A Bíblia é Infalível?

A Infabilidade das Escrituras




 Vincent Cheung

A infalibilidade bíblica acompanha necessariamente a inspiração e a unidade da Escritura. A Bíblia não contém erro algum; ela está correta em tudo o que declara. Visto que Deus não mente nem erra, e que a Bíblia é a sua palavra, segue-se que tudo que nela está escrito tem que ser verdade. Jesus disse, “a Escritura não pode ser anulada” (João 10:35), e que “é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei” (Lucas 16:17).
A INFALIBILIDADE da Escritura se refere a uma incapacidade para errar — a Bíblia não podeerrar. INERRÂNCIA, por outro lado, enfatiza que a Bíblia não erra. A primeira faz alusão ao potencial, enquanto a última se dirige ao real estado de coisas. Estritamente falando,infalibilidade é a palavra mais forte, e ela acarreta necessariamente a inerrância, mas algumas vezes as duas são intercambiáveis no uso.
É possível alguém ser falível, mas produzir um texto que esteja livre de erro. Pessoas que são capazes de cometer enganos, apesar de tudo, não erram constantemente.

Contudo, há aqueles que rejeitam a doutrina da inerrância, mas ao mesmo tempo desejam afirmar a perfeição de Deus e a Bíblia como a sua palavra, e como resultado, mantém a impossível posição de que a Bíblia é deveras infalível, mas contendo erros.

Algumas vezes, o que eles querem dizer é que a Bíblia é infalível num sentido, talvez no que se relaciona às coisas espirituais, enquanto que contém erros em outro sentido, talvez no que toca aos acontecimentos históricos.

Contudo, as afirmações bíblicas sobre as coisas espirituais estão inseparavelmente unidas às declarações bíblicas sobre a história, de forma que é impossível afirmar uma enquanto se rejeita a outra. Por exemplo, ninguém pode separar o que a Escritura diz sobre a ressurreição como um evento histórico e o que ela diz sobre seu significado espiritual. Se a ressurreição não aconteceu como a Bíblia diz, o que ela diz sobre seu significado espiritual não pode ser verdade.

O desafio para aqueles que rejeitam a infalibilidade e a inerrância bíblica é que eles não têm nenhum princípio epistemológico autorizado pelo qual possam julgar uma parte da Escritura como sendo acurada e outra não. Visto que a Escritura é a única fonte objetiva de informação a partir da qual todo o sistema cristão é construído, alguém que considere qualquer porção ou aspecto da Escritura como falível ou contendo erros deve rejeitar todo o cristianismo. Novamente, esse é o porquê de não haver um princípio epistemológico mais alto para julgar uma parte da Escritura como sendo correta e outra errada.

Não se pode questionar ou rejeitar a autoridade última de um sistema de pensamento e ainda reivindicar lealdade a ele, visto que a autoridade última em qualquer sistema define o sistema inteiro. Uma vez que uma pessoa questiona ou rejeita a autoridade última de um sistema, ele não é mais um adepto dele, pelo contrário, é alguém que adere ao princípio ou autoridade pelo qual ele questiona ou rejeita a autoridade última do sistema, a qual acabou de deixar para trás. Ter uma outra autoridade última além da Escritura é rejeitá-la, visto que a própria Bíblia reivindica infalibilidade e supremacia.

Alguém que rejeita a infalibilidade e a inerrância bíblica assume a posição intelectual de um incrédulo, e deve prosseguir para defender e justificar sua cosmovisão pessoal contra os argumentos dos crentes a favor da veracidade da fé cristã.

A confusão permeia o estado psicológico prevalecente no meio teológico de hoje; logo, é melhor afirmar tanto a infalibilidade como a inerrância bíblica, e explicar o que queremos dizer com esses termos. Deus é infalível, e visto que a Bíblia é a sua palavra, ela não pode ter e não contém nenhum erro. Nós afirmamos que a Bíblia é infalível em todo sentido do termo, e, portanto, ela deve ser também inerrante em todo sentido do termo. A Bíblia não pode e não contém erros, seja falando de coisas espirituais, históricas ou de outros assuntos. Ela é correta em tudo o que afirma.

Fonte: Fé Reformada

6 comentários :

  1. Graça e paz!
    Concordo plenamente que a Bíblia é suficiente, o que não pode ser dito pelos que colocam as tradições papais em pé de igualdade com a Bíblia.
    Depois querem justificar-se, falando que os odiamos. Nós amomos, por isso falamos a verdade.

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  2. Mas eu ainda tenho algumas dúvidas em alguns casos específicos (que o texto, ainda que bastante coerente no que procura expor, acaba não citando). Existem passagens que não são apenas historicamente questionáveis, mas são contradições dentro da própria Bíblia. Um exemplo bem simples: em II Samuel 8:4 é dito que Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer, mas em I Crônicas 18:4 é dito que Davi tomou 7.000 cavaleiros. Esses detalhes nos convidam a consultar o aparato crítico dos manuscritos utilizados para o estabelecimento do texto que estamos lendo, mas eles não são poucos, há incongruências.

    Disso e de outros casos eu costumo entender que a Bíblia reflete inevitavelmente a linguagem do seu tempo, e que a cobrança por uma história científica sobre a sua linguagem é algo anacrônico, pois temos que saber ler essa linguagem. Mas não consigo dizer, com respeito a esses casos, que a Bíblia termina sendo 100% inerrante.

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  3. Com respeito ao texto do NT eu tenho pensado muito no Majoritário. Acho que esse é o texto que a igreja usou, sendo por Deus guiada em sua pereguinação rumo a Nossa mãe do céu ( >calma essa é uma terminologia bíblica que tenho assutado a muitos Gl 4.26 )...

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  4. CISÕES...
    Em todas as doutrinas religiosas existem desacordos, e nem mesmo a Bíblia está livre...

    CISÕES BÍBLICAS


    Quando Jesus recomendou: Examinem as Escrituras porque julgais nela ter a vida eterna, e elas testificam de mim... Jesus não foi intolerante como muitos leitores do evangelismo atual são, pois os mesmos afirmam: A Bíblia é a única palavra de Deus sem desacertos... Jesus recomendou sabiamente EXAMINAR, ou seja, ANALISAR... E nessa análise nem tudo que reza na parte do Velho Testamento da Bíblia aplica-se moralmente para o estado social do homem moderno, muitas coisas são ensinamentos JÁ ULTRAPASSADOS, exemplos:

    Quem trabalhar no sábado será morto (Êxodo 35. 2)
    Quando o homem morrer sem deixar descendência, seu irmão deve se casar com a viúva (Deuteronômio 25. 5)
    Os filhos desobedientes aos pais.... e viciosos... devem ser apedrejados até a morte (Deuteronômio 21. 18 a 21)
    Selecionar os melhores animais para os sacrificarem em oferenda à Divindade para obter mercê da culpa pessoal (Levítico 5. 1 a 10), (práticas religiosas do Velho Testamento semelhantes aos cultos africanos, aos espíritos dos antepassados)
    É proibido comer carne de porco.... (Levítico 11. 05 a 07)
    O homossexualismo será punido com a morte (Levítico 20. 13)
    Relacionar-se sexualmente com uma mulher menstruada, o casal será expulso da comunidade (Levítico 20. 18)
    Os adultérios serão punidos com a morte (Deuteronômio 20. 10)
    Quem Blasfemar o nome do Senhor será punido com a pena de morte (Levítico 24. 16)
    Se um animal habituar-se a atacar alguém o ferindo de morte, e seu dono é conhecedor deste fato e não o guardou, o animal será morto apedrejado e também o seu dono morrerá com ele (Êxodo 21. 28 a 29)
    O homem que desviar os recursos dos dízimos consagrados no Altar para obra assistencial será punido com a pena de morte (Levítico 27. 28 a 29)

    Falou o Senhor a Moisés: Armem-se alguns de vós para a guerra, e vinga os filhos de Israel dos midianitas, matem A TODOS: homens, mulheres e crianças... POREM guardem as meninas virgens para vós (Números 31. 1 a 18). EXEGESE FORÇADA É ENGOLIR QUE ESTE ENSINAMENTO FLUÍU DA MENTE PURA DE DEUS, O PAI DAS LUZES


    Intensivo de Difusão Espiritualidade
    http://vozqclamabr.blogspot.com/

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  5. ESCRITURAS SAGRADAS

    É obra moldada diretamente por Deus; ou, escrita por mãos humanas?

    Homens marcados pela provação, mas laboriosos na busca da virtude, e com objetivos inspirados pelo Espírito Santo escreveram pequenos livros na linguagem hebraica no tempo e espaço de 15 séculos (II Pedro 1. 20 a 21).

    Essas Escrituras descrevem revelações de ordens espirituais e por isso permanecem no curso dos milênios como sagradas, e sintetizam: livros históricos, poéticos e instrutivos. E o tema central do Novo Testamento é a encarnação do Cristo celeste, o verbo de Deus – mentor espiritual e dirigente cósmico de nosso sistema planetário (Mateus 28. 18).

    As Escrituras ficaram dispersas em pequenos rolos de papiros pela região do antigo oriente. E para organizar os concílios ecumênicos o pe. Jerônimo de Strídon recebeu do Papa Dâmaso a incumbência de traduzirem os seus ESCRITOS para o latim por volta do século IV depois de Cristo, trabalho esse que durou quatro décadas.

    Depois de reunida e complementada essa gigantesca obra literária restou a seguinte pergunta: QUE NOME SE DARIA A ESSE LIVRO? E que em virtude do papiro que fora utilizado, o de melhor qualidade, na época, era da região de BIBLOS (Fenícia) hoje Jubay, no Líbano... Daí nasceu a idéia luminosa: BÍBLIA

    “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em Justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo 3. 16 a 17)”

    Discernimento espiritual: analisa-se à luz da Justiça e perfeição de Deus que, a escritura que é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir e para instruir em justiça é que é divinamente inspirada, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra.

    Você sabia: que a maior personalidade descrita na Bíblia não escreveu nenhum livro? Deixou tudo gravado no tempo através de suas palavras e ações no bem... E que se serviu, na sua obra de salvação moral, de companheiros sujeitos aos erros humanos: um traiu o apostolado entregando o Divino Mestre diretamente aos seus perseguidores; e outro, na hora extrema de suas provas, jurou 3 vezes que não o conhecia.

    Cristo jamais bloqueia o intercambio com a consciência humana, e conforme a sua palavra perene: está presente conosco até a consumação dos séculos. Em cumprimento às promessas esclarecedoras o Espírito da Verdade é que interage ampliando os horizontes do conhecimento espiritual (João 16. 13). E todos aqueles que, nos novos tempos, desenvolvem a consciência universal divina, também se integram no concerto da revelação celeste...

    Versículos para reflexionar... (Mateus 28. 20) (Hebreus 13. 8) (João 14. 26 E 16. 12 a 13) (I João 4. 1)

    Bíblia sagrada, portal da revelação divina, que sintetiza verdades básicas da espiritualidade - que é mister ter olhos para ver e ouvidos para compreender... (Mateus 11. 15) (João 6. 63) (II Coríntios 3. 6)


    Intensivo de Difusão Espiritualidade – IDE
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  6. Na segunda linha lê-se: " Visto que Deus não mente nem erra, ".
    Se " Deus não mente nem erra ", então ele não pode tudo, logo ele não é todo-poderoso...

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