[Charles H. Spurgeon] A Responsabilidade Humana
NOTA: Este artigo está disponível na íntegra no site do Projeto Spurgeon, mantido pelo irmão Armando Marcos. Para nós foi um prazer traduzir este sermão do "príncipe dos pregadores". A Responsabilidade Humana é um livro de leitura edificante e agradável. Abaixo, a introdução da mensagem.
Sermão pregado na manhã de Domingo, 16 de Maio de 1858,
Por Charles Haddon Spurgeon
No Music Hall do Royal Surrey Gardens, Londres.
“Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado” (João 15.22).
O pecado marcante dos judeus, o pecado que agravou suas iniquidades anteriores acima de qualquer outra, foi sua recusa em receber Jesus Cristo como o Messias. Ele havia sido descrito com toda clareza nos livros dos profetas, e aqueles que O aguardavam, como Simeão e Ana, tão logo o viram ainda recém-nascido, se regozijaram por contemplá-lo, e compreenderam que Deus havia enviado Sua salvação. No entanto, como Jesus Cristo não correspondia as expectativas daquela geração perversa; como Ele não veio com pompas, nem vestido como os poderosos; como ele não possuía os privilégios de um príncipe, nem as honras de um rei, os judeus fecharam os olhos para não vê-lo - Ele era “como raiz de uma terra seca”, Ele foi “desprezado e o mais indigno entre os homens” (Isaías 52.2,3). E seu pecado não se limitou a isso. Não contentes em negar sua condição de Messias, os judeus estavam grandemente inflamados em sua ira contra Ele; o perseguiram durante toda sua vida, buscando seu sangue; e não se acalmaram até que sua malignidade diabólica fosse saciada ao pé da Cruz, onde assistiram as dores da morte e as agonias da expiação de seu Messias crucificado. Embora sobre a Cruz estivessem as palavras: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus” (João 19.19), eles não conheceram seu Rei, o Filho Eterno de Deus. E como não o conheceram, o crucificaram; se o houvessem conhecido “nunca teriam crucificado o Senhor da Glória” (I Coríntios 2.8).
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Agora, o pecado dos judeus é repetido todos os dias pelos gentios; aquilo que eles fizeram uma vez, muitos continuam a fazer dia após dia. Não existem muitos entre os presentes aqui hoje, escutando minha voz, que rejeitam o Messias? Vocês evitam a saia justa de negá-lo; vocês não querem se prejudicar indo a público para blasfemá-lo, já que vivem num país de maioria cristã. Talvez vocês mantenham uma doutrina correta sobre Ele, e até creiam que Ele é o Filho de Deus, bem como Filho de Maria; porém, ainda assim, não cumprem o que Ele pede, não lhe dão qualquer honra, e não o aceitam como digno de sua confiança. Ele não é seu Redentor; vocês não esperam sua segunda Vinda, nem estão esperando ser salvos por meio de seu sangue; e ainda pior, vocês o estão crucificando hoje - por acaso não sabem que aqueles que negligenciam o Evangelho, crucificam novamente o Senhor e reabrem suas feridas? Por mais vezes que escutem a pregação da Palavra, a recusam; por mais vezes sejam prevenidos emudecem a voz de sua consciência; por mais vezes sejam conduzidos ao temor, ainda dizem: “Ainda não é tempo, siga teu caminho, em momento apropriado, te buscarei”. Em todas estas vezes, vocês tomam nas mãos o martelo e os cravos, e vez após outra, lhe perfuram as mãos e sangram seu lado.
Também de outros modos vocês o ferem, e é quando atacam membros do seu corpo. Todas as vezes que desprezam Seus ministros, ou lançam pedras de tropeço no caminho de Seus servos, ou se tornam empecilhos ao Evangelho por mau testemunho, ou quando com palavras duras tentam desviar o caminho daquele que busca a Verdade – em todas estas vezes vocês cometem a grande iniquidade que trouxe maldição sobre o povo judeu, e que os tem condenado a caminhar errantes pela Terra, até o dia da segunda Vinda, quando Ele virá e será reconhecido, até mesmo pelos próprios israelitas, como o Rei dos judeus; para quem, tanto judeus quanto gentios, estão agora olhando com ansiosa expectativa, o Messias, o Príncipe que uma vez veio padecer, mas que virá outra vez para reinar.
Hoje, vou me esforçar para demonstrar o paralelo entre o caso de vocês e o dos judeus; e não farei isso com frases bem elaboradas, mas de maneira incidental, como Deus me ajudar, apelando para sua consciência, fazendo-os sentir que, ao rejeitarem Cristo, cometem o mesmo pecado e incorrem no mesmo castigo. Em primeiro lugar, precisamos meditar sobre a excelência do Ministério da Palavra, no qual Cristo veio e falou aos homens: “Se eu não viera, nem lhes houvera falado”. Em seguida, meditaremos sobre o agravamento do pecado por causa da rejeição a mensagem de Cristo: “nem lhes houvera falado, não teriam pecado”. Em terceiro lugar, falaremos sobre a aniquilação de todas as desculpas pela pregação da Palavra: “mas agora não tem desculpa do seu pecado”. E, por fim, anunciaremos de modo breve, mas solene, “a condenação terrivelmente agravada de quem assim rejeita o Salvador, e aumentam sua culpa por desprezá-lo”.
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Bom dia Marcelo! Este projeto é realmente maravilhoso. Que Deus abençoe o ministério do irmão. Fica na paz!
ResponderExcluircafeegraca.blogspot.com
Um privilégio ter acesso a uma mensagem assim. Deus lhe abençõe.
ResponderExcluirPermaneçamos firmes!