Falácias da Lógica Arminiana
A Lógica Arminiana & Suas Falácias
Traduzido por Marcelo Lemos para o projeto “Olhar Reformado”.
Roger Smalling, D. Min.
I – DEUS NÃO PODE ORDENAR ALGO QUE NÃO CONSEGUIMOS.
Ou “Deus não nos mandaria fazer algo que não somos capazes de fazer”. Deus deu a Lei a Moisés, os Dez Mandamentos, a fim de revelar o que o ser humano não pode fazer, não aquilo que ele tem capacidade para fazer.
1. Esta premissa não se fundamenta das Escrituras. Deus entreou a lei por duas razões: para dar a conhecer o pecado e aumentá-lo, a fim de não deixar nenhuma possibilidade do homem declarar sua própria justiça. Por que? Porque no contexto, o homem não realiza justiça. Como Martinho Lutero disse a Erasmo: quando você terminar todos os seus mandamentos e exortações do Antigo Testamento, eu escreverei Romanos 3.20 sobre todos eles. Porque tentar demonstrar o livre arbitrio utilizando exortaçôes do Antigo Testamento, quando estas foram dadas para provar a pecaminosidade humana? Estão alí para demonstrar o que não podemos fazer, não o que somos capazes de fazer.
Assim é, Deus deu seus mandamentos que o homem não pode cumprir. Portanto, tais mandamentos e exortações não constituem prova do livre arbitrio. Em nenhum lugar das Escrituras existe qualquer indício de que Deus tenha dado ordens aos homens com a intenção de demonstrar que eles são capazes de segui-las.
2. Esta premisa é irracional. Podem existir inumeras razões para se ordenar alguém fazer algo, sem ser necessário asumir que possa realizá-lo. O propósito poderia ser, como já mencionamos, demonstrar à pessoa sua incapacidade de cumprir a ordem. Por conseguinte, não se pude deduzir NADA quanto a capacidade, partindo de uma ordem dada.
II – SE NOSSO ARBITRIO NÃO É LIVRE, NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS.
Isto quer dizer que se somos incapazes de tomar a decisão oposta, então nossas vontades não são livres. Portanto, estamos completamente atados ao pecado e não podemos fazer nada senão pecar; ficando assim, livres da responsabilidade por tais pecados. Esto é irracional porque a suposição básica é a ideia de neutralidade.
1. A Bíblia não apresenta o conceito de liberdade desta forma. Segundo a Escritura, a liberdade é descrita como santidade. A suprema liberdade é a santidade absoluta. Sendo isto verdade, Deus é o ser mais absolutamente livre do Universo. De outra forma, deveriamos dizer que Deus é o ser mais escravizado do Universo, por ser o menos neutro em temas morais.
2. Por isso mesmo, se afirmamos que o estar atados elimina a responsabilidade, então, a melhor maneira de evitarmos a responsabilidade por nossos pecados seria estar preso o mais possível a eles. O ébrio que está preso ao alcoolismo não seria responsável por seus atos. Devemos incentiva as pessoas a pecarem o mais que possam, já que não possuem responsabilidade alguma?
3. Todo o conceito de uma vontade neutra (livre) é um absurdo. Se as decisões da vontade não são determinadas pela natureza interna da pessoa, então, em qual sentido se pode afirmar que tais decisões são resultado de uma escolha da própria pessoa? Como se pode, de fato, uma decisão ser moral se é moralmente neutra?
III – PARA QUE O AMOR SEJA REAL, PRECISA EXISTIR A POSSIBILIDADE DE RECUSA
Deus quer que o amemos livremente, não por obrigação. Por isso, o ser humano caído precisa ser capaz de amar a deus. Porém, simplesmente escolhe amar outras coisas.
1. A Escritura nos ensina que o amor a Deus é produto de Sua Graça: I Timóteo 1.14. Se é necessária a Graça para que possamos amar a Deus, é òbvio que não temos a capacidade de amá-lo antes que nos conceda tal Graça. Disto também se deduz que não nos é concedida a Graça porque escolhemos amar a Deus, mas sim, que podemos amá-lo porque nos foi dada Sua Graça. A Graça tem a iniciativa, não a virtude humana.
2. Esta premissa é semelhante aquela que diz, “É necessário que exita outra possibilidade de escolha para que exista liberdade!”. Por acaso, será que Deus entrega aos santo no céu, um possibilidade periódica de que O odeiem, com o fim de ser um Deus “justo”? Teve Jesus alguma capacidade de odiar ao Pai? Ou seu amor para o Pai refletia o que Ele em si mesmo é?
3. Se a fé é um dom da Graça, como já vimos, então, porque parece estranho que o amor não seja, igualmente, um dom da Graça?
IV – UMA PESSOA NÃO PODE SER CASTIGADA POR AQUILO QUE NÃO PODE DEIXAR DE FAZER
Se este é o caso, então um cristão não pode ser recompensado por algo que sua nova natureza o obriga a realizar. Não nos esqueçamos que a natureza humana não é algo que ele possui; antes, é algo que ele é!
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