Cristianismo sem Lei de Deus? (Inclui pdf!)


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Marcelo Lemos 
E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus” -Apocalipse 12.17
Eu quero escrever sobre a Lei de Deus. Recentemente abrimos uma nova seção aqui no blog, “Teonomia e Reconstrutivismo”. É provável que muitas pessoas não saibam a que estes  termos se refiram, por isso, uma ou duas breves definições podem ser úteis.

1. Teonomia. Em síntese, Teonomia significa ensinar que a Lei de Deus é eterna, e que o homem tem o dever moral de cumprir seus Mandamentos. De modo geral, este tem sido, como iremos demonstrar mais adiante, o ensino do Cristianismo, inclusive na Reforma Protestante.

A posição que veio ser rotula de 'teonomia' hoje sustenta que a Palavra do Senhor  é o único, supremo e imutável padrão para todas as ações e atitudes de todos os homens em todas as áreas da vida. Nossa obrigação em guardar os mandamentos de Deus não pode ser julgada por nenhum padrão extra-bíblico, tais como se as exigências específicas (quando propriamente interpretadas) são adequadas somente as tradições passadas ou aos sentimentos e práticas modernas também” - O que é teonomia? Greg L. Bahnsen; site monergismo.com.

2. Reconstrutivismo. Sabe-se que a sociedade atual elegeu o 'relativismo' como norma de fé e prática. Não existe verdade universal, é dito por todos os lados. Assim, cada um tem sua verdade, e a verdade de cada um não tem nada a dizer contra a verdade do outro, pois isso seria intolerância. Na verdade, isso não ocorre de fato. Toda vez que um defensor da “tolerância” se vê acuado, impotente na defesa racional de seus valores, rapidamente apelará para recursos que promovem a intolerância. É o caso de boa parte do ativismo gay, e também do movimento neo-ateísta. Este dois exemplos poderiam ser multiplicados...

reconstrutivismo cristão ensina uma participação ativa da Igreja na sociedade como um todo: educação, ciência, política, artes... Mas, uma participação da Igreja, segundo os princípios Morais das Escrituras, expressos nos Mandamentos. Por isso, teonomia ereconstrutivismo cristão andam de mãos dadas: é o reedificar a sociedade tendo por fundamento a Palavra de Deus, a Sua Lei.

É justamente neste ponto que entra em cena um terceiro termo, que durante séculos tem sido considerado nome de uma perniciosa heresia. Trata-se do antinomismo. Que é isso?

3. Antinomismo. Há um entendimento cada vez mais popular segundo o qual Cristo veio ao mundo e anulou, ou ab-rogou as Leis do Antigo Testamento, e que se alguma Lei é válida hoje, não o é por ter sido dada na Antiga Aliança, mas sim, por estar novamente estabelecida na Nova Aliança. Assim, entende-se que Cristo é o autor de uma “nova Lei”. Resumindo, esta doutrina afirma que Lei de Deus, como dada no Antigo Testamento, é algo ultrapassado, inferior, ineficaz, imprópria, e assim por diante.

Tal conceito negativo sobre a Lei de Deus é não apenas anti-bíblico, como também insustentável do ponto de vista credal, já que todos os credos ortodoxos, quando falam da Lei de Deus, o fazem de modo completamente oposto. Recentemente publicamos um texto de Calvino, extraído das Institutas, que ilustra bem este ponto:

Não apenas Calvino, toda literatura cristã ortodoxa seguirá o mesmo caminho, sem que jamais a teologia reformada tenha insinuado que a Lei Moral de Deus tenha sido anulada por Cristo. Houve um cancelamento, mas isso se refere apenas aos preceitos cerimoniais contidos na Lei; os preceitos morais, todavia, permanecem completamente válidos. Apesar de muitos alegarem que a divisão entre Lei Moral Lei Cerimonial ter sido recentemente criada por grupos sabatistas, o fato é que tal divisão sempre foi apontada pela ortodoxia cristã.

Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a cerimônia e ritos, não obrigue os cristãos, nem devem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento da obediência aos mandamentos que se chamam morais” - 39 Artigos da Religião; VII.

Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal, foi por Deus entregue no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos ensinam os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o homem... Além dessa lei, geralmente chamada lei moral, foi Deus servido dar ao seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a sua tutela, leis cerimoniais que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as suas graças, os seus atos, os seus sofrimentos e os seus benefícios, e em parte representam várias instruções de deveres morais, estão todas ab-rogadas sob o Novo Testamento” - Confissão de Westminister; Capítulo XIX, Artigos II, III.

Quando a Bíblia fala de uma Nova Aliança, não está dizendo que haveria uma mudança de Lei Moral, antes, diz que a Lei Moral seria gravada no coração do povo eleito:
Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” - Jeremias 31.33.

Tal ensino é ratificado no Novo Testamento, onde se aplica esta promessa ao contexto da Aliança inaugurada por Cristo:

Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” - Hebreus 8.10.

Este é o pacto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seu entendimento...” - Hebreus 10.16.

Cristo não aboliu a Lei, antes a estabeleceu, gravando-a no coração dos eleitos.
Os supracitados usos da lei não são contrários à graça do Evangelho, mas suavemente condizem com ela, pois o Espírito de Cristo submete e habilita a vontade do homem a fazer livre e alegremente aquilo que a vontade de Deus, revelada na lei, requer se faça” - Confissão de Westminister; Capítulo XIX, Artigo VII.

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Tal entendimento é magistralmente ilustrado na liturgia Anglicana. No rito alternativo da Diocese de Sidney, usado paralelamente ao LOC pela Anglicana Reformada (Brasil), encontramos as seguintes rubricas para a ordem do Culto, no momento da Confissão e Absolvição:

III. O Ministro Lê os Dez Mandamentos (Êxodo 20.1-17, ou Deuteronômio 5.6-21). Ouça os mandamentos que Deus deu para seu povo Israel:1.     Eu sou Deus, o seu Deus, que te tirou da terra do Egito; você não terá nenhum outro Deus além de mim.2.     Você não fabricará imagens de escultura; você não se prostrará perante elas, e nem as servirá.3.     Você não usará o nome do seu Deus em vão.4.     Lembre-se do dia de Sábado e o santifique. Em seis dias você deve trabalhar, mas o sétimo dia é o santo Sábado do Senhor seu Deus.5.     Hora seu pai e sua mãe.6.     Você não cometerá assassinato.7.     Você não cometerá adultério.8.     Você não roubará.9.     Você não levantará falso testemunho contra seu próximo.10. Você não cobiçara nada que pertence a seu próximo. Depois de cada mandamento, a congregação pode dizer: Senhor, tenha misericórdia de nós!”. Depois do último mandamento: Senhor, tenha misericórdia de nós, e por seu Espírito Santo escreva seus mandamentos em nossos corações!”. (PS: tradução e adaptação livre)

Mas, não é verdadeiro que Cristo resumiu toda a lei em apenas dois simples preceitos? Certamente ele o fez, conforme o registro de São Mateus 22.33-40:

“E as multidões, ouvindo isso, se maravilhavam da sua doutrina. Os fariseus, quando souberam, que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se todos; e um deles, doutor da lei, para o experimentar, interrogou- o, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.

Que fez Cristo? Aboliu os outros mandamentos, ou resumiu todos eles em dois preceitos? A resposta vem d'Ele mesmo: “Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. Em outras palavras, estes dois preceitos não tornam o resto da Lei obsoleta, nem desobriga os cristãos de sua observância, antes, a confirma! Em seu sermão The Perpetuity of the Law of GodCharles Spurgeon, o príncipe dos pregadores batistas, escreveu:

Jesus não veio para mudar a lei, mas sim para explicá-la, e justamente por essa circunstância mostra que ela permanece; visto não haver necessidade de explicar o que é abolido. Com essa exemplificação, Ele a confirmou (…) Se alguém me diz: 'Eis que em substituição aos Dez Mandamentos recebemos dois, que são muito mais fáceis,' responder-lhe-ei que essa versão da lei não é de maneira alguma mais  fácil. Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esses dois preceitos abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos”.

Voltando ao LOC anglicano, observamos que também este entendimento se faz presente na teologia protestante. De acordo com as rubricas, caso o Ministro, por algum motivo, prescinda de ler cada um dos Dez Mandamentos, ele pode citar o resumo feito por Jesus:

"(Ministro): Jesus disse: ame a Deus de todo o seu coração e de toda sua alma, e com todo o seu entendimento. Este é o maior e mais importante mandamento. O segundo é este: ame seu próximo como a si mesmo”. (Congregação): Senhor, tenha clemência de nós, e por seu Espírito Santo escreva seus mandamentos em nossos corações".

Em outras palavras, trata-se tão somente de um resumo, que aliás, foi feito a pedido de religiosos que queriam testar os conhecimentos que Cristo tinha da Lei de Deus. Jesus, então, explica a Lei, ensinando como observá-la adequadamente, logo, não pode tê-la cancelado.

Em parte, o Teonomismo cristão é o resgate deste entendimento. A sociedade atual, incluindo boa parcela da Igreja de Cristo, vive como se fosse um organismo autônomo, sem dependência de Deus. Nossa sociedade, nossas famílias, e até nossas Igrejas, vivem sem um conceito claro e objetivo do que é a vontade de Deus. A pretexto de defender e viver a liberdade, nos tornamos escravos do relativismo, e da mediocridade, fruto do primeiro. Mesmo aqueles que se dizem Cristãos, e afirmam ter Cristo como Senhor, vivem sob um conceito genérico e indefinido de “mandamento”; alegam, com isso, simplesmente estarem obrigados a “lei do amor”. Pode haver verdadeiro conceito de amor onde a Lei de Deus não é observada?

Com efeito, este tipo indefinido de “mandamento” e “amor” é algo tão desprovido de forma, reduzindo-se a mero sentimentalismo, que pessoas diferentes podem chegar a valores morais  diferentes, mesmo que tenham por base o mesmo argumento piedoso na aparência. Não é por “amor” aos oprimidos pela religião que os ateus lutam contra o Cristianismo? Não é por “amor” a liberdade de escolha que os abortistas defendem o assassinato de embriões humanos? Não é por “amor” aos jovens que os pais se proíbem, e são proibidos pelo Estado, de corrigirem seus filhos? Não é “amor” ao bem-estar comum que os comunistas escravizam corpos e mentes?

A resposta para como amar a Deus e aos homens está na Lei do Senhor, os seus Mandamentos eternos. Como a Igreja deve interagir com a cultura? Como podemos trabalhar a educação acadêmica de nossos filhos? Como devemos nos inserir nos domínios da ciência? Uma parcela da Igreja atual sequer consegue elaborar tais questões, quanto mais, propor respostas. Parte da razão é não saber ao certo qual a vontade de Deus para cada área da vida, por terem colocado em segundo plano a Sua Lei.

Uma observação comum nos círculos cristãos é que “a Bíblia tem respostas para todos os problemas do homem”. Isto soa impressionante. Porém, problemas surgem quando nós começamos a fazer perguntas específicas sobre as respostas que a Bíblia oferece para problemas específicos em qualquer área da vida cultural ou cívica. De repente, as pessoas que um instante atrás haviam afirmado que a Bíblia possui respostas começam a retroceder. “Bem”, elas dizem, “a Bíblia tem todas as respostas para os problemas espirituais do homem”. Esta é uma significativa qualificação. Trata-se de uma admissão de fracasso. Se a Bíblia só possui respostas específicas para os problemas espirituais específicos, e não para os concretos, como os problemas econômicos do dia a dia, a família, os relacionamentos, a política, a lei, os medicamentos, e todas as outras áreas da vida, então, os cristãos estão diante de um terrível dilema” - The Sinai Strategy Econonics and Ten Commandments; Gary North; tradução livre.

A maioria dos cristãos, se conhece sua própria profissão de fé, admite que a Lei de Deus, sumariada nos Dez Mandamentos, permanece válida para a humanidade. Alguns, todavia, sustentam que a Lei de Deus foi anulada por Cristo – e existem até ministérios apologéticos que, no desejo de refutar grupos como os Adventistas do Sétimo Dia, propagam livremente este conceito antinomista.

Mas, se o cristianismo está certo ao pregar a eternidade da Lei Moral, então, é justamente nela onde poderemos encontrar a resposta para todos os problemas do homem. Quando Israel  fracassava em obedecer a Lei de Deus, logo os problemas morais e sociais se avolumavam contra eles, inclusive indicando estarem sob o juízo de Deus. Se desejamos encontrar respostas para o fracasso do nosso tempo e da nossa civilização, precisamos voltar ao pé do Sinai e ouvir novamente o que Deus tem a dizer sobre os nossos pecados.

43 comentários :

  1. Obrigado pela visita e pelo apoio, Fábio!

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  2. Como conciliar esta presente tese com a não-observância por parte dos cristãos-protestantes especificamente em relação ao "quarto mandamento", tão apregoado pelos sabatistas? Se na visão teonômica-recosntrutivista, a lei moral, isto é, os "dez mandamentos" permanecem válidos para o cristão na atualidade, porque não estamos guardando o sétimo dia? Gostaria de entender melhor esta questão, de acordo com esta perspectiva...

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  3. André; a teologia protestante, bem como a teologia cristã precedente, jamais negou a observância do Quarto Mandamento. Se conferirmos qualquer catecismo da Igreja, ou obra relacionada a tais temas, quer antes, quer depois da Reforma, lá veremos uma defesa abrangente da guarda do Quarto Mandamento; ou seja, o dia de descanso. O descaso para com o dia de descanso é um fenômeno bem recente, inclusive no Brasil, onde foram criadas leis especiais que permitem o funcionamento do comércio no Dia do Senhor, o domingo. Eis aqui uma grande diferença entre nós, cristãos históricos, com os sabatistas: eles guardam o sétimo dia, sábado, enquanto nós, seguindo o costume da Igreja Primitiva, guardamos o primeiro dia, o Dia do Senhor.

    Paz e bem

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  4. Rapaz, e qual seria o fundamento bíblico para a mudança do dia de guarda, isto é, do sábado para o domingo? Não importa os catecismos, importa-me o que a Bíblia diz. Não consigo entender como um cristão consegue enxergar no Quarto Mandamento uma exigência de se guardar o domingo. Seria porque simplesmente seguimos uma exigência papal (Guardar domingos e festas)? Rapaz, aí deveria abrir-se um parênteses para uma nova discussão, a fim de provar BIBLICAMENTE que a guarda do domingo foi dada como MANDAMENTO para o cristão, isto é, àquele que está sob a égide do Novo Testamento. Sinceramente, não enxergo essa possibilidade. Condeno com veemência o sabatismo, mas da mesma maneira, não vejo fundamento bíblico para o "dominguismo". Desculpe a minha relutância, mas a ampla citação de catecismos e normas históricas da igreja, não estaria afrontando o princípio do "Sola Scripture"? Graça e Paz!

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  5. André; é fato que os cristãos adoravam ao Senhor no Domingo, o primeiro dia da Semana, conforme atestado nas Escrituras. De modo que se trata de costume antigo, e não o observamos hoje por uma ordem do Papa, como somos acusados pelo sabatismo. Quando o império transformou do Domingo em feriado oficial, apenas reconheceu costume antigo da Religião Cristã. Com efeito, "domingo" quer dizer "dia do Senhor", justamente porque os cristãos primitivos adoravam a Deus no primeiro dia da Semana, em memória a Obra da Expiação (em especial, o fato da Ressurreição). É verdade que os cristãos judeus, conforme relato de Lucas, também costumavam adorar ao Senhor no Sábado Judaico, mas sempre, observe o contexto, com um objetivo primário de evangelizar seus compatriotas - de modo que o costume deles não parece sustentar universalidade.

    Quando ao Decálogo, há no Quarto Mandamento um princípio cerimonial, e outro moral/espiritual. O cerimonial diz respeito ao dia de guarda, que no caso do Antigo Testamento era o Sábado Judaico. É cerimonial, pois como atesta o Novo Testamento, era uma figura, uma sombra da Realidade, que é Cristo. O cerimonial da Lei foi abolida pelo Evangelho. Todavia, há também um principio moral: o descanso, um dia em Sete, dedicado ao Senhor. Este é o Sábado, o dia de descanço, um mandamento moral. O sétimo dia da semana, era um cerimonial judaico.

    Paz e bem

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  6. Quanto ao domingo, podemos até especular com base nas escrituras que era um costume cristão antigo, assim como os cristãos judeus que ainda guardavam o sábado. Nisto eu posso concordar. Mas não consigo enxergar neste costume cristão antigo, qualquer mandamento que seja. Exemplo, se eu precisar trabalhar num domingo, ou mesmo estudar, estaria pecando contra o Senhor? Não vejo qualquer base bíblica para esta afirmação (E já a ouvi em circuitos evangélicos por aí...). E desde quando guardar um dia em sete é um mandamento moral? (Falta fundamento bíblico). Para mim o repouso semanal era, sim, um princípio para os judeus, que afinal, realmente trabalhavam dia e noite sem descanso, a não ser no sábado cerimonial deles. Para mim, pouquíssima diferença há entre os que defendem a guarda do domingo e os adventistas; a mim me parece ainda que vivem sob a égide do antigo Concerto.

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  7. André, acredito que, nos dias atuais, bem pouca gente dentro da Fé Reformada afirmaria que trabalhar aos domingos, sendo realmente necessário, venha a ser algo pecaminoso. Tal entendimento vem justamente da não concordância com o legalismo, mas sim, com o Espírito da Lei, sua aplicação moral. Do contrário, agente faria do Domingo um Rito, um preceito simplesmente cerimonisal; caso em que, certamente, nada diferiríamos dos judeus ou dos sabatistas. Todavia, o preceito moral permanece, e é dever cristão reservar o seu tempo para o serviço publico de adoração; quer seja no sábado, quer seja no domingo. Preferencialmente, que seja o domingo, por costume e valor soteriológico, mas, obrigatoriamente, que não se deixe de observar o preceito moral da adoração publica semanal.

    PS: lembrando que, via de regra, a 'necessidade' de se trabalhar aos domingos é algo gerado por uma sociedade secularizada e anti-cristã.
    Paz e bem

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  8. André, acredito que, nos dias atuais, bem pouca gente dentro da Fé Reformada afirmaria que trabalhar aos domingos, sendo realmente necessário, venha a ser algo pecaminoso. Tal entendimento vem justamente da não concordância com o legalismo, mas sim, com o Espírito da Lei, sua aplicação moral. Do contrário, agente faria do Domingo um Rito, um preceito simplesmente cerimonisal; caso em que, certamente, nada diferiríamos dos judeus ou dos sabatistas. Todavia, o preceito moral permanece, e é dever cristão reservar o seu tempo para o serviço publico de adoração; quer seja no sábado, quer seja no domingo. Preferencialmente, que seja o domingo, por costume e valor soteriológico, mas, obrigatoriamente, que não se deixe de observar o preceito moral da adoração publica semanal.

    PS: lembrando que, via de regra, a 'necessidade' de se trabalhar aos domingos é algo gerado por uma sociedade secularizada e anti-cristã.
    Paz e bem

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  9. Marcelo, sua resposta gerou novos questionamentos.

    Primeiro: você falou que "nos dias atuais" o pessoal da "fé reformada" não afirmaria que trabalhar nos domingos seria pecaminoso. Significa que um dia já fizeram tal leitura, certo? Porquê? Não seria mera herança dogmática da ICAR?

    Segundo: Reitero meu pedido anterior, que você fundamente as suas respostas biblicamente, e não nos "pensadores reformados", pois estes não são, em matéria de fé cristã, a resposta final.

    Terceiro: seu atual argumento contradisse o anterior e a própria postagem em si, pois nela defendia-se a guarda dos Dez Mandamentos como obrigatoria ao cristão; e o quarto mandamento diz taxativamente: "não farás NENHUM trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu animal (...)"; logo, se o Decálogo permadece válido nos dias de hoje (supondo que acatemos a mudança do sábado para o domingo), como poderia NÃO SER PECADO trabalhar no dia de descanso? Onde poderia haver uma abertura para este entendimento, partindo exclusivamente das Escrituras?

    Quarto: Não acredito que o cristão deva dividir a sua vida em "sagrado e profano", ou em "religioso e secular", ou ainda, guardar um dia na semana para os atos de adoração a Deus, vivendo para si mesmo nos demais dias da semana. E porque deveria ser OU no sábado, OU no domingo? Porque não na segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira? Consideramos que todos os dias são IGUAIS, e Paulo nao repreendeu esta visão, antes disse "cada um esteja inteiramente seguro em sua propria mente" (Romanos 14:5).

    Quinto: No final, afirma-se que "preferencialmente, que seja o domingo, por costume e valor soteriológico; mas obrigatoriamente, que não se deixe de observar o preceito moral da adoração publica semanal". Qual base bíblica de "preceito moral da adoração publica semanal"? Se é obrigação, então retornou-se ao legalismo. E porque preferenciamente no domingo? Guardar o domingo tem valor soteriológico ("ajuda" na salvação)? Isto para mim parece uma especie de "adventismo-do-primeiro-dia"... Rsrs...

    Enfim... Por estas e outras questões que ainda considero o ponto de vista antinomista bem mais coerente, do ponto de vista bíblico.

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  10. Pois bem, Marcelo. Responderei na medida do possível:

    a) Este argumento é idêntico ao usado pelos adventistas do sétimo dia. Aliás, as semelhanças não param por aí. Por isto, apelidei essa visão de "adventista-do-primeiro-dia". Até mesmo porque "adventista" todos nós somos, pois aguardamos o segundo Advento de Cristo (em quaisquer de suas muitas interpretações), ou não? Mas quanto a esta estória de "dia-de-guarda", é aí que o "bicho" pega.

    O problema é que, se por acaso, um dia eu simplesmente não quiser ir ao "culto dominical" estaria eu violando "o mandamento de adorar a Deus no dia que a igreja reservou para isto" (e logo, pecando)? Novamente eu pergunto, qual a base bíblica para esta afirmação? Seria eu "menos cristão" se assim procedesse? O cristão não poderia, em hipótese alguma, reservar um final de semana para passar com sua família em uma chácara ou clube, por exemplo, desfrutando da companhia de sua esposa e de seus filhos, ou simplesmente descansando em casa, depois de uma semana intensa de trabalho, porque isto seria pecado? Pois, se é MANDAMENTO do Senhor, é para ser cumprido, sem exceções (nem mesmo as que você citou), e o seu nao cumprimento seria PECADO.

    Enxergo esta questão de uma forma paralela a idéia dos crentes da CCB de que a oração só pode ser feita pelo crente de joelhos. Segundo eles, isto é um mandamento bíblico. Oras, não resta dúvida de que orar de joelhos é um santo, bom e belo COSTUME para o povo de Deus, demonstrando submissão à Sua vontade, ao Seu senhorio, em sinal de humildade na Sua presença, enfim. Mas não há qualquer evidência bíblica de que tal cousa tenha sido dada à igreja como MANDAMENTO. Do mesmo modo, a questão do Domingo, que historicamente tem sido apontado como um costume cristão, em honra e memória à ressurreição de Cristo; mas isto não faz de sua guarda um MANDAMENTO, ou uma obrigação para o cristão, mesmo que este tenha condições de fazê-lo. O que o impede, igualmente, de em outros dias da semana, reservar um tempo para a sua comunhão particular com Deus?

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  11. b) "Não me lembro de ter citado qualquer pensador reformado; meu argumento é bíblico, e busca diferenciar entre preceito moral e preceito cerimonial – inclusive no Decálogo."

    Será que estamos falando da mesma coisa? No artigo que está logo acima, nesta mesma página, você citou, além de Calvino e Charles Spurgeon, a Confissão de Westminister, os 39 Artigos de Religião, o Livro de Oração Comum e até mesmo o site "monergismo.com". Os textos bíblicos citados estão em tão pouco número, e foram colocados de maneira complementar aos argumentos dos citados pensadores reformados. Além disso, no seu comentário anterior, você falou que "bem pouca gente dentro da Fé Reformada" entende como pecado a não-observância do domingo, em caso de extrema necessidade. Falou você dizer o que diz a Bíblia Sagrada em relação ao assunto em tela.

    Você disse que seu argumento é bíblico, então, prove-o com versículos bíblicos, inclusive citando em que parte da Escritura é distinguida a Lei Cerimonial da Lei Moral. Os adventistas do sétimo dia também se encontram na mesmíssima "sinuca-de-bico". Tal "divisão" da Lei Mosaica pode até ser didático-ilustrativa, mas ela não existe expressamente dentro do texto sagrado. O que existe é a Lei de Deus (tomada aqui, no seu sentido vetero-testamentário), una, santa e indivisível. Pergunte a qualquer judeu.

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  12. c) Nesta parte eu confesso que me perdi um pouco, e foi gerado em mim um misto de compreensão e incompreensão. Afinal de contas, sinto que seu argumento é bom, e aparentemente bíblico. No entanto, numa segunda leitura, percebi que o mesmo é um pouco "forçado" ou mesmo tendencioso, buscando favorecer o seu ponto de vista. Se não vejamos: Considerar que há elementos "cerimoniais" no sétimo mandamento do Decálogo não seria ultrapassar o que está escrito? Oras, escrito está: "Não adulterarás." De onde tiraste que aí o adultério seria uma "violação contra seu 'próximo' e não contra sua própria esposa" (conceito este que seria "inovador, trazido por Cristo, no Sermão da Montanha" - onde, em que parte?), ou que o adultério era visto "meramente como a violação do direito de propriedade do nosso 'próximo'"?

    Ora, se isto fosse verdade, não haveria necessidade da existência do sétimo mandamento no Decálogo, já que o décimo já diz expressamente: "não cobiçarás a mulher do teu próximo". (Êxodo 20:17) ["Cobiçar" aqui se refere à concupiscência sexual, isto é, ao desejo de manter relações sexuais com a mulher de outrem, e não ao desejo de possuí-la como uma simples "propriedade".]

    Obviamente, o adultério a que se refere o Decálogo era, sim, uma violação ao direito de sua esposa (e também do seu 'próximo'), pois se assim não fosse, daria o direito do homem casado relacionar-se sexualmente com uma mulher que não fosse casada com outro homem; e isto seria um absurdo, biblicamente falando.

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  13. Ainda sobre o item "c": Qual a base bíblica desta afirmação de que: "mas, um dia de descanso, e de adoração, é um preceito moral."? Além de não possuir sustentação bíblica, também não possui sustentação lógica: ora, o que há de "moral" em descansar e/ou adorar em um dia da semana? A própria obrigação de se fazer algo, de tempos em tempos, através de um "clico temporal" determinado (neste caso, semanal) e sem fim, já não tornaria o preceito meramente cerimonial?

    Perguntaria ao senhor: há algo de essencialmente moral na comemoração do um aniversário, por exemplo? Neste caso, o ciclo é anual; mas permanece a dúvida: se eu não comemorar seu aniversário todo ano, estarei eu "pecando moralmente" contra o senhor?

    d) Não afirmei que você tivesse dito tal coisa. Nem mesmo os adventistas pregam isto, embora na prática,muitos vivam esta triste realidade, pois crêem de uma tal maneira de que o "sétimo dia" é especial, que nele, e somente nele, praticam a oração, as atiividades "igrejais" e a ajuda aos necessitados. Do mesmo modo, há um sem número de crentes "domingueiros" que igualmente vivem esta "dualidade sagrado-profano", como você bem a nominou, e todos estes, segundo vocês, estão completamente "quites" com a "Lei de Deus", por estarem santificando o "dia de guarda" determinado pela sua Igreja (Cristã ou Adventista). Não seria isto um contrassenso?

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  14. "É obrigação do cristão adorar a Deus no culto público [subtende-se, semanalmente]"? Mais uma vez, qual a base bíblica para esta afirmação? O fato de algo ser um costume não faz disto um mandamento, ou uma obrigação. [Lembre-se da "oração de joelhos" que o pessoal da Congregação Cristã afirma ser um mandamento, não obstante ser um maravilhoso costume bíblico.]

    Em relação à Apocalipse 1:10, os adventistas advogam que "o dia do Senhor" ali citado é o dia de sábado, e não o domingo, e usam diversas passagens bíblicas (tais como Jeremias 17:24; Ezequiel 20:12,20; Mateus 12:8; Marcos 2:28; Lucas 6:5, etc.). E você, para "provar" que o "dia do Senhor" na citada passagem é o domingo, cita duas fontes extrabíblicas (Apologia de São Justino de Roma, e a Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Magnésios).

    Se eu fosse analisar friamente, ficaria com as provas bíblicas. Mas penso que, não podemos desprezar as provas histórias, mas as tais não são suficientes para estabelecer doutrina alguma, pelo menos para quem advoga o princípio do "Sola Scripture". Entretanto, há ainda o outro lado da moeda: supostas "provas históricas" apresentadas pelos adventistas do sétimo dia, que mostrariam que os cristãos "pré-Constantino", mesmo os gentios, guardavam o sábado. Eu particularmente não creio em tais "provas", mas vejo que tais merecem um exame mais cuidadoso e particular, e isto está muito além do meu conhecimento e capacidade. Da mesma maneira, os documentos por você citados, embora provavelmente validos, nao estão "acima de toda e qualquer suspeita".

    De qualquer modo, as evidências bíblicas neste caso em tela dão margem a várias interpretações, até mesmo opostas; e neste caso, como não há total clareza bíblica, prefiro não me posicionar a favor de um ponto de vista ou de outro, pois são meras especulações. Daí ser tão importante uma leitura mais atenta de Romanos 14:4-8, e em particular do versiculo 6, parte 'a': "Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz; e o que não faz caso do dia, para o Senhor o não faz."

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  15. Continuando. Não vejo base biblica para sustentar que há no Novo Testamento duas Igrejas, uma judaica e outra gentílica. Vários textos se apresentam afirmando o contrário, que “de ambos os povos, fez um” (Efésios 2:14). Assim, compreendo que há razão sim, para que o cristão que possuía nacionalidade judaica, tivesse que continuar observando a Lei de Moisés, e até mesmo por este motivo, Paulo circuncidou a Timóteo (Atos 16:3 cf. Gálatas 5:3). Não vejo problema algum nisto.

    Porém, quando partimos para o lado dos gentios convertidos, vemos que mandamento algum foi dado no sentido de que estes deveriam observar este ou aquele dia de guarda. Em Atos 15, os crentes ali “movidos pelo Espírito Santo” conferenciaram e decidiram que aos gentios seria ordenado somente algumas “coisas necessárias” (versículos 19 e 20), nas quais não é mencionado qualquer mandamento de se guardar este ou aquele dia da semana, ou como você tem argumentado, “somente os preceitos morais” existentes no Decálogo ou na Lei de Moisés. Igualmente, o fato se repete em todo o restante do NOVO Testamento.

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  16. Os dois comentários anteriores são praticamente idênticos, porém o segundo é uma errata do primeiro, pois na última frase, onde diz "em todo o restante do Antigo Testamento" eu queria dizer "em todo o restante do NOVO Testamento". Falha nossa. Gostaria que você excluísse o primeiro, e depois disto, também este presente comentário. Se for possível, é claro.

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  17. Não há nenhuma ordem do Senhor Jesus, na Nova Aliança no Seu sangue, que ratifique os comentários sobre a guarda da Lei ou do sábado.
    Jesus não mandou guardar nenhum dia, nem sábado, nem domingo, nem dia algum, e é por isso que a doutrina sabatista é uma heresia.
    A estrutura doutrinária das igrejas sabatistas, principalmente a da Adventista do Sétimo Dia, tem como coluna principal a guarda do sábado, por isso que se admitirem o erro doutrinário a igreja desaba como um castelo de cartas. Mas um dia irá desabar, porque não existe mentira que dure a vida toda, para a alegria das almas que lá se encontram aprisionadas.
    Devemos estar atentos a tudo que o Senhor Jesus deixou registrado para nós fazermos, dentro da Nova Aliança. Caso contrário estaremos jogando um fardo desnecessário nas costas.

    A guarda do sábado não faz e nunca fez parte de nenhuma "lei" moral, porque um preceito moral jamais poderá ser suplantado por um preceito cerimonial. Exemplo: Na Antiga Aliança eu poderia matar, roubar ou adulterar e estaria impune porque eu iria circuncidar alguém? É óbvio que não (preceito moral: NÃO MATAR, NÃO ROUBAR, NÃO ADULTERAR - é maior que preceito cerimonial: CIRCUNCISÃO).
    Mas eu poderia VIOLAR O SÁBADO para circuncidar alguém? Claro que sim. Base bíblica: Mateus 12:5: "Ou não lestes na lei que,( aos sábados), os sacerdotes no templo ( violam o sábado), e (ficam sem culpa)?.

    Imagine que o sábado, até no Antigo Testamento (que foi muito rígido) era violado sem culpa por um preceito cerimonial (circuncisão).
    Por isso que o sábado nunca foi e nunca será preceito moral.

    É como eu escrevi antes: estão querendo fazer você engoli um camelo.

    Tenho também muitas bases bíblicas para refutar a obrigação da guarda da Lei dentro da Nova Aliança, mas não quero perder meu tempo.

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  18. Danilo; que bom ter você por aqui mais uma vez; obrigado por sua participação.

    Você apresenta algumas razões para o seu antinomismo; por exemplo:

    a) Quando Jesus, comentando sobre algum preceito, diz “eu porém vos digo”. O problema aqui é bem simples: em nenhum destes casos Jesus contradiz o preceito do mandamento, antes, ele expande aquele mandamento, interpretando-o adequadamente (coisa que os fariseus, por exemplo, não faziam). De modo que, ao invés de se poder afirmar que Cristo, com tais palavras, anula algum mandamento, é correto e necessário afirmar que ele INTERPRETA tais mandamentos, livrando-os das tradições farisaicas. Logo, Cristo não anulou a Lei.

    b) Quando Jesus, em seus comentários, resume a Lei em dois mandamentos principais. Ocorre o mesmo que em sua razão anterior. Quanto Jesus resume a Lei em dois preceitos principais, ele não está anulando a Lei, antes, a esta interpretando, livrando-a das falas idéias rabínicas, etc. Se amamos a Deus, e amamos o próximo, logo, compreenderemos nosso dever de obedecer todos os mandamentos. Portanto, mais uma vez, segue-se, obrigatoriamente, que Cristo, ao resumir a Lei, não anulou a Lei; antes, a estabeleceu, deixando-nos sua correta interpretação.

    c) O documento redigido pelo Primeiro Concílio Cristão, em Jerusalém. Esta razão é menos provável, e a que mais contradiz seu posicionamento antinomiano. Primeiro, o concílio simplesmente lidou com questões culturais entre cristãos judeus e cristãos gentios; logo, não é um tratado sobre a Teologia Moral da Religião Cristã. Segundo, quando você diz que “segue estes mandamentos” (por ex., não comer sangue, animal sufocado, etc), contradiz sua afirmação de que és um “antinomista” (na verdade, ‘antinomista’ e ‘cristão’ são palavras que se auto anulam completamente).

    Paz e bem

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  19. pr. Marcelo,
    posso parecer teimoso mas não é isto que quero ser , vou explorar o maximo que eu puder para que eu possa aprender mais e mais , ok!

    Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.-Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR.-Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo., bom ,veja : Deus promete uma "NOVA" aliança,Não conforme a aliança que fiz com seus pais, (creio que é a do monte Sinai), Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração;(creio que isso ocorre através do Epirito Santo), EZc.36-27:27 E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.

    Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.-Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, "SEM QUE TUDO SEJA CUMPRIDO"(ele cumpriu toda a lei )pelo fato de ele ter cumprido toda a lei , será que ele poderia ter mudado-a?tanto é que ele na sequencia do texto começa a citar itens da lei e depois da a ordem dele .que no meu ponto de vista tem varias modificaçoes.

    Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. eu queria saber pq o apostolo usou este termo , "LEI DE CRISTO", E OQUE SERIA ESSA LEI?

    Mas agora temos sido libertados da lei.-fico me perguntando : libertos da lei ? como assim , que lei ?, mas quando leio o verso seguinte entendo que ele se refere ao decalogo : Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.

    Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece. Se eu não me engano oque era transitório esta se referindo ao ministério da morte, gravado com letras em pedras (Decalogo) , e então vivemos em um novo ministério , o da justiça ou ministério do Espirito!

    então no meu ver o cristão não deve viver preso ao decalogo(que só tem poder para fortalecer o pecado e mostrar o quanto pecador o homem é:E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.-Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou).

    devemos viver no ministério do Espirito , pq fazemos parte de uma NOVA ALIANÇA.

    bom por enquanto continuo crendo no Antinomismo ,pois creio que o cristão não precisa mais se prender a velha aliança, Teonomia. Em síntese, Teonomia significa ensinar que a Lei de Deus é eterna, e que o homem tem o dever moral de cumprir seus Mandamentos (bom se esta se referindo a lei dada no sinai , eu acho isto errado) E por outro lado não vejo que o cristianismo é sem lei.
    pois vejo que a nova aliança tomou o lugar da velha aliança -Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar. - Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade,Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou! pra mim estes versiculos diz tudo! abraços e paz!

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  20. Compartilho em grande parte do pensamento do Danilo, expresso acima. Na verdade, quando digo que estou crendo o antinomismo como sendo o correto, me refiro exclusivamente ao conceito que foi exposto no texto acima:

    "Há um entendimento cada vez mais popular segundo o qual Cristo veio ao mundo e anulou, ou ab-rogou as Leis do Antigo Testamento, e que se alguma Lei é válida hoje, não o é por ter sido dada na Antiga Aliança, mas sim, por estar novamente estabelecida na Nova Aliança. Assim, entende-se que Cristo é o autor de uma “nova Lei”. Resumindo, esta doutrina afirma que Lei de Deus, como dada no Antigo Testamento, é algo ultrapassado, inferior, ineficaz, imprópria, e assim por diante."

    Ora, os textos que o Danilo citou provam exatamente isto, que a antiga aliança foi substituída pela Nova Aliança em Cristo Jesus.

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  21. Seu entendimento de que os "dez mandamentos" permanecem válidos, é que é uma tremenda incoerência, pois como vimos, não está se guardando o DIA que foi determinado pelo Senhor Deus. Sinceramente, não existe a menor base bíblica para se afirmar que o dia de guarda foi alterado do Sábado para o Domingo, ou que esta alteração teve aprovação divina!

    Assim, afirmar que de alguma forma, mesmo sob a alegação de "preceito moral" do quarto mandamento, de que ali há a prescrição bíblica de que devemos guardar o Domingo, para mim me cheira a "romanismo" descarado! Mesmo com toda a aparência de "teologia reformada" que possa se dar.

    Aliás, para mim a teologia reformada não pode se resumir ao pensamento dos reformadores do século XVI, sob o risco de termos uma teologia engessada tal como é a teologia católico-romana. Para mim, uma verdadeira teologia cristã deveria estár sempre em reforma. Sempre em revisão. Sempre em discussão. Sempre em consonância com as Escrituras. Sempre em conferência para se refletir se realmente estão se coadunando com as Escrituras Sagradas.

    O problema é que estão promovendo uma verdadeira "calvinolatria", "luterolatria", ortodoxolatria, etc., onde o pensamento dos reformadores do século XVI não pode ser jamais questionado ou revisto.

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  22. pr Marcelo , paz de Cristo!

    vc sabe que eu não estou a altura para debater , me considere como um "café com leite" rsrsss. eu apenas vou opinar o que penso e assim por um pouco de "lenha na fogueira" e com isso me prender no que mais se aproxima das escrituras ok.

    Bom eu não vejo que sou um libertino , um homem sem mandamentos e sem um padrão de moralidade a seguir .

    transgredir o decalogo na minha visão continua ser pecado, pois eu não afirmo que ele simplesmente sumiu da biblia ou da mente dos homens ou até mesmo do próprio Deus . digo que o homem que se converte a Deus ele se liberta do decalogo e passa a viver na nova aliança , pois é como se o decalogo "já era" para ele : Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?-Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo-Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra., e isto esta muito esclarecido com estes versos .

    Como eu iniciei dizendo que eu não estou sem mandamentos , vou citar algo que ao meu ver não é interpretação e sim mudança em relação ao que vc disse quando Cristose referiu a lei em mateus 5-21
    em diante,

    A lei diz : não mate , Cristo diz: não ire
    Alei diz: não adultere, Cristo diz: não deseje em seu coração, para não me estender vamos ficar nestes dois itens que é o suficiente , é claro que matar e adulterar é pecado , mas agora na lei de Cristo só o fato de vc irar contra o seu próximo sem motivo algum , vc se torna um homicida , e com certeza que adulterar é pecado , mas na lei de Cristo só de desejar no coração ao ponto disso inflamar a carne de desejo por aquilo que não é teu ja te faz um adultero. e mais antes era olho por olho e dente por dente , mas na lei de Cristo devemos dar o outro lado da face (ou seja não reagir ou revidar ) , devemos fazem bem aos que nos maldizem , enfim eu não vejo interpretação eu vejo mudança , substituição do novo pelo velho !

    Bom só com estes argumentos acho que estou te respondendo que : que Jesus mudou a lei , a lei de Cristo é superior ao decalogo, a lei de Cristo tem sim padroes morais a ser seguido .

    Agora devido aos seus argumentos fiquei com algumas duvidas :
    a lei eterna e imutavél a qual vc se refere éo decalogo(10 mandamentos) , bom só que quando vc retira o 4°mandamento , ela ja nao é mais imutavél e sendo assim tb perdeu parte de sua eternidade (rsrsrs rapaiz eu to ficando bom nesse negocio !) mesmo esse mandamento sendo cerimonial ou não, ele faz parte do decalogo que é um pacote completo contendo 10 mandamentos , por mais que vc prove que ele não existe mais ou que não há necessidade de se cumpri-lo prova se mais ainda que a lei é mutavél e em partes eterna.

    As escrituras nos revela que Deus fez uma NOVA ALIANÇA , ou seja , é porque ja existia uma , Então temos na biblia duas ALIANÇAS , certo? mas se vc me diz ou até me prova que essa aliança éo decalogo , logo não há duas ou até mesmo uma "nova" aliança e sim uma única aliança !
    Deus simplesmente refez ou reformou a unica aliança que sempre existiu (só que sem o 4°mandamento né?)

    Mas sabemos que a biblia nos mostra claramente que há duas alianças a saber : o decalogo dado no sinai por intermedio de Moiséis ao povo de israel e a nova aliança que é para toda a humanidade que foi estabelecida com o sangue de Cristo , que tb pode ser chamada de lei do ESPIRITO ou ministério de justiça (romanos 8.-2 , 2corintios 3-8) ou pode se comparar tb com a alegoria que Paulo faz em galatas , comparando Sara e Agar com as duas alianças .

    termino por aqui , abraços e PAZ

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  23. pr. marcelo

    Entendo o que o irmão QUER dizer, mas não posso deixar de apontar a contradição: Ora, se a Lei de Deus deve ser obedecida, logo, ela não pode ter sido ANULADA por Cristo; se foi anulada, não precisa ser obedecida.

    contradição ? se eu disser que o homem convertido a Deus deve viver em obediencia ao decalogo , logo ele estaria ainda preso nele , e é algo que desde o começo eu não afirmei !

    bom , andei relendo alguns argumentos seus sobre o 4° mandamento , e enxerguei uma contradição na sua tentativa de tentar explicar o cerimonial eo moral
    veja:

    Portanto, não me acuse de negar a obrigatoriedade do Decálogo, jamais fiz isso; estou negando a obrigatoriedade dos seus elementos cerimoniais. A guarda do sétimo dia era cerimonial judaico; mas, um dia de descanso, e de adoração, é um preceito moral.

    Adorar a Deus no “dia sétimo” é preceito cerimonial, dado por Deus ao povo de Israel, em comemoração a libertação do Egito. E, como já PROVEI, há no decálogo preceitos morais, sendo que alguns, por causa do contexto, se apresentam condicionados a preceitos cerimoniais; certamente abolidos por Jesus.

    “Imagine que o sábado, até no Antigo Testamento (que foi muito rígido) era violado sem culpa por um preceito cerimonial (circuncisão). Por isso que o sábado nunca foi e nunca será preceito moral”.(palavras do thelmo)

    È um preceito moral, evidentemente, já que trata de dignificar o homem, e adorar a Deus. É um preceito pelo qual Deus visa atender as necessidades básicas de todo ser humano: dignidade (descanso, lazer, etc), e sua religiosidade.

    veja mais detalhadamente: A guarda do sétimo dia era cerimonial judaico; mas, um dia de descanso, e de adoração, é um preceito moral ( o dia de descanso é o setimo dia ) agora repare de novo: Adorar a Deus no “dia sétimo” é preceito cerimonial, veja que vc esta se referindo ao mesmo dia pois vc usa o termo adorar e adoração e então vc termina a frase dizendo : certamente abolidos por Jesus. Mas depois vc da continuidade e volta a dizer : È um preceito moral, evidentemente, já que trata de dignificar o homem, e adorar a Deus. ficou complicado de te entender !
    Jesus aboliu o 4°mandamento (digo o cerimonialismo)? acredito que vc vai dizer que sim , então eu faço outra pergunta ,Jesus aboliu o 4°mandamento (digo o moral) ? acredito que vc vai dizer que sim tb e vai dizer que agora temos o domingo como o dia do Senhor , se for estas suas respostas então eu volto a afirmar :o decalogo ja nao é mais imutavél e sendo assim tb perdeu parte de sua eternidade! por enquanto termino por aki ,rsrss , abraços e paz!

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  24. Danilo, o ir,ão está apressado em seu julgamento, pois confunde Sábado com Sétimo Dia. Haviam vários Sábados no Antigo Testamento, sendo que o Sábado semanal, dos judeus, caía no Dia Sete de cada Semana. No entanto, Sábado significa simplesmente "Descanso". O preceito do Sábado é moral, o preceito do Dia Sete, cerimonial. Logo, não há qualquer contradição no que eu escrevi sobre o Quarto Mandamento. Observe, escrevi que o Sétimo Dia era cerimonial, e escrevi que o preceito do Sábado é moral - foi o irmão quem confundiu, ao leu minhas colocações, as duas coisas. Ficou complicado de entender? Talvez, mas apenas porque o irmão está confundindo as duas que são relacionadas, mas distinguíveis.

    Agora, quando aos seus argumentos contra a Lei de Deus, você volta a afirmar que o homem regenerado não está preso a obediência dos Dez Mandamentos; mas, isso não é verdade, basta lembrar o irmão do Sermão do Monte, onde Jesus interpreta a Lei, e nos exorta a vivê-la num grau muito maior que o que fizeram escribas e fariseus, que a macularam com suas tradições humanas.

    Paz e bem

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  25. pr. marcelo

    certo , muita boa sua explicação , mas e então oque aconteceu com a parte moral do 4°mandamento , ele tb esta gravado em nossos coraçoes , onde que eu enxergo ele nesta nova aliança , em que versiculo do novo testamento eu encontro ele ?

    Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
    Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
    Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
    veja , este éo quarto mandamento , não entendo muito bem , mas vou tentar dizer oque entendo aqui nestes versos, era para simplesmente o povo descansar no sétimo dia , como se fosse um "feriado" e era para eles ter em mente que eles eram escravos no Egito e Deus os tirou de lá , pois bem , volto a perguntar , devemos nós gardar esse dia sétimo ou dia de descanso ? por favor tenha paciencia comigo , heheh num vai ficar bravo nao heim , eu te disse que minha intenção aqui é aprender , paz !

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  26. certo pr. marcelo, muito bem .

    jesus então não aboliu o sabado , antes disse como guarda-lo, e mais confirmou sua eternidade :Lembrando que o primeiro Sábado foi observado pelo próprio Deus, antes da Queda, e foi deixado como memorial para a criatura. O Sábado “foi feito por causa do homem”,

    voce afirmou :Certamente o preceito moral do Sabath, “descanso”, está presente no coração dos homens, bem como todo o restante da Lei Moral.

    Ainda que não existisse qualquer menção positiva quanto a este preceito no Novo Testamento, ele permaneceria válido, pois a Lei de Deus permanece válida. A única forma de um preceito moral do Antigo Testamento ser invalidado no Novo Testamento, é caso o Novo Testamente afirmasse que tal preceito deixou de vigorar. Todavia, tal coisa é impossível, pois Deus não muda, sua Lei não muda; então, se houver mudança de preceito moral, haveria mudança em Deus, e sua Palavra seria contraditória

    Meu segundo argumento é que o Novo Testamento jamais se refere negativamente ao Sábado....Eu concluiria esta seção dizendo o seguinte: provar que o preceito do Sábado jamais foi anulado pelo Novo Testamento é a parte fácil do debate, mais complicado é provar que os cristãos não estão obrigados ao Sétimo Dia.

    kkkkkkkk e irmão ! na boa , não me leve a mal , esses risos não são de ironia , mas de alegria , to gostando da nossa conversa , num digo debate porque eu não sei debater .

    Simplemente juntando seus argumentos entendi o seguinte :

    vc prova que o sabado existe pois ele faz parte de uma lei eterna e imutavél (logo ele tb é) e assim como os outros mandamentos se transgredido é pecado, certo?

    o domingo foi "embutido " como apenas um registro histórico ,o domingo não é um dia “sagrado”,e neste costume, fomos inspirados pelo próprio Espírito Santo de Deus, certo irmão eu entendi muito bem seus argumentos .

    mas ainda fica a pergunta : aonde esta o eterno e imutavél sabado guardado pelos servos de Deus? (digo que dia que o guardamos e como estamos guardando.)

    agora uma curiosidade : o fato de vc ter o domingo como um dia dado pelos apostolos e inspirado pelo Espirito Santo, não o contradiz , já que vc diz que guarda o Decalogo? pq eu disse que procuro guardar oque vc chama de "interpretação" da lei eos mandamentos dos apostolos inspirados pelo Espirito Santo.

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  27. Danilo, muito simples: eu não disse que o Domingo foi simplesmente "embutido" na Tradição Cristã, eu disse que ele foi dado por mandamento (I Cor, Ap. 1), e que seu uso se faz presente desde tempos imemoriais (registro histórico, incluindo o Novo Testamento), no Primeiro Dia da Semana. O Dia do Senhor, (o Domingo), ou seja, o dia reservado para adorar a Deus em comunidade, é, como provei, reservado pelos gentios, por ordem apostólica, no Primeiro Dia da Semana. Muitos cristãos convertidos muçulmanos o guardam na Sexta-feira, e os convertidos do judaísmo, no Sétimo Dia.

    Onde está a violação do Decálogo aqui? Em lugar nenhum, pois novamente você confunde preceito moral com preceito cerimonial. O preceito moral é o Sabath, e não os ritos judaicos. O Sétimo Dia era um rito judaico, no qual não se poderia sequer acender uma fogueira para aquecer a casa!

    Paz

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  28. ta bom pr. , tá bom .

    eu só quero saber onde esta o dia de descanso ,lá do Edén, que é o sétimo dia , dado por Deus como mandamento ! pq Deus disse: trabalhe seis e descance no sétimo pq Ele tb fez assim . então descanso e setimo dia esta ligado um com o outro ! eu não estou fazendo confusão com cerimonial e moral , é vc que não esta conseguindo provar !

    " provar que o preceito do Sábado jamais foi anulado pelo Novo Testamento é a parte fácil do debate, mais complicado é provar que os cristãos não estão obrigados ao Sétimo Dia"

    irmão o povo trabalhava seis dias certo? e quando chegava o sétimo dia , esse era o dia de sabado ou "descanso"ordenado por Deus, certo? bom eu vou falar da parte moral deste dia ,ok. esse dia que éo o sétimo dia da semana Deus ordenou que eles não trabalhassem , era para eles fiquassem "di boa " lá descansando e com um pensamento em mente, de que Deus os havia tirado da escravidão do Egito . acredito eu que era bom que eles celebrassem e louvassem nesse dia , pois era como se fosse um feriado nacional , pois bem eu digo : isto é a parte moral do dia de descanso que Deus ordenou no dia sétimo da semana ! é isto que eu quero que vc me prove , quando eu digo sétimo dia , eu não estou me referindo ao cerimonial , mas a ligação do dia de descanso com o dia sétimo da semana . Se eu não me engano a biblia deixa bem claro que havia "vossos sabados " e "meu Sabado" . enfim irmão , eu quero saber onde esta o dia de descanso ordenado por Deus e que é o dia sétimo da semana que serve como um memorial da criação ? só isto !

    eu concordo com vc sobre o domingo e nem discuto com isto .

    resumindo , DEUS nos deu o descanso , mas esse descanso cai em que dia da semana, rsrss?

    paz e paciencia , kkk

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  29. pr . marcelo

    este assunto me impulsionou a ler e estudar mais e mais . Deus sabe o quanto amo as escrituras , que as vezes chego ao ponto de me desiquilibrar , perco sono , me alimento mal , mas enfim isto esta impregnado em mim , hoje li muito sobre A LEI de DEUS , E pelo que analisei , por enquanto cheguei a uma conclusão : a biblia não apoia esta idéia de divisão da LEI ( MORAL, CERIMONIAL, SAÚDE E CIVIS) tudo é tido como LEI de Deus !

    Mas por enquanto estarei esperando sua resposta para minha ultima pergunta e depois eu estarei expondo um estudo sobre a LEI .

    DE uma coisa eu tenho certeza , tem que haver uma resposta para esse assunto !

    há ja ia me esquecendo , andei lendo um artigo lá no cinco solas , é sobre "o livre arbitrio é biblico?" e deixei uma pergunta lá , talves por falta de tempo até agora ninguém me respondeu .

    meu irmãzão , abraços e paz de cristo !

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  30. Querido irmão Danilo, estou retornando de viagem hoje, daí a demora em ler e responder aos seus últimos comentários. Quanto a este ultimo, no qual você reproduz um texto onde se diz que a "Lei de Deus" não é meramente os Dez Mandamentos, tenho a lhe dizer apenas o seguinte: EU CONCORDO, e JAMAIS AFIRMEI que a "Lei de Deus" se refira apenas aos Dez Mandamentos. Os Dez Mandamentos são um sumário do conteúdo moral da Lei de Deus, mas não contém todos os preceitos morais da Lei de Deus, como por exemplo, o homossexualismo, o bestialismo, etc. Logo, com todo respeito, este comentário não responde em nada ao posicionamento teológico que a Igreja de Cristo tem adotado ao longo de quase dois mil anos de história.

    Sim, há uma ÚNICA LEI NA BÍBLIA, e nela, se encontra preceitos morais e cerimoniais; os preceitos morais são eternos (pois refletem o caráter de Deus, que não muda), os preceitos cerimoniais, como sombras de Cristo, foram anulados. E, si, estamos livres da Lei, toda ela, no sentido de que não precisamos buscar a justificação por suas obras, tendo sido justificados por Cristo, sem qualquer obra que seja - no entanto, sendo o padrão moral de Deus inalterável, e ratificado em todo o Novo Testamento, os preceitos morais de Deus continuam sendo o padrão de conduta no homem regenerado.

    Quanto ao Quarto Mandamento; não entendi sua última objeção.

    Paz e bem

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  31. PR. MARCELO

    ok. é ai que eu estou fazendo confusão então . Se a LEI é "una" e indivisivél , e quando se refere na biblia a mudança (Hebreus, 7: 12), liberdade (Romanos, 7: 6), ab-rogado,fraca e inutil (Heberus 7-18), envelhecida e substituida(Hebreus 8-13), transitória (2Corintios 3-11), enfim ... Quanto a estes versiculos , não se aplica a LEI toda ? principalmente romanos 7-6 , que cita claramente o não cobiçarás.

    É ai que eu quero dizer que o homem convertido a Deus não precisa viver mais preso a esta Lei !
    pois ja que ele esta justificado , e agora sendo guiado pelo Espírito e andando em novidade de vida ele deve produzir frutos: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
    Contra estas coisas não há lei.(Galatas 5-22,23) e :Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.(Galatas 5-18)


    Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito
    Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
    Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
    Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

    Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. somos livres da Lei mosaica e agora andamos em novidade de vida !

    HÁ! voltando a minha ultima pergunta , na sua visão , vc acha que os cristão hoje em dia procura obedecer o 4º mandamento ? e vc , tb procura obedece-lo,como?

    paz !

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  32. Danilo, quando agente fala em Lei Moral e Lei Cerimonial, não se está dizendo que existam mais de uma Lei, mas sim, que existem diferentes aplicações da Lei (preceitos que dizem respeito a moralidade humana, e preceitos que diziam respeito ao cerimonial religioso da Antiga Aliança). E, concordo com o irmão, o cristão está livre de TODA A LEI, e não apenas de parte dela. Mas, como pode ser isto, se a Lei é eterna, e permanece sendo o padrão moral de Deus, segundo ensina o próprio Cristo? Aqui reside o "X" da questão: enquanto instrumento de Justificação e Santificação, a Lei era obsoleta, pois, sendo externa a vontade humana, era letra morta. Mas, agora, em Cristo nos fomos DECLARADOS Santos e Justos (Santificação e Justificação), pois Cristo é a "justiça nossa". Então, eu não preciso "não adulterar" para ser Justificado, eu sou justificado pelos méritos de Cristo, e não pelos meus méritos (na verdade, eu não preciso de mérito algum para ser justificado). De modo que, como instrumento de Justificação a Lei é letra morta, e dela estamos livre (de toda ela!).

    Porém, ainda que sejamos justificados pela fé, sem a obras da Lei, permanece verdadeiro que o cristão tem o dever de cumprir com a Vontade de Deus, obedecendo sua vontade e seus preceitos morais. Estas duas verdades fazem parte de um mesmo Evangelho: eu sou salvo sem as obras, mas as obras são um dever cristão, e eu só sei o que é "bom", se dou ouvidos a Lei de Deus; não como instrumento de Justificação, mas como instrumento de santificação progressiva. Daí Paulo afirmar: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei" (Romanos 3.21).

    Quando ao Quarto Mandamento, os cristãos, de modo geral, buscam obedecê-lo reservando ao Senhor o Primeiro Dia da Semana, seguindo o exemplo apostólico. Incontestavelmente, é o dia mais comum para nossa adoração pública. Em alguns contextos, os demais cultos são bem menos concorridos que os 'trabalhos' dominicais (estudos, Eucaristia, oração, etc). Da minha parte, procuro obedecê-lo cultuando a Deus especialmente neste dia, sempre que possível. E não condeno aqueles que, como eu mesmo já vivi, precisam obrigatoriamente trabalharem aos domingos, podendo reservar ao Senhor apenas uma fração deste dia, ou trocá-lo por outro. Veja, meu querido, não é uma questão de Justificação (já somos justificados, pela fé); é uma questão de obediência, consagração.

    Paz e bem

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  33. pr.Marcelo

    certo , pr. gostei muito de sua explicação, mas convenhamos , o decalogo ja não é mais decálogo e sim "noválogo"rsrsss. , como eu disse antes concordo plenamente com o domingo ; mas eu vejo a dificuldade imensa que a de se esclarecer a observancia do 4º mandamento para o povo de Deus .
    bom, é como entendemos então , a lei é eterna e imutavél , mas por mais que se explique ou argumente o 4ºmandamento "ja era". bom ,pelo menos foi oque eu entendi até agora

    paz !

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  34. Olá Marcelo Lemos!

    Visitei o blog e li a respeito da observância do sábado citado no contexto relacionado á Lei Cerimonial e á Lei Moral.
    Gostaria de compartilhar informações, sendo desta forma, responderei se assim for possível se lhe couber interesse.
    Vou direto ao ponto que mais me chamou à atenção, á observância dos Mandamentos de DEUS. Neste caso, os DEZ Mandamentos (Êxodo 20).
    Dentro do contexto enunciado acima, aparece figuras distintas do sábado, contudo, você e eu sabemos que a palavra sábado possuía significados variados, porém dentro destes significados se encontra o significado do sábado sétimo dia. Vou citar abaixo alguns trechos bíblicos para dar fundamento e veracidade no que diz respeito ao sábado sétimo dia. Vamos por partes, partir do princípio, e é claro na gênese, ou na criação do que somos e de onde viemos, mas serei o mais específico possível, tudo bem!
    1º O que fez Deus no sábado? Gên. 2:1-3
    Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
    E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
    E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera. Nota:( Deus abençoou, pôs uma benção sobre o sábado).


    continua...

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  35. continuando...

    2º Quando começa o sábado? Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado. Lev. 23:32 ( observe o período de tempo descrito, “de uma tarde a outra”). E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados. Mar. 1:32 ( veja que o período tarde é mencionado como pôr do sol). Senão no lugar que escolher o SENHOR teu Deus, para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito. Deut. 16:6 ( veja que mais uma vez é caracterizado o período de tempo que nos dá uma noção de quando começa e de quando termina o dia, para ficar mais claro o raciocínio, na lógica seria contado o dia de um pôr do sol, nascer do sol e pôr do sol, respectivamente, é o que temos hoje como 24 horas, porém saliento que o correto e como menciona a bíblia, o dia começa quando termina o outro( pôr do sol), no entardecer e não como interpretamos hoje sendo à meia noite 23:59 - 00:00).
    3º Como era chamada a sexta feira nos dias de JESUS? E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado. S.Luc. 23:54 ( veja que o texto menciona que o sábado amanhecia após o pôr do sol da sexta feira, observe que o texto diz claramente que amanhecia o sábado e não o nascer do sol).


    continua...

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  36. CONTINUANDO...

    4º Em que dia os israelitas deveriam prover os alimentos para o sábado? E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois ômeres para cada um; e todos os príncipes da congregação vieram, e contaram-no a Moisés.
    E ele disse-lhes: Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã.
    E guardaram-no até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal nem nele houve algum bicho.
    Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do SENHOR; hoje não o achareis no campo.
    Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. Êxo. 16:22-26. ( veja que temos também outro período de tempo que nos demonstra a semana composta de sete dias, sendo seis para atividades e um para descanso, o sábado, o sétimo dia).
    5º Em que dia Jesus e as santas mulheres recomeçaram as suas atividades? E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
    E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
    E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
    E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.
    E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas.
    Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. S.Mar. 16:1-6 ( Visto que até mesmo Jesus repousou no sábado. Parece conincidência? Não , não foi, cumpriu-se a profecia na seguinte ordem e em respeito aos mandamentos, e como já foi mencionado no que já descreví, as mulheres no dia da preparação encerraram suas atividades na sexto dia, para retomá-las no 1º dia da semana, o que temos hoje como domingo).


    CONTINUA...

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  37. CONTINUANDO...

    6º O que devemos ter no sábado? Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do SENHOR é em todas as vossas habitações. Lev. 23:3 ( Santa convocação, descanso, lar em repouso).
    7º O que fazia Jesus aos sábados? E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. S. Luc. 4:16 ( Está bem definido que Jesus tinha como costume, sempre guardava o sábado).
    8ºO que faziam os apóstolos no sábado?
    a) E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se;
    E, depois da lição da lei e dos profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai.
    Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém, e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se lêem todos os sábados.
    E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.
    E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. Atos 13:14,15,27,42,44 ( vê-se que mesmo após a morte de Jesus, os apóstolos mantinham a guarda do sábado como deveria ser, um dia de estudo da lei e Pregação).
    b) E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade.
    c) E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram. Atos 16:12,13 ( novamente, o sábado é um dia mostrado nestes versículos como um dia voltado à oração, trabalho missionário e o contato com a natureza, sempre comunicando à comunhão com DEUS).


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  38. CONTINUANDO...

    9º O que não fazer no sábado? Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
    Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
    Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
    Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou. Êxo. 20:8-11 ( Aqui está algo muito, mas muito interessante, pois no decálogo é mencionado o sábado, sendo este um dia esquecido pelo povo de Israel, pelo simples motivo de terem sido mantidos sob cativeiro dos egipicios por muitos anos, gerações e gerações se passaram desde o estabelecimento do povo de DEUS no egito, contudo, pelo tempo passado em cativeiro sob os costumes e tradições egipicias. O povo israelita esqueceu-se da lei de DEUS. Vamos concordar, não se pode esquecer algo que nunca existiu na consciencia! Certo? O sábado, como os outros mandamentos já existiam desde o fundamento do mundo. Ele não foi feito apenas para o povo de Israel, e sim para a humanidade. Deus escreveu os mandamentos para o povo, para que eles pudessem voltar a adorar o DEUS único e verdadeiro. O fato de o 4º mandamento salientar o sábado como esquecido, e por uma questão de lógica vamos analisar, foi necessário á ênfase pois, como disse, o povo era escravo, não tinha dia para descanso ou para trabalho, qualquer dia era dia. É claro que o povo tinha as leis de DEUS passadas de geração em geração durante o tempo de retidão no egito, mas também tinham pessoas que nasceram em um berço de outras leis, as leis egipicias, e se fazia necessário estipular uma única lei, santa e fiel. Foi o que DEUS fez nas duas tábuas, as tábuas da lei,os dez mandamentos, a lei moral. Êxo. 20. Portanto entendemos que não devemos fazer nenhum trabalho de nosso interesse físico ou mental,e sim devemos fazer os trabalhos de interesse de DEUS).


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  39. CONTINUANDO...

    10º É certo acudir doentes no sábado? Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego.
    E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
    Aconteceu num sábado que, entrando ele em casa de um dos principais dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando.
    E eis que estava ali diante dele um certo homem hidrópico.
    E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado?
    Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu.
    E disse-lhes: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?
    E nada lhe podiam replicar sobre isto.
    E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.
    E toda a cidade se ajuntou à porta.
    E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam. S. João 9:13,14; S. Luc. 14:1-6; S. Mar. 1:32-34 ( Está claro no texto que ações voltadas a promover saúde às pessoas é lícita).


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  40. CONTINUANDO...

    11º Qual a promessa de DEUS aos que deixam os interesses próprios no sábado? Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras,
    Então te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do SENHOR o disse.
    Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. Isaías 58:13,14; 56:2 ( Muito claro né? Existe benção aos que guardam o sábado, que o reconhecem como o dia do Senhor. Contudo, tudo o que descrevi a respeito da palavra de DEUS, só faz sentido ao que crê e ao que examina a verdade. A bíblia deve ser examinada como um todo , sem excluir novo ou velho testamento. Se olharmos a bíblia como um livro apenas para os filhos de Jacó, Israel ( povo Judeu ), nós automaticamente descartamos suas verdades relacionadas á humanidade como um todo. Logo, sugiro considerar uma reanálise das escritura, caso ache que à bíblia foi feita apenas para um povo isolado ou um povo em determinado tempo da história ( os judeus ). A bíblia é um livro tanto histórico quanto profético e evangelista, vamos usar uma análise minuciosa das escrituras, pois delas dependem nossa salvação. Aprender a palavra de DEUS e seguir de acordo com Sua vontade.
    O assunto sobre o sábado sétimo dia e a palavra sábado usada em diversas solenidades judaicas, é assunto para outro comentário, também deve ser estudada. Se me permitir, voltarei aqui e mostrarei as partes restantes deste assunto fundamental dobre o decálogo (Dez Mandamentos, Lei Moral) que inclui o 4º mandamento, o sábado. Volto assim que for oportuno tudo bem!
    Quero agradecer o espaço para comentar.
    Obrigado e até mais ver!

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  41. Abel, obrigado por teus comentários.

    Se entendi corretamente o objetivo da tua postagem, ela visa questionar algo na minha teologia; contudo, confesso que não entendi exatamente o que.

    Paz e bem

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  42. Pois bem, a ênfase da postagem é a observância (guarda) do sábado 4º mandamento do decálogo (dez mandamentos), que na sua teologia é defendido que deve-se guardar um sétimo dia, que não necessariamente seja o sábado. O domingo é nos dias atuais o sétimo dia, como disse, " nos dias atuais", NÃO necessariamente sendo o correto, pois a semana original descrita na bíblia possui 7 dias , sendo o sétimo dia o sábado. Contudo é correto dizer que se o domingo fosse o sétimo dia, não teríamos a segunda-feira e sim uma suposta "primeira-feira). Veja que ao longo da história mudou-se os termos designativos dos dias da semana, que passou de 1º, 2º ,3º...dia para domingo, segunda, terça...respectivamente.É acompanhar a história e verificar na bíblia.

    Paz e bem

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