[Segunda Parte] Confrontando a Teologia Gay


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Marcelo Lemos

Parte Dois

Temos a intenção de analisar os “fundamentos da teologia gay”, conforme anunciamos no primeiro artigo desta série. E nosso alvo hoje é um argumento muito comum, e popular até mesmo entre os cristãos que condenam o ato homossexual. Refiro-me a tese de que a Lei de Deus teria sido abolida por Cristo. É comum em debates sobre o assunto, e acontece de um cristão citar, por exemplo, “com varão não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é” (Levítico 18.22), que se ouça a clássica objeção: “Isso é Levítico. Isso faz parte da Antiga Aliança. Hoje nos estamos na Era da Graça, e a Lei foi abolida por Cristo”

As Leis de Levítico foram abolidas?

É interessante como boa parte dos cristãos de nosso tempo consegue ser contraditória, e negar a própria fé sem se dar conta. Uma incapacidade de discernimento assustadora, que parece refletir o descaso de décadas para com o estudo sistemático e expositivo das Escrituras, além dos estudos teológicos mais elevados. Adotamos o pragmatismo e, consequentemente, sua inevitável superficialidade. A Bíblia tem autoridade sobre a Igreja, ou apenas uma parte da Bíblia tem autoridade? Não deixa de ser interessante que a resposta a esta pergunta seja encontrada no Novo Testamento.   

“Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (II Timóteo 3. 16-17).

Observe que Paulo está se referindo primeiramente as Escrituras Hebraicas, ou seja, o Antigo Testamento. Sabemos disso, pois até então o Novo Testamento ainda estava sendo redigido, e Paulo diz que Timóteo já conhecia as Escrituras inspiradas desde a muito, “deste a infância sabes as sagradas letras” (v.15). Assim, todo o Antigo Testamento é não apenas inspirado, como autoritativo para o cristão, “proveitosa para ensinar, repreender, corrigir, instruir em justiça, para que o homem Deus seja perfeito”.

Mas, se isso é assim, o que exclui Levítico, e outras porções da Lei de Deus, da categoria de autoridade sobre a Igreja de Cristo? A alegada explicação é que tendo Cristo abolido a Lei, o que é Lei deixou de valer sob a Nova Aliança. Essa mentalidade explica o motivo de muitos cristãos passarem anos e décadas sentados num banco de Igreja sem jamais ouvirem um único sermão baseado em Levítico, ou que passados décadas de vida cristã, jamais se tenham debruçado para aprender a vontade de Deus ali – no máximo Levítico é tido como uma peça de Museu, ou um animal exótico sobre o qual nos detemos para satisfazer alguma curiosidade. De certa forma, um interesse que não difere muito do interesse de um estudioso secular debruçado sobre o Livro dos Mortos, dos egípcios. Mera curiosidade intelectual.

Ainda que você não defenda a “teologia gay”, blasfema contra a Lei de Deus se está enquadrado no que descrevemos acima. E temos blasfemado contra a Lei de Deus na teoria e na prática. Na teoria quando apontamos a Lei de Deus como algo inferior, ultrapassado, antiquado e abolido. Na prática quando nos permitimos guiar por preceitos éticos não bíblicos. A adesão a ideia de uma Estado “laico” é um exemplo. Essa negligencia cotidiana da Lei de Deus, claro, nasce de uma teoria errada. 

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“Mas não é certo que Cristo aboliu a Lei de Deus?” – alguém pode estar se perguntando. Não, isso não é verdade. Se você pretende encontrar um padrão moral mais leve que a Ética da Lei de Deus, fique certo que o Cristianismo não é o que você procura. Ao contrário do que muitos possam pensar o objetivo do Evangelho nunca foi afrouxar as exigências morais que Deus fez aos homens. Tal suposição é negada pelo próprio Novo Testamento, em vários lugares.

“Anulamos, pois, a Lei pela fé? De modo nenhum! Antes, estabelecemos a Lei!” (Romanos 3.31).

“Não penseis que vim destruir a Lei e os Profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Lei um só ‘i’ ou um só ‘til’, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos Céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus” (S. Mateus 5.17-20).

Esta ultima porção das Escrituras é especialmente alvo de interpretações equivocadas. Muitos interpretam esta passagem como que invalidasse a Lei de Deus revelada no Antigo Testamento.

Jesus veio cumprir os mandamentos (Leis, preceitos, ordenanças, estatutos, decretos, conselhos) do Pai ao quais nunca, nenhum homem, foi capaz de guardar. Uma vez tendo cumprido estes mandamentos Jesus foi feito Senhor e Cristo, glória eterna lhe foi dada e foi entronizado tendo-lhe sido concedida pelo Pai a prerrogativa de governar os seus não segundo os mandamentos já cumpridos, mas segundo novo(s) mandamento(s)... “ –“A Lei de Cristo”; Dalton Gerth, professor Universidade Anhanguera, publicado no site do CACP.

Vejam bem, Jesus afirma que não veio para abolir a lei, mas cumpri-la, e novamente diz que: não irá cair nem um só "i" ou "til" da Torah >>> ATÉ QUE TUDO SEJA CUMPRIDO” - “A Lei e o Sábado”; Autor desconhecido, publicado no site do CACP.

“Mas Deus enviou Seu Filho Jesus, perfeito e nascido sem a mácula do pecado, para que a lei finalmente pudesse ser cumprida com perfeição. Resumindo: Jesus veio para cumprir a lei e não para colocar sobre nós o pesado fardo de cumpri-la, como muitos interpretam. Jesus disse: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.30)” - “Jesus Cristo versus a Lei”; Autor desconhecido, publicado no site do CACP.

Observem que há uma linha comum no pensamento dos autores acima citados, e que é aceito e reproduzido todos os dias a nossa volta. Eles dizem que Cristo não veio destruir a Lei, mais isso só até que ela fosse cumprida por Ele na Cruz. Em outras palavras, a interpretação de muitos é que uma vez ter sido “cumprida” na Cruz, a Lei de Deus deixou de ter valor para o viver cristão.  Mas se “cumprir” significa o que estão dizendo, todo o resto de S. Mateus 5 teve aplicação apenas até a Cruz. Se é assim, o Cristianismo não tem nenhuma Lei moral para seguir.

Observe que depois de argumentar que a justiça dos seus discípulos deveria “exceder a dos escribas e fariseus” – ou seja, deviam ser mais fiéis que estes na obediência aos Mandamentos -, Jesus passa a expandir a aplicação dos preceitos morais (Mandamentos) já conhecidos. Então Ele diz que matar e odiar são igualmente pecaminosos, e adulterar e cobiçar também. Ou seja, os cristãos precisar “exceder a justiça dos escribas e fariseus”. Todavia, se “até que tudo seja cumprido” quer significar a abolição da Lei de Deus no Calvário, os versículos subsequentes jamais deveriam ser aplicados à Igreja. E se “abolida” implica em perder validade na Cruz, neste caso, odiar o próximo ou cobiçar sua mulher deixou de ser pecado na Cruz (!), e o Cristão não tem mais qualquer preceito moral para reger sua conduta – pois tanto o Antigo Testamento quanto o Sermão da Montanha foram abolidos no Calvário.

 “No Antigo Testamento, a aliança de Deus com o povo de Israel dependia do cumprimento da lei mosaica, que compõem os cinco primeiros livros da Bíblia chamado Pentateuco , e que posteriormente foi compilado pelo filósofo judeu Maimônides em seiscentos e treze mandamentos. Hoje, como cristãos, vivemos na Nova Aliança ou tempo da graça e não estamos sujeitos a estas proibições da lei de Moisés...”. Se isso é assim, não estamos mais obrigados ao padrão Moral da Lei, incluindo a condenação da prática homossexual. O argumento pode ser facilmente encontrado naqueles com postura pró-homossexual, como é o caso da Igreja Cristã Contemporânea, de onde a citação foi extraída.

Observe, contudo, que o pressuposto que dá “fundamento” a causa pró-homossexual nasceu no seio da Igreja cristã evangélica, que afirma justamente a mesma coisa. Ainda que a maioria esmagadora dos evangélicos não sejam pró-homossexualismo, essa mesma maioria irá dizer que “vivemos na Nova Alicança, ou tempo da Graça, e não estamos sujeitos a estas proibições da Lei de Moisés”.  O Senhor Jesus, já cumpriu a Lei (Mt. 5:17). O Concílio de Jerusalém determinou que os cristãos nada tem com a Lei: At. 15:10-11; 20,29” (no site Palavra da Verdade, do pastor Airton Evangelista da Costa, Assembléia de Deus).

Agora, não importa até quais consequências lógicas se pretenda levar o argumento, o pressuposto de que Cristo aboliu a Lei de Deus, desobrigando-nos dela, é completamente falso. Os teólogos pró-homossexualismo e aqueles que pensam como o Pr. Airton, estão igualmente equivocados, ainda que não cheguem ao mesmo lugar em suas conclusões.

Não me interpretem erroneamente. Não há no Cristianismo lugar para o legalismo religioso, ideia de que a salvação seja adquira por esforços pessoais – ou seja, que a obediência a leis e preceitos possa salvar o homem. O homem jamais foi salvo pela Lei, mas desde o Antigo Testamento o homem é salvo pela fé em Jesus, o Messias: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se” (S. João 8.56). Não estamos falando de buscar a salvação por meio da Lei de Deus. Estamos dizendo, em consonância as Escrituras, que a Lei de Deus é o padrão moral que obriga todo homem.

Se não fosse assim, Paulo, grande defensor da Graça de Deus, não teria apelado a Lei de Deus em sua própria defesa diante do Sinédrio. Na ocasião, Paulo reage com certa rudeza contra Ananias, o Sumo Sacerdote, o qual havia ordenado que alguém lhe esmurrasse a face: “Deus te ferirá a ti, parede branqueada; tu que estás ai sentado para julgar-me segundo a Lei, e contra a Lei mandas que eu seja ferido?” (Atos 23.1-3). Paulo argumenta em favor da Lei, dizendo a Ananias que o mesmo não podia lhe agredir, pois isso era contrário a Lei! E isso não é tudo, como Paulo fala rudemente, chamando Ananias de “parede branqueada”, alguém lhe diz: “Injurias o Sumo Sacerdote de Deus?” (v.4). Ora, se a Lei de Deus foi abolida que deveria Paulo responder? Mas veja sua reação: “Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote – porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo” (v.5). Paulo se desculpa, afirmando que não sabia que Ananias era Sumo Sacerdote. Ele acabara de violar um preceito da Lei, e se arrepende publicamente do seu pecado.

E Paulo jamais abandona a ideia de que a Lei de Deus é padrão moral para a Igreja. Em I Coríntios 9, na seção onde argumenta a favor do sustento devido aos ministros da Igreja, ele novamente apela a autoridade da Lei. “Quem jamais vai à guerra a sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a Lei também o mesmo? Pois na Lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura Deus está cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto” (vv. 7-10).

E podemos seguir citando outros exemplos: “As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas que estejam submissas como também ordena a Lei” (I Coríntios 14.34). “É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda palavra” (II Coríntios 13.1; compare com Nm. 35.30; Dt. 17.6; I Rs. 21.10; Mt. 18.16 e Jo. 8.17,18). Atitude igual para com a Lei tem Tiago, irmão do Senhor: “Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso, condenados pela Lei como transgressores. Pois qualquer que guardar toda a Lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Porque o mesmo que disse: ‘Não adulterarás!’, também disse: ‘Não matarás!’. Ora, se não cometes adultério, mas é homicida, te hás tornado transgressor da Lei” (Tiago 2.9-11).
Citaremos novamente algo publicado no site do Pastor Airton Evangelista da Costa. Agora iremos nos deparar com uma objeção que também é comum, e muitas vezes convence a tantos devido a falta de entendimento dos termos envolvidos. Observar a Lei é um Desvio Doutrinário: O Apóstolo Paulo chamou a Lei de Ministério da morte gravado em Pedras (2 Co. 3:7 ), ministério da condenação (2 Co. 3:9) e transitório (2 Co 3:13) o Antigo Testamento já foi abolido por Cristo (2 Co. 3:14)”.

Realmente, em I Coríntios 3.7 Paulo fala de “ministério da Morte” e mais adiante, “ministério da condenação” (v.9), “transitório” (v.13)  e “abolido” por Cristo (v.14). Contudo Paulo não pode estar falando que a Lei de Deus, o padrão moral divino, foi abolida por Cristo, já que ele mesmo, como vimos, faz uso dela e a estabelece como norma ética para a Igreja. Tanto não pode estar falando disso como, de fato, não o faz. O que Paulo contrasta aqui é “Antigo Pacto” e “Novo Pacto”. De fato, estamos sob um Novo Pacto, o que não significa que deixamos de ser julgados pelo padrão moral de Deus, a Sua Lei.

Qual a diferença? Na Antiga Aliança, especialmente em Levítico, Deus proveu alguns meios temporários para realizar a Expiação pelos pecados; a saber, o derramamento de sangue de animais e aves. Era uma Expiação imperfeita, por temporária, e a cada pecado um novo sacrifício era exigido, e mesmo não se lembrando de pecado consciente, mesmo assim se devia sacrificar, como que por garantia. Na Nova Aliança isso não é mais exigido. Contudo, a não exigência não implica que a exigência de Deus tenha mudado. O meio de alcançar a Expiação mudou, mas não a exigência. Afirmar o contrário seria contradizer o fundamento do próprio Evangelho: “E quase todas as coisas, segundo a Lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9.22). Isso é tão válido na Nova Aliança quando antes. A diferença é que Cristo cumpriu tal exigência pelo seu povo em sua Morte Expiatória. É falso dizer que hoje Deus não exige mais derramamento de Sangue – o fato é que, em favor do seu povo, Ele se satisfez com o sangue derramado por Seu Filho: “Mas Cristo, tendo vindo como Sumo Sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no Santo Lugar, havendo obtido uma eterna redenção... Pois Cristo não entrou num Santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus” (Hebreus 9.11,12, 24).

Por isso os atos cerimoniais da Antiga Aliança se tornaram obsoletos e desnecessários. Não mais derramamos nosso sangue na circuncisão para selar nossa entrada na Nação Eleita; agora selamos nosso Pacto por meio do Batismo. Não mais derramamos sangue de aves e animais para celebrar nossa Salvação, como na Pascoa do Antigo Pacto; agora, sendo Cristo mesmo a nossa Páscoa (I Coríntios 5.7), nos alimentamos do Vinho e do Pão, na Mesa do Senhor, sinal verdadeiro de seu Corpo e Sangue. No que isso afeta a validade da Lei de Deus e seus preceitos morais? Em nada, absolutamente!

Ah, posso escutar você objetar? “Ei, se estamos obrigados a Lei de Deus, você está ensinando uma salvação por obras!”. Essa objeção, pois mais comum que possa ser nos dias de hoje, não faz o menor sentido, haja vista que nunca existiu salvação por obras. Ora, quem levanta tal objeção deve admitir que pelo menos na Antiga Aliança os homens estavam obrigados a Lei de Deus. Será que defendem a ideia de que os antigos foram salvos por obras, e não por Cristo? Mas, se nunca ouve salvação por obras, então não procede que estar obrigado a Lei de Deus implique em rejeitar a Graça como meio de alcançar a justificação.

Somos justificados exatamente por não sermos capazes de cumprir de modo absoluto as exigências Morais de Deus, e não porque Cristo destruiu tais exigências. Neste caso não teríamos sido “justificados” e sim “desobrigados”. Ser declarado justo não tem haver com a Lei de Deus perder seu valor, mas que a Graça nos livre da culpa de sermos incapazes de ser perfeito como o Pai é perfeito. Haverá alguém capaz de cumprir este mandamento de Jesus? “Se vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso pai, que está nos céus!” (S. Mateus 5.48). Como não podemos cumprir a exigência de Deus, nosso único meio para a salvação é Cristo, e sua Graça.  

Observe-se, portanto, como temos sido negligentes para com Cristo, e contrários ao próprio Espírito do Evangelho. Olhe a Igreja a sua volta. Adotamos valores morais e éticos oriundos de diversas fontes, enquanto seguimos negligenciando aquilo que foi dado pelo próprio Deus. Temos alto apreço por documentos como Declaração Universal dos Direitos Humanos, ou pela Carta da Terra, todos redigidos por homens pecadores, e não poucas vezes Inimigos da Cruz, mas seguimos deixando Levítico, e quase tudo mais na Lei de Deus, em nosso Mural de Antiguidades!

O que aqueles que rejeitam a Lei de Deus deveriam fazer é dar as mãos a “Teologia Gay”, e assumi-la como filha legitima de sua própria blasfêmia. Deveriam assumir a consequência de ensinarem ter sido a Lei de Deus banida da nossa bússola moral. Deviam ir além, e rejeitar a inspiração do Novo Testamento, já que Cristo e os apóstolos frequentemente valem-se da Lei para ensinar a Igreja do Novo Testamento.

As Leis de Levítico foram abolidas? Não, meu amigo teólogo “gay”. Não, meu amigo teólogo “evangélico modernista”.  “Se Deus é um só” – responde Paulo, “que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão, anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a Lei” (Romanos 3.30,32).
Próximo artigo da série:
É a Bíblia silente quanto a homoafetividade?

4 comentários :

  1. Marcelo, não acho que Deus tenha prazer em quem vive com um parceiro do mesmo sexo. Não acho que isso seja uma facada no coração de Deus, quem se dará mal, pela prática, é a propria pessoa, o "casal" de dois sapatos canhotos. Enfim, não há muito o que dizer a respeito. Também acho que algumas pessoas são gueis mesmo, nao mudam. Para quem me pergunta sobre sua condicao, eu indico, segundo Jesus e o evangelho, que vivam sem sexo, que sejam como eunucos, como padres. Pelo que já li no teu blog, eu tenho a impressao que vc pensa igual.

    Sobre o cumprimento da Lei Mosaica, eu descordo de vc terminantemente.

    Para mim, Jesus cumpriu tudo na cruz. Sim, está consumado! Está cumprido! E eu não li nem ouvi nenhum teólogo para pensar assim. Parece que eu nao estou sozinho nisso, rs.

    Sobre o cumprimento da lei mosaica, sobre o livro de leviticos, sobre toda Tora, se não passarem no filtro de Jesus, não dá para mim.

    Meu irmão, não fique chateado com o que vou dizer, mas pense: com o raciocínio e com o espírito do que voce escreveu acima, nos dias de Paulo, sinceramente, sem saber do peso de Paulo, quem voce apoiaria, os Judaizantes e os da parte de Tiago, ou Paulo e Barnabé?

    Porque é claro para mim, hoje, que as leis cerimoniais, que as leis de assepsia biologica, que inclusive as leis de assepsia moral (do tipo expulsar os homessexuais ou os adulteros, etc) são sombra, apenas sombra, do que estava para vir, e são o melhor que os daquela época podiam escrever, tateando o Evangelho.

    O que vale, Marcelo, é o espírito da lei, nao o cumprimento da regra. É disso que Jesus está falando o tempo todo no sermao da montanha. E bem-aventurados os que sabem que não conseguem cumprilos... Os pobres de espirito... Lembra que os Fariseus chamavam de ricos espirituais os que cumprissem a tora, e riquissimos espirituais os que comprissem a tora e as tradicoes?

    Bom, desculpe a ousadia, eu não sou teologo, nem pregador, nem lider, apenas sigo o caminho, apenas tento, começando de novo todo dia, e que Jesus me proteja de andar fora do evangelho.

    Postei um texto sobre a relacao da religiao e do poder, e também sobre o homossexualismo, sem saber do seu. Acho que é influencia dessa historia de PL122. Até!

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  2. Leonardo, se você observar bem, no meu texto está explicado que o aspecto cerimonial e ritualístico da Lei fui realizado por Cristo.

    Obrigado por sua visita, e sinta-se livre para questionar aquilo que considerar equivoco.

    Abraços!

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  3. Faça depois um estudo sobre como a Igreja deve acolher e evangelizar uma pessoa GLBT...

    Fica na minha cabeça uma questão: Ainda podemos crer que um gay se convertendo possa ser hetero novamente?

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