canto”? Paulo está se referindo a algum debate de ideias, como sugere Eli Soriano, ou refere-se ao cumprimento das profecias messiânicas? Evidentemente o leitor, pelo que leu até aqui, já terá a resposta. Mesmo assim, analisando um pouco mais o contexto se provará, sem qualquer sombra de dúvida, que a tese de Eli Soriano é tola. Pois, de pois de ter respondido a Festo, Paulo vira-se ao rei Agripa, e lhe diz:

- Crês tu nos profetas, ó Rei Agripa? Sei que crês! (v.27).

- Por pouco me persuades a fazer-me cristão; respondeu Agripa a Paulo (v.28).

Eis aí a resposta, que apenas exigiu do leitor uma leitura atenta ao contexto do versículo isolado fraudulosamente. Este exemplo, como tantos outros, serve para demonstrar a velha máxima, “texto fora de contexto é pretexto para heresia”. De fato, é assim. Por isso, quando estudamos a Escritura, quando a ensinamos ou pregamos, devemos ter sempre em mente um cuidado especial com o contexto, as figuras de linguagem, a pontuação, e assim por diante. 


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Outro exemplo que ilustra bem a necessidade da hermenêutica é o mau uso de S. Mateus 18.20:

Hoje, escuto a muitos cristãos falando da Igreja como se fosse uma coisa distante e sem nenhuma relevância na vida dos crentes. Portanto, não fico surpreso que muitos cheguem a acreditar que só precisam que duas ou três pessoas estejam juntas para ser igreja, conforme a interpretação literal que fazem de Mateus 18.20.

Será que este texto realmente ensinou isso? O contexto está falando do perdão dos pecados e da autoridade que se tem quando dois ou três cristãos tomam uma decisão a respeito desta questão. Portanto, este texto no seu contexto está falando de disciplina cristã (Não sejamos ilhas, sejamos Igrejas; Josep Rossello, blog Café com o Bispo).

E a exegese? Etimologicamente, o termo refere-se a ação de “extrair” ou “trazer para fora”. De certo modo é algo mais técnico, tendo haver com contexto histórico, idiomatismos, gramática, morfologia, línguas originais, etc. O ensinamento de Cristo a respeito do Divórcio ilustra bem o valor da exegese.

“Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério” (S. Mateus 5.32).

Apesar de alguns considerarem este texto de fácil compreensão, isso foge a realidade; de fato, uma multidão de teólogos têm se debruçado sobre este texto buscando lhe desvendar. Há uma complexidade tal que nem mesmo os tradutores são unanimes. A Almeida Atualizada de 1993 traduz: “exceto em casos de relações sexuais ilícitas”, enquanto outra Atualizada vai dizer apenas “a não ser por causa de infidelidade”. A versão Corrigida de 1995 trás “a não ser por causa de prostituição”, no que segue a King James Version, que trás “fornication”. A Bíblia Ave-Maria por sua vez diz: “a não ser que se trate de matrimônio falso”. O leitor desatento pode não se dar conta, mas estas traduções não estão dizendo a mesma coisa!


Qual a base para se aceitar o recasamento de cristãos divorciados? Quase unanimemente a resposta será “adultério”. Mas não é tão simples como parece.


Dois textos em Mateus complementam as afirmações registradas em outros lugares. Mateus 5:32 diz: "Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério." A regra básica é a mesma encontrada em Lucas 16:18 e Marcos 10:11-12. O divórcio geralmente resulta em outros pecados. Novo casamento é condenado. Se, contudo, o divórcio for por causa de imoralidade sexual, aquele que repudia a ofensora não faz com que ela se torne adúltera. Mateus 19:9 inclui um elemento adicional: "Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]." Novamente, divórcio leva a pecado adicional e o novo casamento é condenado. Como em todos os outros textos relevantes, à pessoa que é repudiada (independente do motivo) não é dada permissão para casar novamente. Mas se um homem se divorcia de sua esposa por causa de infidelidade sexual dela, ele não comete adultério se tornar a casar-se. Gramaticalmente, a exceção nega a conseqüência normal. A mesma palavra grega é usada em João 19:11, onde Jesus disse a Pilatos: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada". Uma vez que lhe tinha sido dada de cima, Pilatos teve autoridade para sentenciar Jesus à morte. Semelhantemente, a conseqüência em Mateus 19:9 é alterada em casos de traição: quem quer que se divorcie de sua esposa por causa da imoralidade sexual dela e se casa com outra não comete adultério” (Denis Allan). 


Segundo a opinião acima exposta divórcio e ‘recasamento’ são possíveis nos casos onde uma das partes violou o pacto do casamento por infidelidade sexual, e nenhum outro motivo. É a opinião, ao que me parece, da maioria dos cristãos evangélicos atualmente – se bem que poucos se preocupam em discutir se a parte culpa de adultério possa ou não se casar.

Mas há quem interprete de modo a dizer que nenhuma interpretação é possível. Os católicos são os mais notáveis representantes desta posição. Na Bíblia Ave-Maria, citado acima, encontramos a seguinte tradução: “a não ser que se trate de matrimônio falso”. Em outras palavras, só poderá haver novo casamento caso a Igreja considere o primeiro casamento inválido. Não é nosso objetivo aqui nos aprofundar nos meandros do Direito Canônico da Igreja de Roma, mas a ideia é que um casamento jamais pode ser dissolvido a menos que ele não tenha existido – por exemplo, se uma das partes foi engada pela outra, como ocorreria quando um dos conjugues já era casado.


Muitos protestantes compartilham de entendimento semelhante. David L. Brown é um bom exemplo. Ele argumenta que S. Mateus não usa o termo “adultério” e sim “fornicação”.

“Na sociedade judaica, fornicação (porneia) e adultério (moichao) eram dois pecados diferentes. O adultério era um pecado cometido pela pessoa cujo casamento tinha sido consumado, depois do período de noivado. Mas, uma pessoa que tivesse relações sexuais com alguma outra pessoa que não seu noivo não cometia adultério, mas fornicação. Divórcio só era permitido para comportamento sexual impróprio durante o período de noivado” (Casamento, Divórcio e Segundo Casamento; Monergismo).


Segundo tal interpretação, que exegeticamente é superior a primeira que mencionados (que vimos em Denis Allan e é a mais comum entre os evangélicos), pois na primeira simplesmente ignora-se completamente a distinção entre “fornicação” e “adultério” – um erro que o exegeta não pode se dar ao luxo. A interpretação de Brown é muito mais completa, já que foi diretamente ao texto grego para buscar o significado. Essa é a função do exegeta.


Mas ainda não terminamos. Este artigo seria incompleto sem citarmos Rousas John Rushdoony, uma das mentes mais brilhantes da Teonomia (já falecido).


“A interpretação protestante mais amplamente aceita a respeito do ensino do Novo Testamento acerca do Divórcio limita-se ao adultério, com base em S. Mateus 19.9, e o abandono, I Coríntios 7.8-24. Muitos limitam o Divórcio apenas ao adultério. O curioso sobre esta interpretação é que ela se baseia em sobre uma única palavra, e que esta palavra não é adultério!”.

Observe-se que, assim como Brown, Rushdoony vai ao texto grego verificar que palavra realmente é utilizada pelo escritor inspirado, e descobre que, ao contrário do que muitos pensam, e ao contrário do que diz a própria doutrina majoritária entre os evangélicos, o termo NÃO é “adultério”, mas fornicação. Brown, no entanto, se vale deste fato para afirmar que nenhuma causa justifica o divórcio e nem autoriza um novo casamento. Rushdoony chega a uma conclusão diferente. Comento sobre isso mais adiante.

“Se houvesse desejado dizer somente adultério, haveria usado a palavra adultério e nenhuma outra. Posto que toda relação sexual fora do casamento é considerado adultério, usar uma palavra diferente significa que, além do adultério, certos atos que possam ser descritos como fornicação constituem base válida para o divórcio. Reduzir o significado de fornicação ao adultério é violentar o texto...”.


Em sua exposição, Rushdoony explica que “fornicação” refere-se a todo tipo de vida sexualmente imoral, mas não se limita a isso. Ele argumenta, com base no uso que a Septuaginta faz do termo, por exemplo em Juízes 19.2, que alguns pecados que não envolvia imoralidade sexual também são classificados como fornicação. No texto citado, o pecado da mulher teria sido “desobediência obstinada contra o esposo”.


Convém explicar melhor o argumento acima. Em Juízes 19.2 lemos que a esposa de um levita havia “adulterado” contra ele, e logo em seguida se diz que ele foi atrás dela, tentando uma reconciliação. Também é dito que ela retornou a casa de seu pai. Em primeiro lugar isso contraria os costumes judaicos, onde a família jamais aceitava uma filha adultera ou prostituída em casa, era a pior das desonras. Além disso, a atitude do levita é uma violação de Levítico 21.7. Como explicar isso? Na versão grega o termo é “fornicação”, o mesmo utilizado por Jesus, e poderia, segundo alguns comentaristas, ser traduzido como “desobediência obstinada”. Ou seja, o que ela fez, na verdade, foi rebelar-se contra o marido e retornar a casa dos pais. O autor argumento, então, que mesmo a palavra adultério nem sempre se refere a relações sexuais ilícitas, podendo referir-se a adultério espiritual.


Se este argumento pode parecer um pouco forçado, os dois seguintes são magistrais. Primeiro, Rushdoony argumenta, com toda razão, que segundo Jesus antes da Queda não havia qualquer legislação para o divórcio, que só se fez necessária por causa do pecado humano. “Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio” (S. Mateus 19.7). Então, argumenta o autor, se o Divórcio se fez necessário devido ao pecado “podemos eliminar a legislação mosaica desde que possamos eliminar por completo os efeitos da Queda”. Assim, uma vez que não podemos eliminar completamente os efeitos da Queda, a legislação mosaica sobre o assunto permanece de pé.


“A legislação do Divórcio é necessária em um estado de pecado... Mateus 19.9 é, pois, a reafirmação que Jesus faz de Deuteronômio 24.1 onde a fornicação ou indecência de qualquer natureza é motivo válido para o divórcio” (citações do livro La Instituiçion de La Ley Biblica).


O problema com os judeus não era a legislação mosaica, mas sua falsa interpretação. Rushdoony diz que eles interpretavam “se ela não achar graça aos seus olhos”, em Deuteronômio 21.1, de modo que significasse “por qualquer motivo” (S. Mateus 19.3). Assim, eles legislavam em favor próprio, esquecendo-se, interpretando a legislação mosaica como o privilégio pessoal de dispor da esposa como bem entendessem. Os judeus, assim, viam o divórcio como a sociedade atual, baseado em interesses pessoais e egoístas. O problema não era a Lei, mas os judeus.


Em segundo lugar Rushdoony argumenta, como eu também defendo em um artigo aqui publicado, que há uma continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, e não uma ruptura. Ou seja, a Lei de Deus é uma em todas as épocas, apesar de sua aplicação cultural poder variar. Então, Rushdoony argumenta que restringir o divórcio ao adultério, ou negá-lo por completo é uma posição antinomista, quer dizer, contrária a Lei de Deus. Apesar de eu já ter escrito a favor da limitação ao “adultério”, seu argumento me faz ver uma necessidade de refletir melhor a questão.  


Destas três intepretações dou preferencia a última, já que ela além de mergulhar nos detalhes técnicos do texto também leva em consideração o contexto imediato e remoto das Escrituras; ou seja, ela busca se harmonizar com todo o ensino bíblico sobre o assunto. Isso é exegese e hermenêuticas fundidas como uma coisa só. Rushdoony vai inclusive se valer da autorização de Paulo para o divórcio naqueles casos onde o cristão foi abandonado pelo conjugue (I Coríntios 7.15). Ao ser abandonado, o cristão não está mais, nas palavras de Paulo, “sujeito a escravidão”, podendo voltar a casar.


Consegue o leitor notar a importância da interpretação bíblica? Consegue o leitor perceber a diferença técnica entre Hermenêutica e Exegese, e também que as duas são interdependentes? Ainda que o leitor possa discordar de algo dito acima, especialmente no caso do ‘divórcio’ – assunto bastante controvertido – espero ter alcançado o objetivo central deste texto: incentivar o estudante das Escrituras a aproveitar melhor suas leituras diárias do Livro.


4 comentários :

  1. Marcelo... Hermeneutica portanto seria uma leitura do texto que leva-se em conta o contexto imediato e o seu significado dentro da Revelação Divina a fim de compreender o que o texto está dizendo. Exegese seria um estudo profundo acerca (ou para descobrir) uma "verdade teológica" na Escritura por meio da leitura dos originais e seu encaixe no todo da revelação. Seria isso? Algo foi colocado errado?

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  2. Sim, de certa forma, mas mantendo a unidade orgânica delas. Exegese é "extrair" - como que um arqueólogo tentando decifrar alguma coisa. É o aspecto mais técnico da interpretação, onde é importante conhecimento das línguas originais, a história da transmissão do texto, o léxico, a morfologia, etc.

    Abraços

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  3. Cara, parabéns pelo texto, mas você tem que aprender a dizer mais em menos palavras.
    Textos muito extensos fazem o leitor perder atenção.
    Não é uma história com personagens e ambiente, logo, muita informação desaparece.
    Escrever bem não é escrever muito... geralmente é o contrário, mas parabéns pelo estudo.

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  4. A dica é ótima, vou tentar lembrar! Valeu.

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