75 PERGUNTAS BÍBLICAS que seus professores rezam para você jamais fazer. (Indicação de Livro).

Por Marcelo Lemos



Gary North é um dos meus autores reformados preferidos, e devo a ele grande parte de minhas convicções econômicas e políticas. Ele é um teonomista. Na verdade, devo a ele minha descoberta pessoal de como refletir sobre convicções que eu já mantinha nestas áreas, já que, num mundo fortemente influenciado pelo esquerdismo, soa como anticristão defender valores tidos como “retrógrados” ou “reacionários”. Ainda mais importante, North me deu o devido equilibro entre o liberalismo econômico e o conservadorismo moral; ele me fez ver que o liberalismo, por si só, como pregado, por exemplo, por Ayn Rand, é parte do problema moral do Ocidente, não da solução.

Não me interpretem mal, gosto muito do liberalismo econômico de Rand, e sua obra “A Revolta de Atlas” é das minhas preferidas no campo da política; entretanto, seu liberalismo moral ateu é desprezível, filosoficamente falido e uma blasfêmia contra Deus. Neste sentido, ao tentar proteger o Ocidente do estadismo comunista, ela ajuda a destruí-lo, despojando o Ocidente de sua base fundamental: o Deus cristão. Critica igual devo fazer a outros autores liberais, como Karl Poper, que em seu fantástico “A Sociedade Aberta e Seus Inimigos”, apega-se ao absoluto de não haver absoluto!

No entanto, a obra de North que quero indicar hoje, apesar de abordar temas relacionados a Teonomia (especialmente na Parte II), não é um tratado sobre política, mas uma série de perguntas complicadas que os cristãos costumam fazer. A obra é muito interessante, a começar pelo título “75 BIBLE QUESTIONS”, acompanhado do provocativo subtítulo: “Your Instrutors Pray You Won't Ask”. Em português teríamos, numa tradução livre, algo como “75 Questões Bíblicas que seus instrutores oram para você não fazer”. Muitas questoes abordadas no livro ja foram traduzidas pelo irmao Felipe Sabido, do excelente site Mogernismo. Confira a lista no final deste artigo.

Para aquele professor que precisa lidar com objeções sobre a Teologia Reformada, ou para aquele aluno que busca compreender melhor tais questões, eis o livro indicado! A leitura do livro é muito agradável, e fica sempre aquela impressão de que o autor vai na “alma” das questões abordadas, convocando o leitor a optar entre Deus e o homem (humanismo). Por exemplo, a primeira parte de do livro recebe o título: “Soberania: Divina ou Humana”; a segunda parte, com questões sobre a Lei de Deus, o título é “Lei: Divina ou Humana”. Honestamente, não posso imaginar um jeito mais Reformado (e bíblico) de se colocar tais questões. Na terceira parte do livro, o tema e o Pos-Milenismo.

Alunos e professores devem se esforçar para ler a obra, que até onde sei, ainda não tem tradução completa para o português. Os professores encontrarao no livro subsídio para lidar com objeções de alunos, e os alunos, com as dos professores. Aliás, fazendo jus ao título da obra, o aluno pode criar, com base nos argumentos do livro, um ataque 'subversivo' contra as aulas daquele professor de EBD, ou de Seminário, que é sinergista (ou arminiano), ou antinomiano. Bem, é só uma sugestão, risos.

Na contra capa do livro, pode se ler:

Você foi engando!

A menos que você seja “um em dez mil”, você, como a maioria dos cristãos, foi engando. Talvez não tenha sido coisa deliberada por parte de seus professores bíblicos, mas é a verdade. Nas salas de aula das faculdades cristãs, nos púlpitos e nas escolas dominicais de todo o mundo, as pessoas estão sendo mal informadas sobre o Cristianismo, ano após ano. Estou falando de humanismo. Aqueles que pensam estarem ouvindo “a religião dos bons e velhos tempos”, estão, na verdade, sendo doutrinadas por bem-intencionados (em alguns casos não tão bem-intencionados) professores humanistas, que estão definitivamente comprometidos por algumas das mais importantes doutrinas do humanismo.
O problema é que poucas pessoas estão dispostas a por sua fé a prova. Eles realmente não querem pensar na possibilidade de terem sido enganados. Eles não querem se sentar para examinar suas crenças a luz do que a Bíblia tem a dizer. Cristãos fingem que sabem o que a Bíblia diz, mas se recusam a se questionarem sobre o real ensino bíblico sobre determinadas questões chaves (ou quaisquer outras). Quais seriam estas questões chave?



Vou ilustrar a intenção do autor comentando a primeira pergunta abordada na Parte II da obra, que trata da Lei: “é imoral que as pessoas façam sexo com animais?”. A resposta dos cristãos para esta pergunta é um sonoro “sim”. No entanto, a resposta certa esconde (ou revela, dependendo do caso) uma grande mentira que é ensinada em nossos Púlpitos e escolas. North argumenta: “Há muitos cristãos que afirmam que as leis do Antigo Testamento nãos se aplicam aos cristãos, a menos que o Novo Testamento reafirme alguma lei particular do Antigo Testamento. Entretanto, o Novo Testamento não menciosa a probição do Antigo Testamento (contra a bestialidade)! Devemos, então, concluir que esta questão moral é “questão aberta”?”.

O argumento é perfeito. Se a Lei Moral só vale para os cristãos naquilo que o Novo Testamento reafirma, então, não há qualquer base bíblica para se questionar a bestialidade! Porém, o ensino popular de nossos dias é justamente o que diz da Lei ter sido abolida por Cristo. Certamente sabemos que algumas exigencias da Lei não são mais aplicáveis hoje. Como pode haver mudança em alguma exigencia, sem que com isso tornemos a Lei inválida? North nos fornece a ferramente exegética adequada: “Por outro lado, se aceitamos o princípio hermeneutico de que todas as Leis do Antigo Testamento ainda são completamente obrigatórios aos cristãos, a menos que uma passagem do Novo Testamento nos libere de alguma, então, podemos afirmar com toda certeza que tal ato (bestialismo) é uma abominação”.

Em outras palavras, quando se afirma que um preceito moral do Antigo Testamento só tem valor hoje se foi repetido no Novo Testamento, a conclusão é que fazer sexo com animais deixou de ser pecado; mas, se afirmamos que todos os preceitos da Lei de Deus permanecem válidos, exceto quando o Novo Testamento nos desobriga de algum, e sendo que o Novo Testamento jamais revogou a lei referente ao bestialismo, o mesmo permanece pecado. Ou seja, o Bestialismo só continua sendo pecado, se a Lei não foi abolida por Cristo.

Bem, esta é apenas uma das 75 questões bíblicas analisadas por Gary North... Há outras igualmente interessantes e provocativas. Como podemos amar a Deus e ignorar a sua Lei? Nossa profissão de fé é suficiente, ou nossos atos também contam? Faraó poderia ter se arrependido? A predestinação absoluta torna Deus injusto? Se nós podemos cair da Graça, implica que a intercessão de Cristo é ineficaz? E, para cada questão, ele analisa também as tentativas de respostas anti-biblicas que se apresentam. São verdadeiras aulas de teologia e polemica reformada.

Quem tiver animo para conferir a obra completa em ingles, pode baixa-la clicando AQUI. Basta clicar sobre o link com o botão direito do mouse, e depois clicar em “Salvar como...”. O livro está no formato pdf.




Aqueles que tem dificuldades com o inglês não precisam ficar sem ler pelo menos algumas pérolas do livro; existem traduções excelentes de certas partes do livro, publicadas pelo portal Monergismo. Não substitui a leitura da obra inteira, mas é de grande proveito. Se há uma tradução da obra completa para o nosso idioma, desconheço. Segue-se lista de trechos traduzidos. Novamente, clique com o botão direito do mouse, e depois em “Salvar como...”. Arquivos em pdf.
























Se os irmãos conhecerem outras partes do livro que já foram traduzidas, agradecemos futuras citações.

5 comentários :

  1. Oi Marcelo Graça e Paz

    Eu sou o Vicente Natividade tb tenho um blog chamado adonainews.com.br por acaso vc congregou com o Pr. Jailton no jd. das orquídeas em SBC?

    Se sim talvez vc se lembre de mim.

    Sds

    Vicente Natividade

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  2. Exato, congreguei com o Pr. Jaiton muito tempo. Bom ter voce por aqui; vou incluir seu blog na nossa lista de blogs.

    Disponha sempre;

    Pas e bem

    +Rev. Marcelo Lemos

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  3. Meu Deus!;que confusão!

    Os crentes do nosso tempo gastam muito tempo com bobagens sem fim!!!Ao evangelizarmos nas ruas um drogado,uma prostituta,um mendigo,uma criança,alguém de uma seita,o que lhes interessa saber o que é monergismo,calvinismo,sinergismo e tantas teologias esdrúxulas(pergunta)

    Temos é que meter Bíblia no povo.ESSES DEBATES ACADEMICISTAS SÓ TRAZEM CONFUSÃO.


    Prefiro ficar com a velha porém atualíssima assertiva de Josué Yrion:

    "As igrejas não precisam de teólogos para confundir o povo,as igrejas precisam de homens que preguem a Palavra de Deus!"

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  4. Respeito a sua opiniao, e publiquei. Agora, se vc despreza o conhecimento das Escrituras, entao, nao se apresente como "Defendendo a Fe que uma vez foi dada aos santos", pois isso implica em conhecer a fe, a menos que se queira defender a ignorancia.

    Sem segundo lugar, lamento que o herege e falso profeta Yrion, que ate a AD ja jogou fora, seu seu mentor intelectual

    Obrigado por sua visita;

    Paz e bem

    + Rev. Marcelo Lemos

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  5. Marcelo,voce deveria deixar a sua "intelectualidade"de lado e pregar o genuino evangelho. Aquele que salva e restaura o mais vil pecador. Enquanto vidas estao se perdendo voce fica ai falando um monte de abobrinhas e chamando o Pr.yrion de herege. Sera´ que isto nao e´ inveja do curriculo dele? Va´ se converter Marcelo.

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