Repensando a Grande Comissão com o Profeta Jonas
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Comento: estou tendo o prazer de ler um livro fantástico sobre Escatologia redigido pelo irmão Frank; texto que ainda não foi editado e publicado, mas deveria sê-lo urgentemente! São 108 páginas - ainda sem edição, em formato .Doc, de pura Teologia Reformada e Escatologia da Esperança, ou seja, Pós-Milenismo! Morram de "inveja" vocês todos (risos)! O texto é excelente, e comprova a grande habilidade teológica e intelectual do autor, um jovem ainda (exemplo a ser seguido por outros, já que parece que nos convenceram que jovem só serve para dar "dor de cabeça na Igreja"). Quero, portanto, compartilhar um pequeno, mas belíssimo trecho do primeiro capítulo da obra, que tomei a liberdade de renomear, nesta citação, como "Repensando a Grande Comissão com o Profeta Jonas". Uma delícia de texto. Fé, ativismo e esperança do começo ao fim!
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“E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o maior deles até o menor. A notícia chegou também ao rei de Nínive; e ele se levantou do seu trono e, despindo-se do seu manto e cobrindo-se de saco, sentou-se sobre cinzas. E fez uma proclamação, e a publicou em Nínive, por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo: Não provem coisa alguma nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas; não comam, nem bebam água; mas sejam cobertos de saco, tanto os homens como os animais, e clamem fortemente a Deus; e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos... Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso é que me apressei a fugir para Társis, pois eu sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânime e grande em benignidade, e que te arrependes do mal”. (Jonas 3.5-8,4.1-2)
Inicialmente, quando Deus enviou Jonas pra pregar aos moradores de Nínive, ele recusou. “Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas, porém, levantou-se para fugir da presença do Senhor para Társis...” (Jonas 1.1-3) Não era por medo dos ninivítas que Jonas fugiu do seu chamado, mas era por rancor aos ninivítas. Ele sabia que se os ninivítas se arrependessem por meio de sua pregação, eles seriam perdoados por Deus. Então Jonas fugiu. A sua fuga foi motivada pela sua perspectiva em relação ao perdão que o Senhor concederia aos ninivítas. A expectativa que Jonas tinha sobre o futuro dos ninivítas motivou a sua fuga.
As últimas ordens dadas por Jesus Cristo antes de subir aos céus foi semelhante à ordem que Deus deu a Jonas:
“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mateus 28.18-20)
A diferença principal entre a ordem dada a Jonas e a ordem dada a Igreja, conhecida como a Grande Comissão, é que a ordem dada a Jonas envolvia uma única nação - Nínive. A transformação de Nínive foi tão grande que afetou até o governo civil. O próprio rei decretou um jejum público em nome do arrependimento da nação (Jonas 3.7). Então Deus perdoou e abençoou Nínive.
Mas há outra diferença crucial entre Jonas e a forma com que muitos cristãos contemporâneos encaram a Grande Comissão. Jonas cria que se ele pregasse haveria uma transformação completa de Nínive. Jonas cria que sua pregação surtiria efeito. Por isso ele fugiu. Ele queria que Nínive fosse destruída. Mas no caso da Grande Comissão, a vasta maioria dos cristãos contemporâneos não acredita que a pregação da Igreja possa surtir efeito para a transformação do mundo. Diferente de Nínive, a vasta maioria dos cristãos contemporâneos acredita que quanto mais a História avança, mais as nações se rebelam contra o Senhor em desobediência a pregação da Igreja. A vasta maioria dos cristãos contemporâneos acredita que quanto mais o fim da História se aproxima, devemos esperar que as coisas fiquem progressivamente piores em todos os aspectos da vida até que Jesus volte para nos salvar de toda destruição. Jonas cria que se ele cumprisse a ordem de pregar em Nínive, aquela nação seria transformação. Mas a vasta maioria dos cristãos contemporâneos não acredita que a pregação em todas as nações não surtirá qualquer efeito para transformar tais nações e conduzi-las aos pés de Cristo.
Essa tem sido a mensagem incessante dos teólogos mais influentes na Escatologia no Cristianismo contemporâneo[1].
A pergunta crucial que precisa ser feita no estudo da Escatologia é essa: A Igreja será bem sucedida em cumprir as últimas ordens de Jesus ou não? Os cristãos realmente conseguirão ensinar o mundo inteiro a observar o que Jesus Cristo lhes ensinou? A Igreja de Jesus Cristo foi predestinada por Deus a fracassar em seu propósito na História? A Grande Comissão acabará como o Grande Fracasso pelo aumento progressivo do mal?
A vasta maioria dos cristãos contemporâneos acredita que sim. Sendo assim, quanto mais a História, mas a Igreja é marcada pelo fracasso em cumprir as ultimas ordens de Jesus antes de subir aos céus. A existência de guerras, fomes, desastre naturais, epidemias e falsos mestres é, para muitos cristãos, o sinal de que já chegamos aos últimos dias. Ao ler na manchete do jornal sobre mais uma guerra que estourou, mais uma epidemia que surgiu ou sobre mais um falso profeta que conseguiu arrebatar multidões, um vasto número de cristãos se alegram. Lamentam-se pelas desgraças é claro, mas se alegram porque acreditam que tais desgraças são os sinais de que Jesus já está pra voltar a qualquer momento. Por acreditar que tais coisas são necessárias, inevitáveis e passíveis somente de aumentar, os cristãos têm uma justificativa teológica para não se levantar e lutar. A Grande Comissão vira a Grande Omissão. Ou pelo menos o Grande Sonho impossível. Conformam dizendo: “É assim que as coisas são. A Bíblia avisou que isso aconteceria. Se ela disse que só aumentaria, o que podemos fazer pra mudar a forma com que as coisas?”
Deus é o primeiro e o último, o princípio e o fim. Toda sua Criação encontra nele o propósito último de sua existência. As exigências feitas a sua Igreja como um dos meios de cumprimento desse propósito foi revelado por Cristo antes de subir aos céus “Ide, ensinai todas as nações... a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. (Mateus 28.19-20) Suas ordens não foram dadas seguidas de revelações de que seriam ordens que não poderiam ser cumprida. Pelo contrário, foram dadas em nome daquele que disse:
“Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”. (Mateus 28.18).
[1] “O mundo vai progressivamente endurecer o coração contra o
Evangelho e mergulhar-se em destruição”. Hal Lindsey, The Road to Holocaust (New York: Bantam, 1989), p. 36. "Deserção e apostasia é o que caracteriza todo o período" da História da Igreja. Charles C. Ryrie, Basic Theology (Wheaton, IL: Victor, 1986), p. 461. "A vasta maioria das pessoas vai continuar a rejeitar a Cristo no futuro tal como o fizeram no passado ...” Dave Hunt, Whatever Happened to Heaven? (Eugene, OR: Harvest House, 1988), p. 274. "Apesar de Deus ter invadido a história na pessoa de Cristo e apesar de ser a missão dos discípulos de Jesus a evangelização do mundo inteiro, o mundo continuará a ser um lugar mau”. George Eldon Ladd, The Last Things: An Eschatology for Laymen (Grand
Evangelho e mergulhar-se em destruição”. Hal Lindsey, The Road to Holocaust (New York: Bantam, 1989), p. 36. "Deserção e apostasia é o que caracteriza todo o período" da História da Igreja. Charles C. Ryrie, Basic Theology (Wheaton, IL: Victor, 1986), p. 461. "A vasta maioria das pessoas vai continuar a rejeitar a Cristo no futuro tal como o fizeram no passado ...” Dave Hunt, Whatever Happened to Heaven? (Eugene, OR: Harvest House, 1988), p. 274. "Apesar de Deus ter invadido a história na pessoa de Cristo e apesar de ser a missão dos discípulos de Jesus a evangelização do mundo inteiro, o mundo continuará a ser um lugar mau”. George Eldon Ladd, The Last Things: An Eschatology for Laymen (Grand
Rapids: EeTdmans, 1978), p. 58. "O mundo é cheio de pecado e piorando uma situação desesperadora além da possibilidade de reparo”. Herman Hanko, "The Illusory Hope of Postmillennialism," p. 159.
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Também não vejo a hora do lançamento do livro!!
ResponderExcluirQue livro é esse?
ResponderExcluirsempre tenho um grande interesse pela perspectiva pós-milenista... soiu do tipo que não caso com ela por falta da 'aliança'kkk
abração.
Sem comentarios, tudo que o Frank escreve é bom !!! Nota 100000000
ResponderExcluirmuito bom este comentario gostei muito
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