A Queda de Lúcifer - Um Mito?!

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Por Marcelo Lemos




“Sabem dizer qual foi o pecado que derrubou Lúcifer?” – soluçou o pregador.

I


Era uma boa pregação, apesar de tópica. Quando escuto pregações como aquela me convenço, por sessenta minutos, que a culpa do fracasso do sermão em nosso tempo não é do modelo tópico, mas dos preguiçosos. Era uma boa pregação, enxuta, bíblica e sóbria.


“Sabem dizer qual foi o pecado que derrubou Lúcifer? O seu pecado foi a inveja. Ele sabia que estava em uma posição inferior a de Deus e desejou tomar-lhe o lugar. A inveja, meus irmãos, é algo com o poder de destruir as nossas vidas”.



Ouvindo e apreciando a pregação deparo-me com uma pergunta repentina: - Onde a Bíblia diz isso? Não falo só da identificação do pecado que derrubou Lúcifer, mas da própria queda de Lúcifer. Onde a Bíblia ensina isso?


Escrevi uma vez, provavelmente no Orkut, que a Bíblia jamais fala da Queda de Lúcifer. Alguns dizem que estou enganado. Eu via Satanás, como um raio, cair do céu – disse Jesus. Sempre que alguém me recorda desta passagem faço questão de apontar que Jesus não diz nada sobre a Queda de Lúcifer, diz apenas ter visto Satanás caindo do céu como um raio.


Os mais íntimos sabem que não abro mão da versão Corrigida Fiel. Considero-a fantástica e insubstituível, apesar de não considerar as outras versões pecaminosas, como suspeitam alguns amigos. Bem, na minha Corrigida Fiel se lê sobre Jesus ter dito “Eu via Satanás... caindo”. Este detalhe é importante porque alguns pretendem fazer Jesus dizer: “Eu vi Satanás... caindo”. Um erro, pois o tempo imperfeito, no original, implica na numa leitura como: “Eu estava contemplando Satanás caindo como um raio”. Dentro do contexto da passagem, portanto, o que Jesus quer dizer é: “Os demônios se sujeitaram perante vocês? Que boa notícia essa! Porém, isso não é novidade para mim, meus filhos. Eu os seguia em vossa missão; eu contemplei todos os desafios e triunfos seus, e em cada passo eu via Satanás, como um raio, caindo do céu, sendo humilhando, destronado!”.


Sim, neste texto Jesus fala sobre Satanás caindo do céu, humilhado, mas, nada diz sobre a Queda de Lúcifer.


Outro cidadão do Reino pouco compreendido é Miguel, o arcanjo, verdadeiramente injustiçado. No imaginário popular evangélico, Miguel foi o responsável por derrubar Lúcifer do céu, o que logrou “clamando o nome de Jesus”, se faz questão de ressaltar esse ponto. Entendo tal preocupação, afinal de contas, tendo sido a inveja ou a soberba a causa da Queda de Lúcifer, nada melhor que revestir o seu algoz de uma boa dose de humildade. Tudo se encaixa maravilhosamente e, no entanto, me pego novamente com a mesma questão: - Onde a Bíblia ensina isso?

II




Estamos agora no capítulo 12 do Livro da Revelação. O texto é utilizado não só para se (tentar) reconstruir a cena da Queda de Lúcifer, como também, para explicar a origem dos demais espíritos malignos, os demônios - quando o texto diz que a cauda do Dragão derrubou terça parte das estrelas do céu sobre a Terra, muitos pensam ter encontrado a descrição da origem dos demônios, evidentemente, identificados por eles com as “estrelas”.


Mas texto acima não serve para nenhuma das duas coisas. Do capítulo 12 ao 15 encontramos uma descrição pormenorizada da perseguição que se descortina contra os eleitos de Deus, crentes em Jesus, orquestrada pela Besta, aqui chamada de Dragão. Tal perseguição é anteriormente citada, em forma de sumário, em 11.7-19. Agora, João, passa a dar detalhes sobre a perseguição e detalhes do juízo contra a Besta, contra os infiéis, o falso profeta, o hades, etc., etc.


O Capítulo 12 nos apresenta o espírito anticristão do Império Romano. Na cena que nos interessa aqui, vemos o surgimento do Dragão Vermelho, que a Vulgata prefere ‘de fogo’, num levante feroz contra a mulher, vestida de sol, a qual é o povo eleito, o Israel de Deus. A descrição do Dragão nos fala de “dez cabeças” e também “dez chifres”, os quais, nada mais são, que a linguagem apocalíptica usada por Daniel, no capítulo 7 de sua profecia. Acompanhando o desdobrar das profecias de Daniel facilmente identificamos o significado: um reino. São humanos, ímpios, dominados pelo espírito anticristão, oculto, invisível, nas regiões celestiais. É o Reino do Dragão esforçando-se, por todos os meios, para impedir o florescer do Reino do Cristo. Na profecia de Daniel, em seu ultimo estágio, O Reino do Dragão se divide em dez partes, dedos, indicando um grande domínio, universal, mas dividido. Na visão de João se vê simbolismo semelhante, os dez chifres. Facilmente identificamos o Império Romano dividido em suas dez províncias. João ainda viu possuía sete cabeças. Novamente temos uma clara referencia ao Império, estando sua capital, cabeça, edificada sobre as Sete Colinas.


A figura do Dragão seria facilmente identificada pelos cristãos perseguidos por Roma, uma vez ser este um dos mais fortes e freqüentes símbolos do Império, apesar de menor que a águia. O que explica muitos escritores se referirem ao Império Romano como o Dragão Vermelho, ou seja, justamente pelo grande simbolismo militar que o mito exercia na época; podendo ser utilizado pelas legiões nas cores vermelha ou roxa. João usa a figura do Dragão da mesma forma que Daniel, no capítulo 8, usa a figura do Bode ao referir-se ao Império Grego, onde o Bode era símbolo militar da monarquia grega, como nos informa Adam Clark, em seu clássico comentário bíblico. Muitos leitores não se dão conta destes detalhes por se esquecerem que estão lendo literatura apocalíptica, simbólica, não uma receita de bolo.


Nas palavras do pastor P. Prigent, Universidade de Estrasburgo, o Apocalipse trata-se, “antes de tudo, de revelação, da verdadeira natureza do império... o autor do Apocalipse afirma, com grande energia, que o Império está a serviço de Satã, comprovado pela idolatria que embasa todo o sistema... Os cristãos devem, pois, saber que caminham para dias difíceis. Os mártires serão multiplicados. Satã, vencido por Cristo, declara guerra à Igreja” (Os Escritos de S. João; Paulinas).


Mas, e quando a guerra entre Miguel e o Dragão? Acho interessante alguém pretender que esta guerra tenha se dado em algum ponto primitivo da história, como antes da Queda de Adão, sendo que Daniel nos diz que a mesma ser daria depois do nascimento de Jesus: Daniel 12.1. Portanto, seja lá onde ou como foi, literalmente, a guerra entre os dois, não é possível que a mesma nos fale da Queda de Lúcifer.


E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”. O texto como vimos, é literatura apocalíptica, por conseguinte, simbólica, e deve ser interpretada como tal. Os próprios que pretendem interpretar “diabo” literalmente, são os primeiros a dizerem que o “diabo” não possui sete cabeças, dez chifres e um rabo! Como não? Ora, justificam, o texto é simbólico! O que, aliás, prova, mais uma vez, que é fantasiosa e incoerente a idéia de que a Bíblia deva ser interpretada exclusivamente de modo literal.


O importante é compreender o símbolo. São João usa três expressões ao referir-se ao Dragão; ele o chama de “a antiga serpente”, “o diabo”, e “Satanás”. Duas destas expressões são hebraicas. Antiga Serpente leva os cristãos judeus a se lembrarem de Geneis 3, e o termo “Satanás” identifica o Dragão como sendo o “adversário”. O termo grego, diabo, significa “o acusador”. Esta dupla referencia, em hebraico e em grego, quanto a natureza do Dragão, mostra aos cristãos perseguidos o real interesse maléfico por trás de toda aquela perseguição. Quando o Império lhes persegue, estão sendo perseguidos pelo mesmo poder que tentou destruir Adão. E quando a fé vence a perseguição, não apenas o Império, mas o poder por trás dele também é vencido.


Em um rápido sumário, poderíamos tentar dar alguma seqüência ao quadro: o Dragão é vencido nas regiões celestiais, tendo fracassado em impedir a obra Vicária do filho, o qual foi conduzido em segurança aos céus (12.1-6); a mulher fica escondida, livre de perseguição por um tempo, sendo preparada para o que virá (12.6); então a fúria do Dragão se vira completamente contra a mulher, havia chegado o tempo da perseguição (12.7-17). O povo eleito é perseguido, e seu único escape é o Senhor.


Reparem, no entanto, que o texto não apresenta uma cronologia exata. Temos em mãos um texto simbólico, apocalíptico, e não uma descrição histórica. Por exemplo, no verso 10, ao falar da derrota de Satanás, João aponta como conseqüência o fato dele não mais poder acusar os cristãos: “Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”. Ora, isso se deu na cruz do Calvário e na ressurreição que já foi relatado anteriormente, no verso 5. De modo que qualquer tentativa de aplicar isso a uma Queda de Lúcifer, em tempos da história primitiva, ou de encontrar nela uma cronologia exata de eventos, no passado ou futuro, reduzirá o texto a um emaranhado de afirmações sem pé nem cabeça.
III




A interpretação literalista das Escrituras se revela um fiasco. Apesar de não ser tal análise o alvo principal deste artigo é impossível, como podem ver, não comentar o fato. E as provas se acumulam a media que avançamos nossa pesquisa. Nossos próximos textos estão no Antigo Testamento, Ezequiel 28.11-19 e Isaías 14.1-20.


Estes textos são apresentados como provas cabais das origens de Lúcifer. Lembram-se do pregador a quem me referi na introdução? Pois bem, ele tinha em mente estas passagens quando perguntou: “Sabem dizer qual foi o pecado que derrubou Lúcifer?”. Resta-nos saber se as mesmas têm a intenção de nos ensinar algo a respeito deste assunto. Vale lembrar, principalmente aos que, porventura, já estejam tentados a me jogar no quartinho dos hereges, que mesmo dogmáticos convictos, como os editores da Bíblia de Estudo Pentecostal, da CPAD, admitem apenas uma “possibilidade” de que estes textos refiram-se a Queda de Lúcifer. Leiam os comentários de rodapé em cada passagem e confiram.


Essa “possibilidade” alegada pela Bíblia de Estudo Pentecostal já nos fornece uma primeira pista: o texto, tomado em seu sentido imediato, não diz nada sobre a Queda de Lúcifer. No entanto, confiram no rodapé da BEP, alguns consideram que diversos elementos encontrados no texto não parecem possíveis a um homem, de carne e osso, como você e eu; daí surge a tese de que, “possivelmente”, o texto se refira também, em algum sentido, a algo maior que um homem. Portanto, já temos um ponto de partida muito valioso.

IV




Começaremos pela profecia de Isaías.


Grandes teólogos têm sustentado que Isaías, no texto supra indicado, refira-se as origens de Lúcifer. É o caso de A. Hode, um dos meus teólogos sistemáticos preferidos. Na página 203 do quarto volume de sua Sistemática, ele pergunta: “What are the names by which Satan is distinguishe...?”. Dentre suas respostas ele cita o ‘nome’ Lúcifer e o texto de Isaías 14.12. Vejamos o que diz o texto:


“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo!” – Isaías 14.12-15.





Não é preciso muito esforço para descobrir como estas palavras se encaixam na tese que estamos analisando. O texto, que na verdade não fala de anjo nenhum, mas apenas de um Rei, ímpio e cruel (leia: vv. 4-7), transforma-se numa descrição da Queda de Lúcifer por causa dos seguintes detalhes:
  • Algumas traduções, seguindo a Vulgata, tradução oficial dos católicos romanos, traduzem “estrela da manhã” como Lúcifer. E, como Lúcifer, significa na mente popular a pessoa do Encardido-Mor, a confusão já começa a se instalar.


  • Além disso, muitos imaginam que expressões como “subirei ao céu”, “acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”, “subirei sobre as alturas”, “serei semelhante ao Altíssimo”, não podem ter sido ditas por um homem, mas, apenas por um ser muito poderoso.


O termo que a Vulgata, e diversas traduções, como a KJV, vertem como Lúcifer é tradução do hebraico hêylêl (הילל ), palavra que, impressionantemente, aparece uma única vez nas Escrituras, aqui em Isaías 14.12, evidentemente. Segundo os Léxicos o termo significa “luz da alva”; “luz da manhã”; “luzeiro da manhã”; “estrela da manhã”; “estrela d’alva”. Portanto, a princípio, o termo não é um nome próprio, mas uma expressão simbólica, figurativa.


“Luz da Manhã” tornou-se “Lúcifer, devido a Vulgata Latina, a tradução oficial do papado. Acontece que em latim, idioma da Vulgata, a expressão”luz da manhã” é traduzida com uma única palavra: lúcifer. Diferentemente do que se imagina hoje, originalmente, no sentido léxico, “lúcifer” não significa “Capeta”! Significa o que? Apenas “brilhante”, um “luzeiro”.


Num segundo momento, depois de a Vulgata ter transformado “Luz da Manhã” em “Lúcifer” (luzeiro), a dogmática católica transformou o Luzeiro em nome próprio do famoso Aquele-Cujo-Nome-Não-Se-Pronuncia, segundo os vodus, o Coisa Ruim, para nós brasileiros. O importante aqui é perceber que o termo “lúcifer” só se transforma em nome próprio, quando algum leitor o interpreta como tal.


As expressões que supostamente não poderiam se referir a um mortal, o Rei da Babilônia, constitui para muitos prova de que o texto se refira a Queda de Lúcifer. São expressões como “subirei ao céu”, “acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”, “subirei sobre as alturas”, “serei semelhante ao Altíssimo”. Honestamente, a objeção é sofrível. Imagine alguém tendo dito: “Vou comer até explodir”, “Estou morrendo de paixão”, “Ela me faz andar nas nuvens”; etc. Tais expressões podem ser interpretadas literalmente? Pouco provável, ficando com o contexto a tarefa de responder a questão.


O contexto da profecia de Isaías não nos diz nada sobre uma Queda de Lúcifer. A profecia é enviada contra o Rei da Babilônia que havia capturado a nação de Israel, e que também dominava boa parte do mundo de então. Deus, assegurando a libertação futura, ordena que Isaías profira uma sentença contra o tirano: “Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada! Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir” (4-6). Como resultado a terra terá paz, disse o Senhor: “Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando” (v. 7).


Celebrando a vitória predita a linguagem do texto muda para um tom simbolico, de modo um tanto que gradativo.


“Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar”v. 8.





Temos aqui uma prosopopéia, um recurso inúmeras vezes utilizado nas Escrituras, no qual somos apresentados a seres inanimados que falam, dançam, se alegram... Trata-se, aqui, de recurso retórico com a clara intenção de engrandecer o fato descrito anteriormente. Observe que a destruição do Rei já foi predita até o verso 7, agora, em linguagem prosaica, o profeta passa a descrever as conseqüências de sua ruína.


“O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações. Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós. Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão”vv. 9-11.


O inferno aqui é simplesmente SHEOL, que infelizmente a Corrigida Fiel quis traduzir ao invés de simplesmente transliterar. Felizmente, diversas novas traduções têm corrigido este erro. Literalmente o Sheol é a sepultura, e em figura, uma referencia ao próprio estado da morte. O mais importante aqui é constatar que Sheol não é o “inferno”, pelo menos, não se entendido como ‘lago de fogo’, aonde vão apenas os maus, ou coisa do tipo. Sheol, segundo o Antigo Testamento, é para onde vão todas as pessoas, boas ou más: Gen. 37:35, Gen. 42:38, Gen. 44:29, Gen. 44:31, I Reis. 2:6; Salmos 6.5.


No Sheol, todos aguardam o dia da Ressurreição Final, ocasião na qual os justos serão remidos pelo Senhor:


“Eu os remirei da mão do inferno (SHEOL), e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno (SHEOL) , a tua perdição? O arrependimento está escondido de meus olhos” - Oséias 13.14.


Paulo, intérprete autorizado e infalível, se vale da profecia de Oséias para nos ensinar acerca da ressurreição dos justos:


“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno (HADES; = sheol, hb.), a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” – I Coríntios 15.52-28.


Certeza da ressurreição já antevista pelo próprio Cristo: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno (HADES) não prevalecerão contra ela!” – Mateus 16.18.


Por isso, ao invés de entendermos “inferno” na profecia de Isaías como algum lugar ‘metafísico’, é mais prudente compreender simplesmente como a morte, a sepultura. Pretender algo além disso é abusar do próprio texto que fala ao Rei que no Sheol teria o seu corpo consumido pelos vermes: “Já foi derrubada na sepultura (SHEOL) a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão”.


E os reis, já mortos, conversando com o morto recém chegado? Estes, de modo algum provam que os mortos falem, da mesma forma que o verso 8 não serve como prova de que os Líbanos, arvores do campo, sejam poetas. Nestes versos Isaías nos apresenta árvores e mortos, já decompostos a muito, comemorando a ruína do tirano. Simplesmente, uma poderosa e eloqüente figura de linguagem.


Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo!”vv. 12-15.





Ironia. Leia novamente estes versículos e sinta a ironia na voz do profeta! Como ajuda lembre-se de que os imperadores apresentavam-se diante do povo, e perante outras nações, como verdadeiros deuses. O Culto ao Imperador era uma realidade muito constante na vida daquela gente. Na verdade, mesmo nos dias da Igreja Primitiva, houve perseguição contra os cristãos que não se sujeitaram ao Culto Imperial. O Rei é Deus! Ele é o Grande Soberano da Terra e do Céu, o Déspota por natureza e direito. Quando o Rei escraviza o povo israelita, ele se diz vencendo Jeová, o Deus de Abraão, o Deus derrotado!


Pare um minuto e escute o coração humilhado do povo:


“Junto dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha?” – Salmos 137.1-4.


Um povo, o de Abraão, humilhado, vencido e exilado; servindo como diversão aos seus algozes. Um Império poderoso, vencedor, imbatível; com um Rei que acha ter derrotado o Deus dos deuses. Mas, então, a ironia. Aquele que pensa ser maior que o próprio Deus, será abatido às profundezas de um túmulo.





E a ironia continua, nos versículos subseqüentes, quando o profeta antevê a reação de deboche dos povos que, antes, temiam o grande imperador: “Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos? Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada. Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado. Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada” – vv. 16-20.


Em que lugar o texto de Isaías nos fala sobre Satanás, ou sobre a Queda de Lúcifer? Em lugar algum.

V




Nossa próxima parada é Ezequiel 28.11-19. Primeiro, o texto:


“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ónix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá”.


Como podem ver este texto é muito mais rico em figuras do que o de Isaías 14. Tamanha expressividade incentiva alguns a dizerem que o mesmo não pode estar se referindo apenas ao Rei de Tiro, apesar de esta ser a única intenção apontada no próprio texto: “Filho do homem, levanta uma lamentação contra o Rei de Tiro!” (v. 12).


O dispensacionalista Lawrence Olson teoria que “um estudo minucioso desta passagem revela que o ‘rei de Tiro’ mencionado aqui não pode ser um mero homem mortal, mas sim um ser angelical descrito como possuindo ‘a perfeição da sabedoria e da formosura’... A descrição do versículo 14 indica que Satanás ocupava um lugar de destacada honra e que tinha acesso à glória divina!” (O Plano Divino Através do Séculos; CPAD).


Tal interpretação ignora e violenta todo o contexto da passagem, além de chamar o profeta de mentiroso. Isso mesmo. Toma-se o profeta por mentiroso, uma vez ter ele dirigido sua profecia a um Rei, humano, de carne e osso. Deus ordena ao profeta: “Filho do homem, levanta uma lamentação contra o Rei de Tiro, e dize-lhe:... tú eras o selo da medida; etc, etc.”. A quem Ezequiel proferiu estas ameaças? Contra um homem, o rei de Tiro! Mas, se o profeta fala, na verdade, de Satanás, ele mentiu ao rei, e se tornou num arauto não compreendido pelo mesmo. Imagine a reação do Rei: “Eden? Pedras de Fogo? Nunca estive lá! Internem esse homem!”. Retiremos da passagem sua intenção de ser simbólica e termos apenas uma teoria criativa, mas absurda, criada por algum interprete atual, sem qualquer ligação natural com o texto e o contexto.


O que levou Ezequiel a se referir ao Rei com tamanha riqueza de imagens? Observe, primeiro, como fizemos no texto de Isaías, a mentalidade de vencedor imbatível que havia no coração do Rei de Tiro. Depois de ler o que o próprio texto diz sobre o coração deste Rei, nunca mais o leitor se deixará levar por interpretações ficcionais:


“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus!” vv. 1-2.


“Eis que tu és mais sábio que Daniel; e não há segredo algum que se possa esconder de ti. Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros. Pela extensão da tua sabedoria no teu comércio aumentaste as tuas riquezas; e eleva-se o teu coração por causa das tuas riquezas”vv. 3-5.


“Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Porquanto estimas o teu coração, como se fora o coração de Deus, por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor. Eles te farão descer à cova e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares”vv. 6-8.


“Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? mas tu és homem, e não Deus, na mão do que te traspassa. Da morte dos incircuncisos morrerás, por mão de estrangeiros, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS”vv. 9-10.


Depois de proferir sua sentença contra o Rei, o profeta passa, a partir do verso 11, a descrever sua saga numa linguagem simbólica, figurada, contudo, é a mesma saga, e não a saga de um outro ser! O leitor atento, leitor mesmo, daqueles que vão ao texto, rapidamente percebe que esse é o estilo de Ezequiel. Um outro exemplo:


“E sucedeu, no ano undécimo, no terceiro mês, ao primeiro do mês, que veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dize a Faraó, rei do Egito, e à sua multidão: A quem és semelhante na tua grandeza? Eis que a Assíria era um cedro no Líbano, de ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura, e a sua copa estava entre os ramos espessos... Os cedros, no jardim de Deus, não o podiam obscurecer; as faias não igualavam os seus ramos, e os castanheiros não eram como os seus renovos; nenhuma árvore no jardim de Deus se assemelhou a ele na sua formosura... Portanto assim diz o Senhor DEUS: Porquanto te elevaste na tua estatura, e se levantou a sua copa no meio dos espessos ramos, e o seu coração se exalçou na sua altura, Eu o entregarei na mão do mais poderoso dos gentios...” (Ezequiel 31).


Onde está a narração da Queda de Lúcifer em qualquer destas figuras? Novamente, em lugar algum.

FINALIZANDO




Satanás existe e a maioria dos leitores não precisa de referencias bíblicas que comprovem este fato. A questão abordada neste artigo é diferente. Não se procurou questionar a realidade, mas sim, a origem de Satanás. Ou melhor, abordamos aquela que é a mais comum e popular teoria sobre as origens de Satanás, e dos espíritos malignos.


A Bíblia não nos dá nenhuma pista sobre como surgiram estes seres. Estando errado nesta conclusão, gostaria de conhecer a resposta à pergunta: “Sabem dizer qual foi o pecado que derrubou Lúcifer?”; e suas correlatas. Todas as respostas que eu conheço estão baseadas numa exegese parcial, equivocada e ficcional.


Deus criou Satanás e os demônios exatamente como são, ou eles foram criados de uma forma e se corromperam depois? A Bíblia na diz. Eu prefiro a primeira opção, já que a segunda, como aceita hoje, fundamenta-se sob falsas premissas. De qualquer modo, as duas possuem a mesma comprovação bíblica: nenhuma.


Seja como for, o mais importante é saber que seja lá qual for a verdadeira origem de Satanás e dos demônios, este fato jamais esteve fora dos planos de Deus, nem lhe foi uma surpresa ou impedimento; Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Romanos 11.32).


“Sabem dizer qual foi o pecado que derrubou Lúcifer?” – soluçou o preg... Quer saber? Até nosso próximo encontro, se Deus nos permitir.


Fiquem com Deus;


Paz e bem!

53 comentários :

  1. Paz Marcelo,

    Ótimo estudo, concordo plenamente com o que escreveste (e como escreveste!!).

    Em Cristo,

    Ednaldo.

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  2. Paz Marcelo,

    Gostaria de saber como você interpreta Judas 6, quando são citados "os anjos que não guardaram seu principado".

    Fica na Paz,

    Ednaldo.

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  3. Olá, irmão Ednaldo. Uma boa questão que você acaba de propor. Estarei dando uma resposta mais clara na segunda feita, mas, por ora, digo apenas o seguinte: não sabemos ao certo a origem dos 'espiritos malignos'; apenas conheçemos sua existencia, devido a Revelação.

    Paz.

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  4. Não concordo com nada que publicou, primeiro porque não me interessa o que homem acha que a Biblia possa querer dizer. Li pq não acreditei que alguem realmete possa ter dúvidas com relção a algo que esteja na Palavra. Primeiro: como está escrito em 2 Pedro 1:20 e 21 interpretação da Bíblia só pelo Espirito Santo,e não pela intelectualidade do homem. Se você tem a uma "interpretação" da bíblia que te poe duvida sobre o que o Senhor escreveu, com certeza não foi o Espirito quem revelou, pois Deus não é Deus de confusão. Existem coisas escritas não foram reveladas para homem algum, como também está escrito. E outra coisa, nas passagens que vc cita de Isaias e Ezequiel sobre o diabo, qual a dificuldade pra entender? "Proferirás este dito contra o rei da Babilonia" Babilonia uma cidade profana, logo Deus não atuava naquela cidade, e sim "o deus deste século que cegou o entendimento de muitos". E como sabemos o mundo jaz no maligno, ou seja quem governa esse mundao é o diabo, consequentemente ele atua nessas cidades, como em Babionia ele usava o rei daquela época para fazer coisas abominaveis diante de Deus. Nessa passagem Deus fala diretamente com o diabo, que sabemos que é um anjo caido, era ministro de louvor até entrar a soberba e querer ser mais do que Deus (ou Altissimo como ele chama a Deus). Para lembrar a ele quem ele era e em que o pecado transformou ele. Pra ele se por em seu lugar, Deus estava simplesmente falando diretamente com o inimigo, pq Deus não é contra sua criação, o homem sozinho não faz nada contra o Senhor, só mesmo o inimigo e seus deminios que atua na vida das pessoas pra fazerem algo. "porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra todas as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestias"

    A paz de Cristo

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  5. Olá, irmão Ednaldo. Me perdoe pela demora em resposder, o caso é que estou cheio de coisas para dividir o tempo, o que me atrasou um bocado nas novas atualizações.

    Hoje, como prometi, vou fazer outras considerações em Judas 6.

    Sim, a Bíblia fala de anjos que pecaram e foram destituídos de sua original honra. Tal ensino encontra-se em II Pedro 2.4; Judas 6. Porém, em lugar algum a Bíblia indica quanto isso aconteceu, como ou por qual razão. Em outras palavras, nada sabemos sobre o pecado ‘original’ destes anjos. Não sabemos sequer se Lúcifer era um ‘anjo de luz’ originalmente, como muitos pregam. Talvez o tenha sido, mas não sabemos. A mesma chance dele ter sido criado ‘bom’ é a mesma chance de já ter sido criado perverso. A Bíblia não ensina nem uma coisa nem outra, portanto, as chances são virtualmente idênticas.

    Alguns comentaristas, como Clarke, pretendem que os anjos teriam sido submetidos a uma prova, como Adão, e os reprovados nesta prova seriam os tais anjos caídos. Clarke argumenta que o fato de existirem anjos caídos é a prova de que houve um estado de provação. Trata-se de uma boa possibilidade, mas também não temos como confirmar isso. Não existe, ou não deveria existir, nenhum dogma aqui. Porém, mesmo Clarke adverte que não sabemos a duração desta provação, nem o teste particular aplicado a eles, “também não sabemos qual foi o pecado deles, nem de como ou quando eles caíram”. Sobriamente, Clarke observa ainda que em todas as religiões e culturas existem tradições sobre a queda deste anjos, e que todas elas são inconclusivas e contraditórias, o que, segundo ele, não deve nos surpreender, pois “não temos nenhuma Revelação direta sobre o assunto”.

    E finalizo minha analise sobre o tema citando outra advertência de Clarke: “Eles não mantiveram seu principado, eles pecaram, isso é tudo que nos conhecemos sobre o tema; toda curiosidade e conjectura são inúteis!”.

    Como sabemos, tais limitações não tem impedido muitos de propagarem, como doutrina, teorias que não se sustentam a luz da Palavra de Deus. Claro que não condeno a pesquisa e elaboração de teses teológicas, afinal, meu pensamento é fruto de tais pesquisas; minha briga é contra o estabelecimento de dogmas que não podem ser comprovados como doutrina imposta pela Revelação, nossa única autoridade.

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  6. Oi, irmã Mariana. Obrigado por participar, apesar de pensarmos diferente nessa questão. Veja, provavelmente a irmã não irá ler esta resposta, pelo que acabou de dizer. Em todo o caso, tudo que eu fiz foi mostrar o que o texto DIZ, e aquilo que as pessoas dizem sobre o texto, mas que o texto mesmo NÃO DIZ. Aquilo que o texto diz, EU CREIO, aquilo que o texto não diz, É TEORIA... A queda de lúcifer, no contexto que analisamos, é apenas um mito.

    Creio, entretanto, que você se deixou levar muito pelo título do artigo, sem considerar o conteúdo debatido na tese. Peço que a irmão releia o texto, reconsiderando tal posibilidade.

    Termindo dizendo que fiquei curioso sobre sua afirmação quanto Lúcifer, nome que não existe na Bíblia, ter sido um dia 'ministro de louvor'. Não estou provocando, ok? Fiquei apenas curisoso, já que nunca encontrei tal ensino nas Escrituras.

    Fique com Deus, espero que possamos dialogar de modo franco a respeito das Escrituras.

    Em Cristo;

    Marcelo Lemos
    Seu conservo no Senhor.

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  7. este artigo esta no livro o que a bíblia não diz
    de renato aragão de lins

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  8. Toda ajuda e esclarecimento é bem-vinda, irmão Moacir. A citação que o irmão faz do livro de Lins; se não me engano publicado pela maravilhosa CPAD, foi muito oportuna; até porque, muitas pessoas temem romper com doutrinas que quando analisadas mais profundamente, se revelam completamente destituídas de base escriturística.

    Obrigado pelo subsídio teológico.

    Paz e bem

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  9. Amado

    A Biblia se interpreta a ela mesma.
    Quando o homem começa a querer interpretar o que já foi interpretado ele se afasta de Deus. Ou seja: seu ego, seu querer saber mais do que Deus (como Lucifer) o faz cair no pecado. Sua "interpretação" me lembra " e estavam nus..."
    Deus é maravilhos e sempre atende a Seus Filhos. Aqueles que se fastam Dele, os torna nus perante a Igreja. Seu comentário ( e, utilizo o pronome "Seu" desvendeu que a tentativa de interpretar significa sua distancia do SENHOR.

    No final dos tempos hevrão ( já começaram) a aparecer os "interpretes da Biblia".
    Está escrito que" onde a Biblia fizer silencio o homem deve se calar". Perguntar o porquê do silencio é ultraje ao SENHOR. É duvidar de Sua Palavra.
    Acaso a Biblia é inerrante? Será suficiente um estudo, não profundo" para para O Espirito nos revelar que as profecias se cumpriram e estão cumprindo.
    Fazer EISEGEJE sempre leva a proximidade da "serpente".


    Refrigere-se nas Escrituras. Viva os "Silencios Biblicos" ( Dt 29:29) e, permita que somente o Espirito lhe revele o que achar adequado nesse momento.

    Amado, muios estudos de gramatica grega, em mhebraico são coisas do conhecimento humano e nos leva anos servirmos da razão para "Interpretar", porém, quando esse conhecimento se torna divino milagres acontecem.
    Graça e paz.

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  10. Irmão Luiz, paz e bem; que a graça de Deus esteja abundante sobre o seu coração.

    Olha, tentei compreender o que o irmão escreveu, mas não consegui muita coisa. Mas, penso que o senhor discorda da minha interpretação para os textos que 'supostamente' falam da Queda de Lúcifer. Além disso, o irmão parece me aconselhar a não ir além do que está escrito. Concordo com isso, e é exatamente por concordar que rejeito a interpretação popular dada aos referidos textos, afinal de contas, nenhum deles fala nada sobre Satanás, ou sua queda, como provei exegeticamente. Aliás, mesmo os defendores da tese contrária, são forçados a admitir que sua teoria é apenas uma "possibilidade". Portanto, não sou eu quem está indo além do que "está escrito".

    Por falar em nos atermos ao que está escrito, a expressão "onde a Bíblia fizer silêncio o homem deve se calar", não é bíblica - trata-se de uma afirmação teológica, com a qual estou de pleno acordo; e por estar de acordo, repito, rejeito a interpretação fantasiosa que a maioria dá aos já citados textos.

    O irmão tbm parece desdenhar da teologia, da razão usada na exegese, alegando uma interpretação sobrenatural. Isso é completamente anti-biblico, verdadeira blasfêmia que sequer me darei ao trabalho de responder. Nem mesmo a seita mais irracional lancaria mão de tamanha bobagem. Deus deu sua Palavra em grego e hebraico, não foram os teologos! Além disso, a Bíblia que o irmão tem em mãos, seja ela qual for, não veio a existencia por meio de um 'tradução milagrosa'. Muito pelo contrário: Deus se valeu do "conhecimento humano" que homens entendidos em grego, hebraico e aramaico possuiam! Pense nisso.

    No mais, o irmão não demonstrou que os textos falem aquilo que eu nego que falem. Em todo o caso, estou aberto para corrigir minha teologia, caso o irmão demonstre o erro dela - é um compromisso publico que assumo.

    Obrigado por sua visita; paz e bem!

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  11. gostei muito do seu estudo que aliais é muito profundo !!! e qual é o endereço do seu orkut ??

    ass:miss.Michele

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  12. Olá Irmão Marcelo a paz de Cristo amado.
    (iS14:1-23)retrada um poderoso mornaca cujo orgulho o levou à destruição. Foi o que aconteceu com Belsazar guando Dario,o medo,tomou Babilônia em 539a.c.(D5).
    O profeta viu nesse acontecimento algo muito mais profunto o que a queda de um império.Viu n queda do reino da Babilônia a queda de Satanás.
    (v.12)Lúcifer é a palavra em latim para "estrala da manhã".
    O maior dos anjos de Deus tentou usurpar o truno do Senhor e tomar para si a adoração que pentece somente ao Senhor.
    A declaração"Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante o Altíssimo"(v.14),revela sua intenção.
    Quer Deus esteja lidando com reis ,quer seja com anjos (Prov16:18),é verdadeiro:"A soberba precede a ruina,e a altivez do espirito,a queda".
    (Ez28:4,16)o uso do termo "querubim",sugere que se trata de um ser angelical,como também o fato de ele ter estado no "monte santo de Deus"(v.14).
    Seu orgulho e suas ambições egoísta(v.16),levaram a pecar,e o Senhor julgou-o o lançá-lo fora do monte de Deus(v.18).

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  13. Entendo, irmão Marcelo, sua opinião; mas ao ler seu texto volto a questão inicial: onde a Bíblia diz, por exemplo, que o profeta "viu na queda do reino da Babilonia a queda de Satanás?". Eis a pergunta central aqui, compreende? A Bíblia diz que o profeta viu e falou sobre a queda da Babilônia. Alguém diz que ele também teria visto a queda de Satanas. É uma teoria; mas, repito: onde a Bíblia diz tal coisa? Em lugar algum.

    Paz e bem

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  14. ola irmão lendo seu texto vi que vc foi bem profundo,
    vou faço-le uma pergunta vc acredita no Espirito Santo de Deus.
    Se sim faça uma analise comigo o profeta Isaias que era usado por Deus. ele estava sim estava profetizando para babilonia
    mais o Espirito Santo de Deus me faz ver e crer que toda vez que eu leio uma passagem na biblia o Espirito Santo me faz eu entender de uma forma diferente então nao esta somente na profecia do profeta mais sim no que o Espirito Santo de Deus nos que relevar

    Que Deus te Abenções.

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  15. Sim, acredito no Espírito Santo. Isso significa que creio ser Ele exatamente como descrito na Bíblia, por exemplo, como sendo o Autor das Escrituras Sagradas, conforme o ensio de textos semelhantes a “os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1.21).

    De modo que, se você e eu cremos, de fato, no Espírito Santo, também aceitaremos como conclusão inescapável, a suficiencia das Escrituras, já que Ela é a sua revelação autoritativa para nós. Amém.

    Em Cristo,
    Marcelo Lemos

    Paz e bem

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  16. Li alguns comentários, não todos por serem longos. Gostaria de acrescentar, se ninguém mencionou ainda, que isaias 14 se refere a resposta dada pelos reis ao profeta e não o profeta falando e muito menos Deus. Publiquei um video sobre isso no youtube/verdadeoculta2 que tem gerado muita polemica. Fiquem na Paz

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  17. Desculpa amado, mas os termos biblicos não se confundem.
    A besta não é o Dragão... existem infinitos erros provenientes de uma leitura baseada em nossa linguagem latinizada... sugiro um estudo mais aprofundado.
    E mais um detalhe. Izaías é um livro profético, assim como Apocalipse. Logo, ambos devem ser estudados sob o prisma de figuras de linguagem.

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  18. Caro Marcelo,

    Li o seu post e todos os comentários até aqui, e estimo em grande valor o seu trabalho de mostrar o contexto das passagens que tantos evocam pra afirmar a origem de Satanás. Concordo com a sua análise e me identifico com esse trabalho de leitura detida da Palavra - nem todos têm a disposição de olharem o texto na sua totalidade para o entenderem com lucidez. Esse trabalho, no mínimo, coloca o tipo de entendimento que temos sobre o assunto no seu devido lugar: aquilo que é afirmado literalmente pela Palavra, aquilo que é atribuído à teoria teológica e aquilo que só pode ser acatado como uma Revelação.

    Ao pensar sobre esses tipos de interpretação diante do texto literal, me lembrei de como a própria Palavra expõe algo parecido em alguns momentos. No Evangelho de Matheus, vemos constantes alusões ao Antigo Testamento que, no seu contexto, não eram profecias literais para o Messias, tecnicamente falando. Mas Matheus evoca as passagens com uma sensibilidade de quem utiliza as Escrituras como ferramenta de revelação nas suas palavras. Um exemplo: o nascimento de Jesus por uma virgem. Matheus alude a Isaías 7:14 para corroborar tal acontecimento: "Por isso, o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a Virgem concebeu e dá à luz um filho, e o chama Emanuel". E ele imputa essa passagem como profecia ao nascimento de Jesus. Mas, fora algumas discussões a respeito do termo original traduzido por "virgem", o fato é que essa passagem de Isaías, no seu contexto original, não parecia apontar para o nascimento de uma criança sete séculos mais tarde, mas sim àquela que nasceria como um sinal para Acaz, Rei de Judá, garantindo que ele não seria derrotado por Rezim, Rei da Síria, e Peca, filho do Rei de Israel. Em Isaías 8:3-4, uma profetisa dá à luz um filho, Maer-Salal-Hás-Baz, que parece cumprir mais convincentemente, em contexto, a profecia de Isaías 7:14.

    Esse é apenas um exemplo. Então a minha pergunta é: como situar esse tipo de interpretação? Existe um nome para ela? Ela é válida? Afinal, Matheus a utiliza para dar base a afirmações muito importantes. A interpretação da origem de Satanás nos versículos que você cita não seria esse mesmo tipo de interpretação que Matheus impõe a Isaías? Se não, qual seria a diferença?

    Dou minha palavra de que pergunto com honestidade e dúvida sincera, ansioso para conciliar esses questionamentos com a nossa prática de fé na leitura e interpretação da Palavra.

    A Paz do Senhor Jesus,

    Leonardo

    P.S.: tomei o exemplo de uma página que analisa várias profecias atribuídas ao Messias por nós cristãos: http://www.judeus.org/Artigos/Fique_ligado/quadro/as_fabulosas_profeicias_do_messias.htm. Um texto escrito à luz do Judaísmo.

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  19. Li há pouco este texto de Renato Aragão de Lins, e, embora incentive o seu ânimo em tomar a Palavra sem preconceitos, acho que a interpretação da passagem de Isaías como se referindo a Jesus é problemática. Como ficaria o trecho: "Eu, pois, fiz sair do meio de ti fogo, que te consumiu, e te reduzi à cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; Vens a ser objeto de espanto, e jamais subsistirás"? "Jamais subsistirás"! Acho que a passagem segue um padrão de profecia CONTRA a soberba de alguns reis, e a promessa, por meio do profeta, de que tal rei jamais subsistiria é significativa e não poderia ser aplicada a Jesus.

    A Paz do Senhor Jesus,

    Leonardo

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  20. Muito boa análise literária e contextualizada desses textos. As pretensas provas da origem de Satã e seus amiguinhos foram claramente esclarecidas e apontadas para suas reais intenções originais.

    Agora, querer enfiar Satã de qualquer jeito no texto, como muitos acima fizeram, é de uma ignorância e infantilismo ridículos. Chegam a INVENTAR quem Satã foi:

    "o diabo, que sabemos que é um anjo caido, era ministro de louvor até entrar a soberba e querer ser mais do que Deus (ou Altissimo como ele chama a Deus"

    "sabemos"? Como ela sabe que Satã chamava Deus de "Altíssimo"?

    "anjo de louvor"??

    kkkkkk

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  21. Olá Marcelo,

    Quando estamos com a intenção de combater uma idéia ou pensamento podemos correr o risco de estarmos com nossa mente fechada para uma reflexão imparcial. Precisamos eliminar todo tipo de pré-conceitos para podermos fazer uma análise aprofundada em qualquer texto (isso aprendemos em hermenêutica). Pelo visto vc já tem uma idéia pré concebida sobre o assunto acima e não vai abrir mão disso. Portanto, de nada vale ficarmos aqui tentando convencê-lo do contrário... Eu creio que o texto de Ezequiel 28 é o suficiente para trazer ilumunação e entendimento à sua dúvida... Mas... você não aceita que possa haver uma relação entre o Rei de Tiro com o Lúcifer que se tornou Satanás. Por acaso o Rei de Tiro esteve no Éden?... Assistia na presença de Deus?... Você diz que não podemos fazer nenhuma ligação entre estas personagens...

    E o que vc diz sobre Daniel 10 quando um anjo veio trazer uma resposta às suplicas de Daniel somente 21 dias depois, pois houve resistência por parte do "principe da Pérsia" e foi preciso do auxilio do anjo Miguel? (Dn 10:13) Quem é este príncipe da Pérsia que deteve um anjo? Seria algum príncipe humano?

    Respeito sua opinião, mas a Palavra deve ser interpretada com o auxílio do Espírito Santo, pois, caso contrário, como estudaríamos o apocalípse. Se formos interpretar literalmente todos aqueles simbolísmos e aquelas figuras?

    Agradeço pela oportunidade de me expressar.

    Saudações cristãs.

    Paulo Morais

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  22. Irmão Paulo, como sempre digo, este blog possui opiniões fortes e firmes, mas sempre mantemos espaço democrático para aqueles que discordam de nós. E, sim, estou aberto a correções, desde que elas sejam feitas, o que, neste artigo, não aconteceu ainda.

    Por exemplo, você diz que eu erro ao não aceitar que exista relação entre o Rei de Tiro e "Lícifer que virou Satanás". Só aqui temos vários problemas. Primeiro, o texto diz estar se referindo ao Rei de Tiro, portanto, eu estou certo ao aceitar tal afirmação; se o texto se refere a mais alguma coisa, isso não é declarado, portanto, não tenho dever de aceitar. Segundo, quem diz que o texto se refere a alguma coisa a mais, assim o afirma tendo por base suas próprias especulações, pois o texto se declara falando apenas do Rei de Tiro. Terceiro, o termo "Lúcifer" é invenção latina, jamais conta no texto bíblico.

    Sobre a interpretação, a Bíblia deve ser interpretada respeitando as regras da exegese e da hermêutica, do contrário, caímos no subjetivismo, onde cada um se diz 'iluminado pelo Espírito' a seu bel prazer.

    Paz e bem

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  23. Marcelo, você não se pronunciou sobre minha indagação acima. Segue novamente:

    "E o que vc diz sobre Daniel 10 quando um anjo veio trazer uma resposta às suplicas de Daniel somente 21 dias depois, pois houve resistência por parte do “principe da Pérsia” e foi preciso do auxilio do anjo Miguel? (Dn 10:13) Quem é este príncipe da Pérsia que deteve um anjo? Seria algum príncipe humano?"

    Para encerrar este assunto: O que você acha da idéia de "Tipo" e "Antitipo" ?

    Cordialmente,
    Paulo Morais

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  24. Irmão Paulo, graça e paz;

    É verdade, eu não respondi a uma questão sua, do mesmo modo que você não se deu ao trabalho de refutar minha exposição do texto (alegando, frise-se bem, que eu não estaria aberto ao diálogo). No caso da sua pergunta sobre Daniel, apesar de engenhosa, ela não tem relação com texto que estou analisando. No seu texto, até mesmo o anjo de Deus é intitulado “princípe”, logo, o contexto se refere EVIDENTEMENTE a seres espirituais. No texto que eu analisei isso não acontece: a profecia é contra um Reino Físico, governado por um SER FÍSICO; ainda que em figura de lingugem, o profeta desdenhe da pretenção de que tal SER FÍSICO tinha se equiparar a Deus - conforme eu já expus no artigo.

    Quanto a sua nova pergunta, sobre Tipo e Antitipo; as tipologias são explicadas no Novo Testamento, do contrário, é mera especulação.

    Além do mais, no meu comentário anterior, já demonstrei alguns dos inúmeros motivos para invalidar a tese de que os textos em questão se refiram, de algum modo, a suposta queda de Lúcifer - aliás, nem existe Lucifer algum nas Escrituras; como também já demonstrei.

    Paz e bem

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  25. vejam bem, vocês nunca vão chegar a um consenso, pois, ainda não existiu nenhuma criatura que conseguiu decifrar a biblia., nem mesmo pastor, padre ou papa, ninguém nunca conseguirá chegar a um acordo, será que o que estar escrito é realmente aquilo tudo, será que não modificaram a biblia. se o mau existe pe porque tem que existir, não acredito em diabo, ele pode até existir, nós seres humanos é que somos o verdadeiro mal.

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  26. Se você não acredita no Diabo, então, não acredita nas Escrituras.

    Paz

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  27. Alguma coisa a gente sempre consegue entender, né? Mesmo sobre mudanças na bíblia, existe algo chamado FILOLOGIA que rastreia muito bem as diferenças de manuscritos em tantos lugares, as variantes que puderam surgir aqui e ali e quais preservam um estado de texto provavelmente mais antigo, etc. Quer dizer: não é uma coisa fora de controle.

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  28. Estava pensando, e apesar da gente não ter na Bíblia uma descrição explícita da origem de Lúcifer, nós temos em um versículo do Apocalipse a condensação de dois dados importantes. Apocaplipse 12:9 diz: "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele".

    Quer dizer, Satanás é: 1) vinculado à imagem do dragão (independente de entendermos o dragão como símbolo militar de Roma nesses capítulos); 2) vinculado à imagem da serpente do Jardim do Éden (o que já estava claro mesmo por outras passagens); e 3) vinculado à companhia de anjos aos quais ele possuiria, certamente os mesmos anjos que são mencionados como aqueles que pecaram e que eram lançados ao Tártaros em II Pedro 2:4.

    Se Satanás é o dragão e a serpente e aquele que possui os anjos caídos que serão condenados no lago de fogo ao fim de tudo, não é bem razoável entender aquela imagem tradicional dele? Isso não chega a invalidar a atenção que devemos ter ao conteúdo explícito e lógico das passagens de Isaías e Ezequiel, mas bem que são dados que confirmam mesmo um exercício de interpretação chamada "revelada" dessas passagens.

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  29. Marcelo, você não dá muita bola pra mim (minha mensagem foi a última deste post), mas queria acrescentar uma informação, complementar à minha última mensagem.

    Vou transcrever uma passagem que está em Apocalipse 12:7-12.

    "7 E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;

    8 Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.

    9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.

    10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.

    11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.

    12 Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo".

    Reforço o "ele [Satanás] foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele". Precipitado NA terra.

    Minha pergunta é: esta passagem não se refere à queda de Satanás?

    Reafirmo que concordo com o seu texto e que é muito bem-vinda a contextualização dessas passagens discutidas. Mas minha pergunta, feita também em outro comentário mais acima, é se essas passagens não podem conter um significado literal e ao mesmo tempo uma significação revelada por trás delas, a exemplo de algumas das profecias de que Mateus lança mão, aparentemente fora de contexto, mas nem assim inválidades para ele.

    Abraços!

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  30. IRMÃO LEONARDO;

    Perdão, não é questão de dar bola, é que no antigo servidor os eu publicava muitos comentários em bloco, às vezes até de modo automático. Se não respondi foi por algum deslize, não por motivos pessoais. Honestamente só agora me dei conta da sua pergunta, e da inteligência dela.

    Minhas considerações são:

    a) Quando o Novo Testamento utiliza alguma passagem do Antigo Testamento de forma simbólica, devemos compreender tanto o símbolo quanto a realidade, sendo que para o Evangelho, vale o símbolo. Literalmente a profecia não se refere ao Cristo, mas simbolicamente sim; isso se deve, certamente, ao “Deus conosco”. Lembrando que apesar dos outros sinóticos relatarem o nascimento de Cristo como “virginal”, apenas Mateus procura relacionar isso com uma profecia, para o que não se vale do texto hebraico, mas sim da LXX – o texto hebraico fala de uma “jovem” e não “virgem”(LXX). Ou seja, ele alegorizou a coisa, no que, segundo creio, foi inspirado pelo Espírito Santo.

    b) Em outros casos, quando o Novo Testamento não se refere a qualquer alegoria com o Antigo Testamento, vale apenas a realidade – é o caso de “Lúcifer”. O texto de Apocalipse 12. 7-12 não se encaixa, pois nele se diz de uma guerra contra a “antiga serpente”, ou seja, por ocasião da Batalha, Satanás já era a “antiga serpente”. Ademais, o contexto de Apocalipse 12 não se refere a uma guerra ocorrida na Antiguidade da história humana, mas sim, por ocasião do nascimento de Cristo. De modo que, devemos ficar apenas com o sentido real da profecia.

    Fique a vontade para questionar.

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  31. Lucifer ele é o maior ...

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  32. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28:15).

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  33. IRMÃO MARCELO. A PAZ DO SENHOR. SOU MENBRO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS.
    PERGUNTA. SE OS ANJOS SÃO ESPIRITO COMO PODEMOS ENTENDER A QUEDA DE LUCIFER? QUE QUEDA FOI ESSA?

    AGUARDO SUA RESPOSTA.
    SAMUEL SANTOS.

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  34. Um ótimo ano a todos os irmãos em Cristo!!!

    Os demônios existem e estão entre nós aqui neste planeta, creio que nenhum de nós tenha dúvidas com efeito a isto, mas caso alguém tenha, por favor, leiam pedindo discernimento e não por algum conhecimento que por ventura acham que possuam. O apóstolo Paulo nos dá sempre uma configuração exata desta humildade...
    Trabalho com libertação e são milhares de pessoas que vejo e já pude ter o privilégio em poder ser usado em o nome do Senhor Jesus para libertá-los. De mim mesmo não tenho poder de nada, este poder e autoridade vem de Deus (Lucas 10:19).
    De onde veio satanás então?!?!?! Esses demônios não estão aqui, ou se estão aqui eles cairam de onde?!?!?! Se cairam quem os fez cair, e se eram dos céus, eram anjos e desceram por convite, ou quizeram sair de lá por não serem mais santos?!?! Se não existem os demônios e não cairam, quem são estas coisas espirituais que fazem com que as pessoas estejam tão miseráveis - com traições, prostituições, bebedeiras, drogas e etc, que tão logo sejam libertas estas doenças saem, e se eram paralíticas retornam a andar, se tinham aids recebem a cura completa, se traiam as esposas ou esposos nunca mais o fazem?!?!?!?!?

    Eu mesmo era cheio dessas coisas (demônios) era casado há doze anos e era noivo de uma outra mulher ( de aliança e tudo); quando me vi doente desenganado pelos médicos (Rins)e minha esposa com cancer; entreguei minha vida fui liberto, tinha legiões destas "coisas". De onde vieram e quem são eles?!?!?! Os trabalhos que fazem nos terreiros e nas encruzilhadas?!?!? As práticas de Feitiçarias pra quem são - pra Deus ou quem?!?!?!


    Pelo amor de Deus, vamos ler a palavra com discenimento!!!

    Paulo Rosa.
    Ministro do Senhor, historiador e escritor.

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  35. Caros irmãos,

    Debate interessante. São tantos os questionamentos que muitos acabam desviando da pergunta principal, inclusive o próprio autor da questão.

    Então veja:

    - A interpretação bíblica é feita de linguagem denotativa + interpretação da linguagem figurada (vista a todo tempo, inclusive nas parábolas de Cristo). Nas passagens descritas, fica claro a existência de satanás (dragão, serpente, não importa).

    Então voltemos ao tema do post: A Queda de Lúcifer - Um Mito?! NÃO É UM MITO

    E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Apocalipse 12:7-12)

    Abraço e paz do Senhor Jesus Cristo a todos!

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  36. excelente artigo !

    Jesus deixou bem claro :

    Ele foi homicida DESDE O PRINCIPIO, e não se firmou na verdade, porque NÃO HÁ VERDADE nele. Quando ele profere mentira, FALA DO QUE LHE É PRÓPRIO, porque é mentiroso, e pai da mentira.
    João 8:44

    lucifer é um mito !

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  37. Se Ezequias 28 e João 8 falam do mesmo assunto (o diabo), então um dos dois deve estar errado... perceba:

    "Você foi ungido como um querubim guar­dião, pois para isso eu o designei. Você estava no monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes. Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você." (Ezequiel 28:14-15)

    "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." (João 8:44)

    "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." (1 João 3:8)

    Veja que enquanto Ezequiel em seu modo de se expressar fala sobre um querubim que sempre foi perfeito até um certo momento, Jesus e João falam de um diabo que é mentiroso desde o princípio e que não há verdade nele.

    Espiritualmente falando, dizer que alguém era "do diabo" foi a forma como o povo na época de Jesus encontrou pra expressar o antagônismo da idéia de ser "de Deus", mas isso não quer dizer este "diabo" era realmente um deus do mau oposto ao deus de amor de Jesus. Mas então quem ou o que era o diabo? vejamos:

    "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12-13)

    Neste sentido (espiritualmente falando), os que não nasceram de Deus (e por consequência são filhos do Diabo) são os nascidos da "vontade da carne". Então a tal da palavra "diabo" nada mais é que um tipo de figura de linguagem onde a CONCUPISCÊNCIA da carne é tratada como um ser. Quando os fariseus disseram a Jesus que tinham por pai Abraão, Jesus responde que, na verdade, quem eles tinham por pai era Caim (o primeiro homem homicida e mentiroso).

    Por fim, quando João diz no versículo citado: "Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo", então podemos mais uma vez confirmar que a "CONCUPISCÊNCIA da carne" é quem está sendo aqui tratada como se fosse um ser. Basta comparar com:

    "...se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo." (Heb 9:26)
    "Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito". (Rom 6:6)

    Compare bem o para que ele se manifestou e o que foi desfeito.

    Por fim, quanto a Ezequiel não tem nem o que discutir:

    "Filho do homem, levanta uma lamentação contra o Rei de Tiro!" (v 12)

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  38. Paz a tods... Bom, vou me pronunciar sobre a questão, como todos que, assim como eu, (presumo) estavam a pesquisar na net, sobre a origem do inimigo e afrontador de Deus, de seu unigênito e de toda sua criação (a meu ver, pouco importando seu nome, aliás, seres angelicais, recebem NOMES próprios dados por Deus? Os nomes que conhecemos, não são expressões verbais encontradas por pessoas ou, quem sabe, anjos, para descrever nos idiomas do momento, o que estavam vendo? Por exemplo: "Miguel". Qual o idioma de origem? O que significa? Ele mesmo se apresentou como tal? Se eu visse um periquito pintadinho como uma zebra, cheio de listras, eu o chamaria de.... An.... “o diferente” e quando o africano ouvir esta palavra, vai achar bem estranha, e assim ocorre conosco quando ouvimos palavras em hebraico, latim etc). Isso foi só um exemplo de como é complexo defender certas ideias, não importando nem mesmo a ótica que se usa. Bom, para mim, assim como para o restante aqui (presumo novamente), ficou muito claro, se tratarem de cristãos que, como eu, não questionam sobre a existência deste tal inimigo de Deus, no tocante ao seu presente e futuro, muito menos sobre sua permitida participação na história do “tudo”, que do nada, nosso Deus trouxe à existência, por meio de tua palavra e tals... Mas sim, sobre sua origem, ou melhor, a origem de sua inimizade com Deus, a causa em si. Até aí, digamos, (rsrsrs perdão pelo humor empregado na palavra a seguir) "cristianismamente" normal. Porém, lendo, lendo, re-lendo, curtindo pacas o blog, (chamei minha esposa pra ler comigo), derepente, algo me aguçou aqui dentro da cachola, a seguir: Depois de ter presenciado vaaaarias possessões demoníacas, ou de tê-las até mesmo as assistido em verdadeiras entrevistas, feitas “bem intencionalmente” por pastores, tão, an... Digamos... Tão habilidosos no sobrenatural, transmitidas por uma certa emissora brasileira de TV, nos cultos de uma, certa igreja evangélica, tentei me recordar, se em alguns desses, desses... deixe-me ver... An.. “chats” sobrenaturais, algum demônio, mesmo que por um deslize, houvesse mencionado algo sobre sua origem e de seu, seu, hum... ah, seu general (considerando que sejam organizados, fiéis uns aos outros, parceiros de ideais, enfim, “amigos de fé e irmãos camaradas”!!! Entre “demônios??? Uai sô...) Mas blz, nem vou entrar nesse mérito, porque se eu crer que sejam, o que ou quem impede de surgir o “Lúcifer” do Lúcifer? Ou seja, rebelião contra o tal rebelde... Por que não, se se tratam de malvados, perversos, enganosos, mentirosos e acima de tudo, “invejosos” demônios? se crermos como cremos, então é uma lógica crermos assim também, por tabela oras... Calma gente, eu leio bíblia, sou crente, sirvo ao Senhor na minha igreja e fora dela, assim como vcs. Por fsvor, não façam comigo, a mesma retalhação cristã que fizeram ao autor da questão. Só estou deixando aqui meu encucamento que esta pergunta me trouxe, ou seja, gente, por que será, que em todos estes séculos, de contato entre Deus, o homem e o nosso inimigo em comum, nenhum demônio, neeeem um demoniiiinho sequer, nem o faxineiro do reino das trevas, nunca, jamais falaram de sua, aqui neste, tão eloquente e sabiamente discutida... Origem? Porque é um mistério?(se for...blz, no problem) Por que ninguém nunca os perguntou??? Ah vá.... Bom, ta aí a minha, han, “eloquente” colaboração. Paz pra todos, na boa, sem sarcasmos, ironias ou afins, pazzzzz Ass. Pablo Mignone, Igreja Metodista Wesleyana, Cachoeiro de Itapemirim, ES.

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  39. a queda de satanas foi o seguinte ele queria colocar o seu trono acima do de deus,então ele foi lançado na terra mais antes disso satanas enganou a terça parte dos anjos do céu e então todos eles se tornarão malignos e forão condenados

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  40. Infelizmente, o autor do artigo se colocou sobre um pedestal muito alto e seus argumentos são pobres. Disse que o texto de Ezequiel jamais pode ser utilizado para se referir a Satanás, mas não disse porque.

    Um pouco de humildade não faria mal ao autor do texto.

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  41. Loureiro, se os argumentos são pobres (e não digo que não são), não é tarefa dificil refutá-los; todavia, o irmão escreveu apenas para reclamar. Além disso, o irmão diz que eu não justifico minha opinião; será mesmo?

    Abraços

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  42. Sr Marcelo, vamos começar. Em vários pontos do seu artigo, você trata as pessoas que pensam de forma diferente da sua como se fossem inferiores, não pensassem, fossem preguiçosos, incultos, etc. São suas palavras, não minhas. Isso é desnecessário, é ser pretensioso.

    Mas, vamos à sua análise. Pelo que você disse, as passagens bíblicas só podem ter um único sentido/significado, ou seja, ou têm um sentido apenas literal ou apenas figurado/simbólico, não podem ter os dois. Explicando melhor, na sua ótica, é impossível que um texto bíblico se refira a duas realidades, a literal/histórica e a outra, metafísica ou então profética.

    Sua descrição sobre o Dragão de Ap. 12 é bastante confusa. Num momento você diz que o Dragão é o Império Romano e depois diz que este Dragão é alguém que estava nas religiões celestes. Não entendi.

    Dentro ainda deste contexto, como fica o capítulo 20 de Apocalipse? Neste capítulo, João descreve o mesmíssimo personagem.

    Quanto a Isaías 14, você disse que o termo "hêylêl" não é um nome próprio, mas uma expressão simbólica, figurativa. Ou seja, a Bíblia não pode se referir a um ser utilizando expressões simbólicas, figurativas. Como ficam então as expressões: Cordeiro de Deus, Leão de Judá, Raiz de Davi, Alfa a Ômega, etc.? São expressões simbólicas e figurativas, portanto, dentro do seu raciocínio, não podem ser utilizadas para descrever um Ser.

    Outro ponto, não há um consenso entre os teólogos de que SHEOL se refira apenas à sepultura, não ao inferno. Segundo os teólogos, esta palavra pode significar uma coisa ou outra dependendo do contexto. Veja por exemplo o Salmo 9, v. 17.

    Mais um ponto, você diz que Deus criou Satanás já como o adversário. De onde surgiu sua teoria? Do Paulo de Aragão? Ele comete inúmeros equívocos em sua argumentação.

    Último detalhe, não sei de onde você concluiu que Deus é um Déspota. O Deus da Bíblia não é esse.

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  43. Esqueci de acrescentar, faltou sua argumentação com relação ao texto de Ezequiel 28.

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  44. Algumas observações breves;

    I – Não sou um grande exemplo de “tato” na escrita, porém:

    “Em vários pontos do seu artigo, você trata as pessoas que pensam de forma diferente da sua como se fossem inferiores, não pensassem, fossem preguiçosos, incultos, etc. São suas palavras, não minhas. Isso é desnecessário, é ser pretensioso”. Na verdade, são palavras suas; elas não aparecem – que eu me lembre - nenhuma vez no texto. O termo “preguiça” aparece, é verdade, mas refere-se ao desleixo na estrutura do sermão – releia o primeiro parágrafo; de modo que não vale no sentido dado pelo irmão. Se você ler atentamente, verá que estou elogiando o pregador por seu bom uso da estrutura tópica (até então não me refiro à teologia do mesmo).

    II – Apenas um sentido nos textos bíblicos

    Nós, reformados, interpretamos a Escritura dentro de seu contexto, tendo em mente o “sola scriptura” e o “tota scriptura”. Não se interpreta isoladamente. Além disso, respeitam-se as regras gramaticais: símbolo é símbolo, literal é literal, poesia é poesia, etc. Não existe “sentido oculto” ou “segundo sentido” em um texto bíblico, A MENOS QUE a própria Escritura diga isso! Um texto pode ter uma dupla aplicação? SE A BÍBLIA AFIRMAR TAL FATO, certamente. Ninguém pode sair procurando o “duplo sentido de um texto” – apenas a Bíblia pode MOSTRAR que há dois sentidos. O que passar disso é mera especulação humana.

    III – “Lucifer” nome próprio.

    Observo que o irmão inverteu o argumento! Eu disse que o termo figurativo “Estrela d’Alva” refere-se a um ser, um Rei; logo, de onde vem a acusação de eu tenha afirmado que “a Bíblia não pode se referia a um ser utilizando expressões simbólicas”? Não me lembro – por motivos óbvios – de ter feito afirmação tão absurda. E, consequentemente, não preciso responder sobre o uso de termos como Cordeiro de Deus, e outros, já que nunca questionei tal uso.

    Parece-me, pois, que o irmão não compreendeu meu argumento. O termo NÃO É UM NOME PRÓPRIO, e, no entanto, POPULARIZOU-SE como nome próprio – o que é ir além da Escritura. Veja: uma coisa é você saber que Cristo tem o título de “Cordeiro”, outra coisa é você achar que “Cordeiro” é o nome de Cristo! Contudo, milhões seguem crendo na lenda romanista de que o nome do Inimigo seja “Lucifer”...

    IV – Paulo de Aragão? Nunca ouvi falar.

    V – Deus um “déspota”...???

    O Deus da Bíblia, você diz, nunca é descrito como Déspota. Olha, há dois termos muito comuns para Deus no Novo Testamento: Theos e Kurios. No entanto, muitos não percebem um terceiro termo: despostes. Lucas 2.29; Atos 4.24; Rev. 6.10; II Pedro 2.1 e Judas 4.

    Paz e bem

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  45. Prezado Marcelo,
    muito saudável a discussão e argumentação que você apresenta.
    Dentro desta temática, respondendo a sua pergunta inicial: "Qual foi o pecado que derrubou Lúcifer?", entendendo que nesta pergunta Lúcifer significa Satanás ou o Diabo, I Tm. 3:6 ("...para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo.")não deixa claro que o pecado do diabo foi a soberba? Está aí a resposta à pergunta inicial desta discussão.
    Detlef Glaser - glaser.vin@uol.com.br

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  46. A condenação do diabo é o lago de fogo e enxofre, preparado para ele e seus anjos.

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  47. Muito esclarecedor quanto aos textos. :)
    Deus abençoe, irmão Marcelo!

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  48. Cara, você lê a biblia, mas nao sabe interpretar. Pensa bem: Quem é o chefe dos demonios? lucifer. ele se rebelou, e a terça parte caiu com ele. Entao quando Jesus via satanas cair na terra como estrela, já era o próprio lucifer e os outros demonios. Peça a Deus sabedoria Marcelo!

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  49. Marcelo, a três comentários acima foi citado 1Timóteo 3:6, também quero saber sua interpretação sobre este versículo.
    Fica com Deus.

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  50. Marcelo, ha três comentários acima foi citado 1Timóteo 3:6, também quero saber sua interpretação sobre este versículo.
    Fica com Deus.

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  51. Boa noite colega,venho aqui colocar minha humilde opnião sobre este assunto, que hoje nos é colocado como mistério.A queda de lúcifer só pode ser considerada se levarmos em conta que ele era um anjo e se rebelou contra DEUS,mas se levarmos em conta o que Jesus falou,afirmando que desde o início ele já era um mentiroso e outras coisas mais, não teremos um ser celestial que caiu e sim que desde o seu início era "caído",entende?Aí minha mente pensa em duas coisas: existe alguma tradução ou interpretação errada de quem era e é lúcifer ou (uma idéia maluca minha) talvez exista um outro ser no universo (existente desde o início dos tempos) que é a origem de todo o pecado, que conseguiu plantar sua semente entre os anjos de DEUS inclusive Lúcifer (que veio a cair).Pode parecer muito absurdo,mas em genêsis é comentado que se eva tocasse na árvore ela seria como eles (quem são eles?),conhecedores do bem e do mau,ou seja,a opção de escolher o bem e o mau já existia e dessa forma afirmando que o mau também existia.Para mim,DEUS não exige obediência dos seus anjos como robôs mas mostra que existem outros caminhos para serem seguidos e escolhidos desde o início dos tempos. Isso tudo nos leva ao que os orientais já sabem desde 1000 anos A.C,que o universo precisa de um equilíbrio para existir.A física mesmo tem provado isso,que para toda matéria existe uma antimatéria. Desculpa por viajar demais hahaha,mas acho que todos aqui vieram para achar alguma resposta para as várias perguntas que existem em nossas mentes.

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