O Culto Anglicano é Missa?


Por Rev. Virgilio Torres, in Anglicanos Reformados

Hoje, é comum encontrarmos em sites de algumas igrejas anglicanas da linha “anglo-católica” (surgida apenas em meados do século XIX), a designação de MISSA para as atividades litúrgico-pastorais, nos momentos cúlticos destas comunidades.

Neste pequeno texto vamos analisar por que é impróprio o uso do termo MISSA para a designação do CULTO anglicano, sob os aspectos históricos, doutrinários e teológicos. Como professor de Liturgia Anglicana, não posso me calar diante da confusão que muitos causam no uso destas terminologias indevidas, principalmente pelo fato de que aqueles que procuram o Anglicanismo o façam de modo a pensar encontrar uma igreja “católica” no sentido impróprio, no sentido em que não somos.

Somos católicos, não restam dúvidas. Somos católicos, porque a única Igreja que existe na face da terra é a Igreja UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA, formada por todos aqueles e aquelas que foram salvos por Jesus Cristo e, por isso, são chamados cristãos. Católico significa Universal, de todos os povos em todos os tempos, para todos. O problema é a associação que se faz entre a designação católico e a confusão com o Romanismo, este sim, ligado ao Papa e ao seu séquito. Somos católicos porque a Igreja da Inglaterra, da qual descendemos os anglicanos, não é uma igreja nova, surgida da vontade de Henrique VIII ou dos seus sucessores protestantes, Eduardo VI e Elizabeth I. O que houve foi REFORMA, não refundação. Rompeu-se com a instituição romana, não com a Igreja Católica.

No entanto, o Arcebispo Thomas Cranmer, verdadeiro reformador da Inglaterra, quis dar à Igreja uma feição reformada legítima e abolir da prática cristã aquilo que era considerado abuso ou superstição. E qual a base que ele usou? Como todos os reformadores do século XVI, a base era a Bíblia Sagrada, única fonte e autoridade da fé e prática dos cristãos. Essa afirmação está presente em todas as confissões de fé protestantes e também nos 39 artigos de religião. Aliás, foi o distanciamento dos anglo-católicos e dos liberais dos 39 artigos e a simples adoção do breve “Quadrilátero de Lambeth” que gerou toda a confusão que temos hoje e que ora serve de base para a lavra deste artigo.

O que dizem os 39 artigos sobre esse assunto? Em primeiro lugar, analisemos o artigo XIX, que diz: “A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis, na qual é pregada a pura Palavra de Deus, e são devidamente administrados os Sacramentos conforme à Instituição de Cristo em todas as coisas que necessariamente se requerem neles. Assim como a Igreja de Jerusalém, de Alexandria, e de Antioquia erraram; assim também a Igreja de Roma errou, não só quanto às suas práticas, ritos e cerimônias, mas também em matéria de fé”(grifo nosso). Vejamos: a Igreja de Roma errou em matéria de fé e errou em matéria de Liturgia. Isso, peremptoriamente, reforça a idéia de que a Liturgia Anglicana NÃO é Missa. Por quê? Continuemos a nossa análise: “A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis, na qual é pregada a pura Palavra de Deus...”. O que vemos na Missa? Idolatria, culto aos santos e às imagens, orações pelos mortos, a doutrina da transubstanciação, tudo isso contrário à pura palavra de Deus. Além disso, continua o artigo: “...e são devidamente administrados os Sacramentos conforme à Instituição de Cristo em todas as coisas que necessariamente se requerem neles”. Ou seja, também a ministração dos sacramentos deve estar em conformidade com o que Cristo realizou. Não cremos no batismo infantil como regeneração batismal, nem na transubstanciação como resultado da consagração do pão e do vinho na Ceia do Senhor. Não, a Liturgia Anglicana NÃO é MISSA.

Continuando nos 39 artigos, leiamos o artigo XXV: “Os Sacramentos instituídos por Cristo não são unicamente designações ou indícios da profissão dos Cristãos, mas antes testemunhos certos e firmes, e sinais eficazes da graça, e da boa vontade de Deus para conosco pelos quais ele opera invisivelmente em nós, e não só vivifica, mas também fortalece e confirma a nossa fé nele. São dois os Sacramentos instituídos por Cristo nosso Senhor no Evangelho, isto é, o Batismo e a Ceia do Senhor. Os cinco vulgarmente chamados Sacramentos, isto é, Confirmação, Penitência, Ordens, Matrimônio, e Extrema Unção, não devem ser contados como Sacramento do Evangelho, tendo em parte emanado duma viciosa imitação dos Apóstolos, e sendo em parte estados de vida aprovados nas Escrituras; não tem, contudo, a mesma natureza de Sacramentos peculiar ao Batismo e à Ceia do Senhor, porque não tem sinal algum visível ou cerimônia instituída por Deus. Os Sacramentos não foram instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, ou serem levados em procissão, mas sim para devidamente os utilizarmos. E só nas pessoas que dignamente os recebem é que produzem um saudável efeito ou operação; mas os que indignamente os recebem adquirem para si mesmos a condenação, como diz São Paulo.Procissão do Santíssimo Sacramento? Essa prática é romanista, não anglicana. Porém, já vi pseudo-anglicanos, que gostam de usar uma palavra que tem sido erroneamente utilizada, “ethos”, fazendo procissão do Santíssimo Sacramento. Absurdo chamar essa prática de anglicana.

Vejamos mais um artigo, o XXVIII: “A Ceia do Senhor não só é um sinal de mútuo amor que os cristãos devem ter uns para com os outros; mas antes é um Sacramento da nossa Redenção pela morte de Cristo, de sorte que para os que devida e dignamente, e com fé o recebem, o Pão que partimos é uma participação do Corpo de Cristo; e de igual modo o Cálice de Bênção é uma participação do Sangue de Cristo. A Transubstanciação (ou mudança da substância do Pão e Vinho) na Ceia do Senhor, não se pode provar pela Escritura Sagrada; mas antes repugna às palavras terminantes da Escritura, subverte a natureza do Sacramento, e tem dado ocasião a muitas superstições. O Corpo de Cristo é dado, tomado, e comido na Ceia, somente dum modo celeste e espiritual. E o meio pelo qual o Corpo de Cristo é recebido e comido na Ceia é a Fé. O Sacramento da Ceia do Senhor não foi pela ordenança de Cristo reservado, nem levado em procissão, nem elevado, nem adorado”. Aqui seremos mais minuciosos.

A Ceia do Senhor é um sacramento: participamos da bênção do Corpo e Sangue de Cristo pela fé. Um sacramento, por definição, é um sinal, um símbolo, ele não é a realidade que simboliza. Os 39 artigos reforçam a ideia reformada do Memorial, ou seja, da lembrança da morte e ressurreição do Senhor até que Ele venha. Além disso, há aqui a condenação clara de atitudes romanistas na Liturgia. Não há aqui a permissão para a reserva eucarística, prática medieval que tinha por finalidade apenas levar a comunhão aos presos e doentes e que degenerou na adoração, elevação, procissão e adoração da mesma. Na mobília de uma igreja anglicana não há lugar para um “sacrário”.

O artigo XXXI continua com a condenação da Liturgia Romana: A oblação de Cristo uma só vez consumada é a perfeita redenção, propiciação, e satisfação por todos os pecados, tanto originais como atuais, do mundo inteiro; e não há nenhuma outra satisfação pelos pecados, senão esta unicamente. Portanto os sacrifícios das Missas, nos quais vulgarmente se dizia que o Sacerdote oferecia Cristo para a remissão da pena ou culpa, pelos vivos ou mortos, são fábulas blasfemas e enganos perigosos. Na Missa romana, acredita-se na renovação, na repetição do sacrifício do Calvário. Veja o que diz este texto, romanista, a respeito da MISSA:

1) O que é a Missa?A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.

 2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.

 3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia. (http://www.capela.org.br/Missa/manual.htm) .

Isso é MUITO diferente do que dizem os artigos de religião.

Pensemos um pouco: Por que o Arcebispo Cranmer foi queimado por heresia? O que o levou à condenação? Porque Latimer e Ridley, outros bispos e mártires, foram alvo da perseguição e condenação pela romanista Mary, a sanguinária, filha de Henrique VIII com Catarina de Aragão e que sucedeu Eduardo VI? Eles eram contrários aos princípios da Igreja Romana, e inclusive, de sua Liturgia. Isso digo como reformado e com estudioso de História, para quem contra fatos não há argumentos.

No Prefácio do primeiro Livro de Oração Comum (1549), Cranmer diz que a grande necessidade das pessoas não era ritual, era a Leitura diária da Palavra de Deus para a edificação dos fiéis. “A leitura e ensino da Palavra de Deus foi a característica mais evidente do Livro de Oração Comum de Cranmer e este sem duvida definiu a característica do Anglicanismo. No Prefácio do Livro de Oração, ele escreveu que era consciente da importância de voltar a costume dos ‘Pais antigos’ da Igreja, ‘que toda a Bíblia fosse lida uma vez a cada ano…’ que tanto o clero como o povo deve buscar a piedade e ‘dando frutos cada vez mais no conhecimento de Deus, e sendo cada vez mais inflamados com o amor da Religião verdadeira.’ Desde o princípio do Anglicanismo, a Igreja da Inglaterra colocou o maior ênfase possível no ensino e instrução.(...) Contudo, em todo o mundo, a maioria dos Anglicanos estão firmes mantendo a ênfase Protestante no ensino e pregação da Bíblia, nas doutrinas reformadas da fé como são expressadas nos Artigos, e a supremacia da Escritura pra ensinar e guiar em todas as matérias. Como Hooker, muitos Anglicanos, especialmente no Sul Global, consideram as Escrituras como a autoridade final em todas as matérias, e tradição e razão como instrumentos ao nosso serviço pra entender as Escrituras; não como donos que tem autoridade sobre as Escrituras ou parceiros que tem a mesma autoridade que as Escrituras. Historicamente e teologicamente, a característica que define o Anglicanismo é sua doutrina Protestante e Reformada, que reflete os ensinos da Bíblia”(Robin G. Jordan). IssoNÃO é Missa nem romanismo!

Em abril de 1552, o Parlamento aprovou a Segunda Lei da uniformidade do culto e determinou o uso de um novo LOC a partir do Dia de Todos os Santos. Comparado com o primeiro LOC, este foi mais protestante, eliminando os usos das expressões como Missa, Altar, Sacrifício e enfatizou a Igreja inglesa como Igreja Nacional. Também proibiu os costumes, gestos, paramentos e ornamentação no altar ligados à Igreja Romana. Isso tudo foi ratificado, confirmado, no LOC de 1662. Sendo assim, NÃO EXISTE MISSA ANGLICANA. Não realizamos sacrifício, por isso não temos Altar, mas a Mesa da Comunhão ou Mesa do Senhor. Por isso, os clérigos não são sacerdotes, mas Ministros, sendo sacerdotes apenas no contexto de que somo um povo de sacerdotes (Sacerdócio Universal de todos os Crentes).

Deve-se notar também que a Liturgia da Santa Comunhão não era uma prática dominical no Anglicanismo primitivo. Isso é herança tractariana. Se não, vejamos: por que o LOC de 1662, logo após a Ordem da Santa Comunhão, traz fórmulas para que o Ministro avise o povo sobre a celebração?  Se fosse uma prática cotidiana, rotineira, não haveria necessidade de aviso prévio, haveria?

Outro detalhe: alguns afirmam que utilizam o “Rito de Sarum” em suas celebrações, julgando assim celebrar segundo o “Uso Anglicano”. Em primeiro lugar, a Liturgia de Sarum é uma Liturgia pré-tridentina, portanto, anterior ao século XVI, sendo incorporado como um dos ritos latinos, variações do Rito Romano, tal qual os ritos bracarense e moçárabe, por exemplo. Era um rito usado na Diocese Salisbury e incorporado como Rito aprovado pela Igreja de Roma. O que se chama hoje de “Uso Anglicano” é uma alternativa criada pelo Papa João Paulo II para paróquiasanteriormente foram anglicanas e se ligaram à Igreja de Roma, em 1980. É uma variante do Rito Romano e assemelha-se, por isso, à Missa Tridentina. Existem poucas paróquias desse rito, sendo que todas elas estão nos Estados Unidos da América (EUA). É portanto, absurdo liturgico, histórico ou teológico chamar este rito de anglicano, pois não o é.

Sinceramente, creio que temos agora um momento especial na história do Anglicanismo. O Papa Bento XVI, através da constituição apostólica Anglicanus Coetibus abriu a oportunidade para anglicanos que tivessem o desejo de uma plena comunhão com a Sé Romana o pudessem fazê-lo. Mas ainda ali a maioria destes chamados “anglo-católicos” não se sentiria a vontade, pois o Papa é um conservador e os “anglo-católicos” são, em sua ampla maioria, liberais. Na verdade, temos uma contradição: como podem ser tradicionalistas (O Papa é um tradicionalista) e ao mesmo tempo liberais? É um parodoxo, mais um que vem nos desafiar.

Meus amados irmãos anglo-católicos: estamos na hora da decisão e Roma é um caminho alternativo, embora um caminho conservador. Quem sabe não é a hora de “sair do armário” e assumir seu romanismo? O mal que o anglo-catolicismo fez ao Anglicanismo, e no Brasil, especialmente, é irremdiável. A Igreja Anglicana era promissora, crescente e missionária...hoje minoritária, desconhecida e marcada por um sincretismo com o romanismo sem igual.

Portanto, não confundamos as coisas: a Liturgia Anglicana, conforme o Livro de Oração Comum NÃO é MISSA. Se desejamos descobrir as características definitivas do Anglicanismo em questões de sua doutrina e ensino, então precisamos voltar além do movimento de Oxford do século 19, aos inícios do Anglicanismo, aos escritos dos Reformadores do século 16. 

No seu livro, “Richard Hooker e a Autoridade da Escritura, tradição e Razão” (Paternoster, 1997), Nigel Atkinson demonstra que Richard Hooker (1554-1600), reconhecido pelos Anglicanos como um dos seus teólogos mais importantes, não acreditava que as doutrinas e ensinos da Igreja da Inglaterra era uma via meia entre os ensinos do Catolicismo Romano e os ensinos Reformados de Genebra. De feito, Atkinson demonstra que Hooker estava tanto o mais convencido das doutrinas da Reforma como seus oponentes Puritanos.(Robin G. Jordan).

Não, Não, Não existe Missa Anglicana!

- Divulgação: Olhar Reformado

22 comentários :

  1. Existem falsos anglicanos no Brasil que dizem celebrar o Rito de Sarum: são os Monges Cecilianos excomungados da Igreja Católica Romana por Dom Dadeus Arcebispo de Porto Alegre e o Bispo da Diocese do Japi. Ambos estão mentindo! O Rito de Sarum é extremamente complexo e muito mais elaborado que a Missa Tridentina, sendo por isso raramente celebrado mesmo na Inglaterra. Para celebrar o Rito de sarum são necessários no mínimo 1 sacerdote, 1 diácono, um subdiácono e um acólito, velas, 3 cruzes processionais,váios tuíbulos, 3 cantores especializados para acompanhar o cântico próprio da liturgia. Esse Rito é uma variante do Rito Romano e nada tem de Anglicano. Brassileiros celebrando o Rito de Sarum? Só se for prá Inglês ver!
    Quem desejar assistir a verdadeira Missa de Sarum deverá se contentar em fazê-lo através do youtube :

    http://www.youtube.com/watch?v=h4iOqek9Y4Q&feature=player_embedded


    Ou,se quiser vê-la pessoalmente deverá ter a sorte de visitar a Inglaterra em uma das raríssimas ocasiões na qual esta liturgia é celebrada.

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  2. O seu idiota!
    Tudo isso que vc falou no artigo acima que precisa para celebrar Rito de Sarum " Para celebrar o Rito de sarum são necessários no mínimo 1 sacerdote, 1 diácono, um subdiácono e um acólito, velas, 3 cruzes processionais,váios tuíbulos, 3 cantores especializados para acompanhar o cântico próprio da liturgia" eles tem lá na abadia. Eu assisti várias missas deles e pude comprovar isso. Como vc pode dizer que eles não celebram o verdadeiro Rito de Sarum? Vc já esteve lá para ver? Vc é um evangelical radical e preconceituoso, isso que vc é!
    Abaixo anexo um artigo que escrevi em meu blog: http://blog.uol.com.br

    Dom Marcos um guerreiro!







    Neste artigo quero enfatizar a bravura e a coragem de Dom Marcos de Santa Helena, Bispo e Arquiabade Anglicano. Durante toda a sua vida lutou para manter viva as tradições católicas que os progressistas furiosos tentavam destruir. Perseguido e Caluniado nunca desistiu da idéia de reconstruir a verdadeira igreja de todos os tempos. Ordenado padre em 1980 por Dom Sinésio Bonh na diocese de Novo Hamburgo teve que enfrentar o preconceito do clero simplesmente por se dizer conservador. Em 1996 teve que retirar-se para Caçapava do Sul, pois o bispo daquele então lhe pediu a paróquia dando credito as conversas caluniosas do clero progressista que não levaram em conta o lindo trabalho que Dom Marcos fez na Paróquia Santa Catarina de Alexandria de São leopoldo, puro ciúmes do clero!. E lá chegou com apenas 300 reais no bolso para recomeçar a vida e tendo que sustentar sua mãe e mais três vocacionados que já eram pretendentes a futura Ordem Monástica. Em 1998 em um sábado ensolarado e com a primeira capelinha lotada, fundou a famosa Ordem de Santa Cecília que muito influenciou a Igreja Católica Romana por dez anos. Corajoso enfrentou o bispo de Cachoeira naquele então que por motivo nenhum não queria a fundação da nova Ordem " eu entrei em um túnel que a medida que eu avanço ele se fecha atrás de mim" foram essas as palavras do fundador para o bispo rabugento! E com essa coragem e bravura que Dom Marcos provou que se pode existir uma Congregação conservadora em nossos tempos.Mas foram anos de muitas perseguições para os cecilianos, hostilizados pelo clero de cachoeira que via nos monges uma ameaça para o trabalho progressista deles. Em 2009 recebeu convite da Igreja Anglicana para aderir a ela. Os monges aceitaram, pois já estavam cansados de tantas perseguições e calunias por parte dos romanos. Netas igreja foi sagrado Bispo em uma cerimônia como manda a tradição Católica, uma cerimônia emocionante! Para a ocasião foi construído um belíssimo templo em estilo néo-gótico inglês, Igreja construída com muita dedicação e suor coisa que muito padre incompetente por aí não faz. Como músico ele também foi muito bem sucedido. Formado na Alemanha em música renascentista é conhecido no Brasil como o " Palestrina do Brasil" por seu estilo bem palestriniano. Foi também organista titular do Santuário de Fátima em portugal onde encantou a todos com seu toque brilhante que chamou a atenção dos principais organistas da europa. Hoje Dom Marcos é valorizado na Igreja Anglicana e muito respeitado influenciando até a cúpula Anglicana.

    Parabéns Dom Marcos pela Coragem, sei que o que está escrito neste artigo não é tudo, mas dá para ter uma idéia da pessoa de garra que o reverendíssimo é e sempre foi em sua caminhada de 60 anos de cristão.Pessoa caridosa sempre pronto a ajudar a todos com carinho e dedicação. Sempre irei torcer pelo sr. e seus monges!



    João Amaral da Silveira .*



    * Admirador dos Monges Cecilianos e da pessoa de Dom Marcos de Santa Helena.

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  3. O idiota patético Jõao Ninguém, só o velhaco sabichona não sabe que a rainha Elizabeth I acabou com tudo que era ranço católico na Igreja Anglicana e mandou para o espaço o Rito de Salisbury (Sarum)No século XVI, o rito morreu.
    Só a tiona anglicana brasileira da arquiarapuca mafuá ceciliano não foi avisada. Credo titia, tem que se atualizar.

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  4. A demencia senil tomou conta do arquiabade.
    Diz e assina a mensagem desaforada, demonstrando sempre um desequilibrado emocional.
    E no final quem assina é o João Amaral da Silveira, é o nome de guerra do João Marcos Porto Maciel.
    Que idiotice se esconder, a mentira tem pernas curtas.

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  5. +++ Mosteiro de Santa Cecilia +++
    Congregação Monástica de Santa Cecília. Somos Monges numa versão atualizada dos antigos Monges dos séculos IV e V . Formamos o assim chamado Neo-Monaquismo. O carisma da Contemplação em nós tomou vulto por meio da Sagrada Liturgia e da Música Sacra. Somos de clausura, cantamos as Horas Canônicas em Canto Gregoriano latino diariamente e estamos unidos a Santa Igreja Romana no seguimento de suas diretrizes a partir do Concilio Vaticano II. Usamos o hábito talar, no Mosteiro, na rua, em viagens. Nosso E-mail: monges@ordemdesantacecilia.org ou pelo telefone (014) 55 281-2213 ou ainda pela Caixa postal 73, Cep 96570-000 Caçapava do Sul -RS - Brasil.URL: http://ordemdesantacecilia.org Site em português


    Ass: João Amaral da Silveira.

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  6. Pena estas discuções que pouco ajudam vir para aqui, ofensas que não vão ajudar mto. Gostaria mto de entender a Igreja Anglicana que gosto mto mas cada vez fico mais perdido.E qdo vejo irmãos com raiva agressoes me pergunto isto é cristianismo, ou apenas religião vazia.

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  7. A Santa Igreja Anglo-Católica Tradicional Rito de Sarum, jurisdição autocéfala de Caçapava.
    e a Arquidiocese Santo Anselmo de Cantuária
    e o Arquiabade da Arquiabadia de Santa Cecilia
    Dom Marcos de Santa Helena osc

    Convidam para a posse como Arcebispo e receberá o Pálio de Arcebispo Primaz no dia 20 de Novembro de 2011, as 9:30 horas da manhã das mãos de Sua Eminência Dom Ydenir P. Machado, Arcebispo Metropolitano Luterano da Arquidiocese LUTERANA da América Latina (Igreja Luterana de São.Pedro e São.Paulo, que para esse fim virá a Caçapava.

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  8. Meus caros, desculpem interromper a vossa guerra fria. Sou Seminarista Católico ROMANO e posso assegurar-lhes, que de fato, chamar de Missa o que vocês celebram é uma PROFANAÇÃO. Sobretudo se for de uma "linha" pentecostal. Pode, vosso culto até ter matéria e forma e intenção. Mas..... Sem mais delongas.. para um bom entendedor, poucas palavras são suficientes.
    abraço a todos!

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  9. Tudo que já estudei sobre o Cristianismo,posso dizer que o Culto da Igreja Anglicana é correto,pois é semelhante a dos Cristãos do seculo II relatado por Justino:um Cristão do Seculo II.
    os Cristãos devem recorda de Jesus praticando a Ceia do Senhor todos os Domingos.pois assim faziam os Cristãos do seculo II e III.

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  10. ESCLARECIMENTO Arquidiocese de São Paulo ICAR

    dos bispos da província eclesiástica de São Paulo aos fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana A Igreja Católica Apostólica Romana, fiel e perseverante na transmissão da fé recebida dos Apóstolos, está unida ao Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, e aos bispos em comunhão com ele. Os fiéis católicos apostólicos romanos reúnem-se também em torno dos padres e diáconos, que estão em comunhão com os bispos e foram por eles legitimamente ordenados para os respectivos ministérios.
    Atualmente, várias Igrejas e Comunidades Cristãs, não unidas ao Papa e aos bispos em comunhão com ele, apresentam-se como “católicas”, “católicas apostólicas”, “católicas carismáticas”, “católicas renovadas”, “católicas apostólicas ortodoxas”, “católicas apostólicas
    brasileiras”. Diversas pessoas e iniciativas religiosas são apresentadas como “católicas”, "Anglo-Católica do Rito Tradicionalista" utilizando os mesmos sinais já tradicionais da nossa identidade católica apostólica romana (nomes, títulos, vestes clericais e litúrgicas, símbolos, textos litúrgicos...).
    Esta falta de clareza no âmbito das organizações religiosas ditas “católicas” é motivo de perplexidade, confusão e desorientação para os fiéis a nós confiados, podendo causar dano à sua fé. Cumprindo nossa grave responsabilidade de, em nome de Jesus Cristo, Bom Pastor, cuidar das ovelhas do seu rebanho, conduzindo-as pelos caminhos do Evangelho e defendendo-as contra todos os perigos e enganos, vimos esclarecer e chamar a atenção para o que segue:
    1. Somente representam legitimamente a Igreja Católica Apostólica Romana os bispos que estão em comunhão com o Papa e os sacerdotes e diáconos em comunhão com esses bispos católicos apostólicos romanos. Dioceses, eparquias, exarcados, paróquias e santuários da Igreja Católica Apostólica Romana são somente aquelas e aqueles que estão sob a responsabilidade de tais bispos, sacerdotes e diáconos;
    2. É direito dos fiéis católicos apostólicos romanos e de qualquer outra pessoa, obter informações certas sobre a identidade religiosa das pessoas que representam qualquer religião, igreja ou grupo religioso; o exercício da liberdade religiosa só é possível
    mediante essa clara identificação;
    3. Os fiéis católicos apostólicos romanos, que necessitarem de informações sobre a legitimidade dos seus representantes hierárquicos, podem obtê-las através dos padres e diáconos das paróquias católicas romanas conhecidas, ou através das cúrias das
    respectivas dioceses.
    4. Recomendamos aos nossos sacerdotes e diáconos que tenham sempre consigo o documento de identidade sacerdotal ou diaconal, assinado pelo bispo da própria diocese ou, no caso do clero religioso, pelo seu superior provincial;
    5. Esclarecemos aos fiéis católicos apostólicos romanos e a quem interessar possa, que nossa Igreja não realiza, a não ser em casos especiais, batizados, casamentos e crismas
    fora das igrejas e espaços normalmente destinados ao culto e às celebrações sagradas,
    como, por exemplo, chácaras, buffets e outros locais;
    6. Desaprovamos toda forma de simulação dos Sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, bem como a exploração comercial, como fonte de lucro, da 2 religião e da boa fé do povo; afirmamos que, ao nosso entender, isso é um grave desvio da natureza e da finalidade da religião e desrespeita profundamente a Deus e ao próximo;
    7. Estimulamos a todos os nossos fiéis a se manterem firmes na fé da Igreja, recebida dos Apóstolos e testemunhada pelos santos e mártires ao longo da história; estejam unidos aos seus legítimos bispos e sacerdotes, colaborando com eles na vida e na missão da Igreja; freqüentem as comunidades de fé e caminhem com elas, nas paróquias e outras organizações da Igreja, e busquem todos conhecer mais profundamente o rico patrimônio da fé e da vida cristã, que a Igreja Católica Apostólica Romana preserva e transmite com fidelidade, de geração em geração.
    Assinam os bispos das dioceses católicas apostólicas romanas da província eclesiástica de São Paulo.

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  11. Desculpem-me a ignorância mas onde se encaixa o Ordinariato Anglicanorum Coetibus?

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  12. "ARCEBISPO PRIMAZ" e "sucessão verdadeira" são como tiririca nessas Igrejas "católicas", tudo é tão verdadeiro como "uiskey" do Paraguay uai.

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  13. Só para as igrejas com o minimo de seriedade.

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  14. Eu gostaria de frequentar uma igreja anglicana, mas uma que não tivesse cara de romanismo. Pelo que estou vendo o contemporanismo está a ponto de destruir toda a ascepcia protestante promovida por Elizabeth I.

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  15. Por que não procura a Igreja Anglicana Reformada.
    Seu Bispo Josep Rossello.
    Pessoa preparada, preocupada com a difusão do evangelho, e temas atuais. Se optar por essa igreja vai fazer uma das melhores escolha.
    Isso vai depender de onde vc. reside.
    De todas as anglicanas é a mais séria e estruturada, não é do clericalismo acerbado, não estão preocupados com arcebispo primaz, brasão, ritos antigos, paramentos, mitras, báculos,sucessão vália e tantas outras besteiras inúteis que abundam nessas novatas "igrejas anglicanas", cópia barata e mal feita da ICAR.
    seu site: http://igrejaanglicana.com.br/home/
    Blogs interessantes:

    http://www.orkut.com/CommMsgs?tid=5525215069693948088&cmm=13168007&hl=pt-BR

    http://cafecomobispo.blogspot.com/2011/09/nao-deixe-que-te-enganem.html

    http://www.ustream.tv/recorded/15937459

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  16. Depois de tanta vela queimada com o mal defunto aqui neste blog, efetivamente, virou um defunto mesmo. A novíssima igreja do Rev. João foi pro brejo.
    Após galgar os pináculos do poder eclesial, sai do cenário como o Titanic, tudo foi a pique.
    Priorado, Abadia, arquiabadia, bispado, arcebispado, arquidiocese de Santo Anselmo, Palio, arcebispo primaz?
    Tanta coisa para dar em nada.
    E agora João, o que fazer da vida, quem sabe pai de santo?
    Fim trágico e melancólico.

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  17. Poderia informar o que aconteceu com a Arquibadia Anglicana do Sr. João Marcos Porto Maciel? Sucumbiu?

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  18. Poderia informar o que aconteceu com a Arquibadia Anglicana do Sr. João Marcos Porto Maciel? Sucumbiu?

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  19. A Arquiabadia aquiepiscopal era natimorto, tudo era virtual.

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  20. Não, discordo. Tinha muita coisa ruim lá que era real. O que gostaria de saber é se as pessoas entenderam que não podem deixar seus filhos e suas crianças frequentarem o tal local....

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  21. Eu queria escutar a missa transmitida pela rádio rezada na arquiabadia anglicana de santa cecilia, eu não estou conseguindo.
    Alguém poderia informar como devo proceder?

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  22. Vá até lá e assista a santa missa, assim vc. visita a belíssima catedral e pode escutar o esplendido órgão de tubos instalado, e não deixe de visitar também a majestosa arquiabadia, e conhecer pessoalmente o Sr. Arcebispo primaz e arquiabade, pura simpatia, com seus outros dois monges, que por sinal nada menos simpáticos.
    Terá momentos inesquecíveis, com tão radiosas criaturas.

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