Se sou cristão, sou gay!

Marcelo Lemos

Não se assustem, o título acima é um deboche. Um deboche com um alvo bem definido: o blog “O Observador Cristão”. Mais especificamente é um deboche ao seu artigo “Homofobia pode esconder desejo oculto por homens, afirma pesquisa”, publicado recentemente numa onda de artigos referente a Júlio Severo, um dos escritores mais veementes na luta contra a Ditadura Gay no Brasil.

Apesar de eu ter minhas discordâncias com Júlio Severo, tendo inclusive debatido com ele no Mídia Sem Máscara, tudo tem um limite! Devo me pronunciar, afinal, se tenho discordâncias com Júlio Severo, as que tenho com o artigo acima são infinitamente maiores.

Não tenho qualquer pretensão de entrar na polêmica a respeito das verdadeiras razões de Severo ter se “auto” exilado no exterior. Thiago Lima Barros publicou, através do blog citado, uma denúncia e Severo lhe respondeu. Que os dois resolvam o impasse. Acredito que a defesa de Severo é muito boa, mas Barros afirma que pode sustentar sua acusação. Vamos aguardar o desdobramento da coisa, esperando que a testemunha de Barros não seja Caio Fábio, a metralhadora que dispara em tudo e todos, menos em si mesmo.

Meu grande susto com o blog O Observador Cristão foi encontrar ali um artigo insinuando que Júlio Severo seria um homossexual enrustido por ser homofóbico. Há duas acusações aqui: que Júlio Severo seja homofóbico, e que seja um homossexual sem coragem suficiente para assumir sua condição sexual. O argumento baseia-se em uma certa pesquisa que teria concluído que a aversão veemente a prática gay seja sintoma do pecado combatido pelas palavras. E, plenamente confiante de suas conclusões, o autor sentencia já no segundo paragrafo do artigo: “O bom senso sempre levou a esta suspeita de um conflito interno sério entre o discurso e o desejo. Contudo, quando surge uma pesquisa científica o assunto se encerra. Contra fatos não há argumentos”.

Porém, enquanto lia os dados eu já me preparava para perguntar ao autor se ele coloca a tal pesquisa acima do óbvio mandato bíblico para que rejeitemos e denunciemos as obras das trevas, mas eis que ele mesmo destrói completamente as insinuações que acabara de fazer: “A homofobia é, aparentemente, associada com a excitação homossexual que o indivíduo desconhece ou nega”. Pois é, aquilo que começou como “contra fatos não há argumentos”, termina por si só com um mero “aparentemente”. Ou seja, contra as insinuações do indigesto artigo há muitos argumentos, pois lhe faltam em absoluto os fatos!

Fora isso resta a acusação de que Severo seja homofóbico. Homofóbico por qual razão? Por pregar contra o homossexualismo? Por denunciar a tentativa nefasta de impor a sociedade brasileira uma ditadura homossexual? Por acreditar que os cristãos estão sendo criminalizados por sua postura a favor da moralidade bíblica? Sim, cabe a ele demonstrar a homofobia de Júlio Severo (e também a minha que denuncio o pecado homossexual). Eu não me lembro de já ter agredido um homossexual fisicamente, nem de já ter assassinado algum; creio que a Severo também não se possa imputar tal crime- cabe a quem acusa o ônus da prova! Será que também o Genizah, ao criticar o STF é homofóbico?

Entretanto, o autor se apresenta solidário com aqueles cristãos que “buscam a defesa do direito da igreja de se manifestar segundo a sua fé e defender a sua liberdade de expressão e o desejo de não cooperar nem para o estado de iniquidade da sociedade, tão pouco para a criação de uma classe cujos direitos se ponham em superioridade aos demais”. Ora, que Júlio Severo faz de diferente? Há algumas coisas que discordo em Severo, como disse, mas no que diz respeito a sua luta contra o gayzismo, o abortismo e a política esquedopata que impera a nossa volta, dou meu inteiro apoio! Ele defende, como qualquer cristão deveria fazer, o “direito da Igreja se manifestar segundo a sua fé”, e luta contra “o estado de iniquidade da sociedade” . Onde entra a homofobia nessa história? Onde entra o homossexualismo enrustido?

Será que não seria o caso do autor anônimo por trás de tal blog, sem condições de atacar a teologia de Severo, estar voltando suas armas contra o homem Severo? Neste caso, não seria o caso de acusarmos o irmão Barros de ad hominem?

Mas há algo que não sei se Júlio Severo defende, e eu espero que não o faça. Mas é algo que, pelo que lemos em tal artigo, parece que o editor do O Observador Cristão defende. Ele diz: “ não cooperar... tão pouco para a criação de uma classe cujos direitos se ponham em superioridade aos demais”. O pressuposto é que os homossexuais “possuem direitos”, mas que não podem colocá-los acima dos direitos dos demais. Isso, do ponto de vista bíblico, é completamente falso. O homossexual tem tanto direito de exercer seu pecado quanto tem um adultero ou um homicida; ou seja, nenhum! Certamente ele tem direitos enquanto ser humano e cidadão, mas quando se trata de sua opção sexual não se pode mais falar em direitos. Nenhum homem tem direito de violar a Lei de Deus, muito menos de querer que a sociedade lhe dê uma carta de alforria!

Agora, enquanto alguns estão preocupados com a homofobia (sic) e o homossexualismo enrustido (sic) daqueles que defendem o Cristianismo, ocorre que a bibliofobia e a cristianofobia andam a solta em nosso querido Brasil, comprovando que o alerta de obreiros como Júlio Severo apenas refletem a realidade. Que os idiotas travestidos de juristas ousando censurar a Bíblia e a liberdade de expressão e de culto, ao proibirem a pregação da Igreja não me permitam mentir! Por acaso é de se surpreender a ameaça da “Justiça” contra a Igreja Casa de Oração? Ora, nada disso é surpresa! Devido justamente ao trabalho de irmãos como Severo nós estamos sendo alertados acerca de tal ameaça a muitos e muitos anos!

Deixo aqui o meu repúdio a um artigo tão pobre e lamentável, e aproveito para manifestar, textualmente, o meu apoio ao ministério apologético de Júlio Severo, e a outros irmãos, como Silas Malafaia, quem tem dado cara a tapa nesta luta contra o poder político e midiático dos gayzistas e esquerdopatas. Não que eu concorde com tudo que Severo ou Malafaia fazem ou dizem, mas nesta guerra estamos juntos em prol da família e da fé. Aliás, é possível ser a favor da família e ir contra a fé, ou ir contra a fé e a favor da família? Parece-me um contra senso!