A batalha espiritual no coração do anglicanismo!
Tradução e
comentários de Marcelo Lemos
Recentemente a Igreja brasileira perdeu Robson Cavalcanti,
bispo da Diocese Anglicana do Recife. O texto que trago hoje para vocês tem
muito haver com sua caminhada recente. Ainda que eu não endosse cada ponto de
sua teologia, Dom Robson Cavalcanti tornou-se certamente um ícone da ortodoxia
bíblica contra o liberalismo teológico que varre o anglicanismo brasileiro, a
IEAB. Cavalcanti manteve-se firme, e pagou o preço, tendo sido praticamente
excluído da província brasileira da Comunhão.
O liberalismo teológico tem varrido muitas denominações
históricas, outrora comprometidas com os fundamentos do Evangelho e os valores
da Reforma. Não é apenas um problema anglicano, mas metodista, luterano,
presbiteriano, e assim por diante; as garras do liberalismo são deliberadamente
ecumênicas. Para muitos observadores o cenário atual representa o fim. Mas,
para outros, é apenas mais um momento histórico, no qual Deus chama seu povo a
manter-se fiel, e a lutar pelo Reino que não pode ser vencido. Se o leitor, por
qualquer motivo, tem no anglicanismo a imagem de uma Igreja secularizada e
corrompida pelo pecado, descobrirá na leitura de hoje que há entre nós muito
mais que Sete Mil que não se dobraram a Baal. E sabemos que o remanescente fiel
se faz ouvir em todas as demais comunidades cristãs. Isso nos lembra da promessa do Cristo: “Pois
também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e
as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do
Reino dos céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo o
que desligares na Terra será desligado nos céus” (S. Mateus 16: 18-19).
GAFCON é um movimento dentro da Comunhão Anglicana. O texto
a seguir é o discurso de seu presidente. É impossível lê-lo e não se regozijar
nas promessas do Senhor. Enquanto alguns entendem batalha espiritual como palavras de ordens, atos proféticos e outros misticismos, a nossa volta uma verdadeira batalha pelo Cristianismo se desenrola. De que lado estamos?
Uma Comunhão Global
para o Século XXI
Um discurso do Archbishop
Eliud Wabukala;
presidente da Fellowship of Confessing Anglicans.
Louvado seja o Senhor!
É com imensa alegria que vos
saúdo como Presidente da Fellowhip of
Confessing Anglicans, no nome precioso de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, pelo qual somos concidadãos dos santos e membros da família de Deus.
Acredito que nosso tempo aqui esta noite será um momento chave no desdobramento
do propósito de Deus para nossa amada Comunhão Anglicana, e uma grande
motivação para líderes vindos de cerca de trinta nações diferentes. Somos, de
fato, uma Comunhão Global para o Século XXI. Reunimo-nos guiados pelo Senhor,
seguindo sua orientação para a superação dos desafios do nosso tempo e a crise
persistente que aflige nossa Comunhão. Quero estruturar meu discurso com
algumas afirmações das Escrituras, no Profeta Miquéias, que creio ser a palavra
determinada por Deus para nós neste momento.
Miquéias profetizou durante
um período de crise na História do povo de Deus, a segunda metade do Século
VIII a.C, durante o qual o povo do Reino do Norte, Israel, perdeu sua
identidade, e as pessoas do Reino do Sul, Judá, quase sofreram o mesmo destino.
Em Miquéias 6:8 lemos,
“Ele
te declarou, ó homem, o que é bom; e que é que o SENHOR pede de ti, senão que
pratiques a justiça, e ames e andes humildemente com o teu Deus?”
O que o Senhor requer de
você?
Esta é a maior questão
diante de nós esta semana. Ela exige que tenhamos uma compreensão clara e que
estejamos dispostos a abandonar as ilusões confortáveis. Também, e mais
importante, ela chama-nos novamente para o que Deus diz. Miquéias fala que “Ele te declarou, ó homem, o que é bom”.
Descobrir a vontade de Deus, o que Deus deseja, não depende de nossa habilidade
ou imaginação. Ele não brinca conosco. Ele fala por meio das Escrituras. A
questão é se vamos ou não permitir que o Espírito Santo aplique essa Palavra
aos nossos corações, e se em seguida, vamos segui-la.
O que o Senhor requer?
Primeiro é preciso que nos aproximemos da situação que estamos enfrentando com
uma mente bíblica. Qualquer um de nós pode olhar para esta crise e ser tentado
a supor que podemos voltar ao tempo quando a vida em nossa Comunhão corria
sobre linhas previsíveis e familiares. Mas isso é ilusão. A fé não é sinônima
de escapismo; ela enfrenta as coisas como são, confiando que Deus irá agir. A
crise que enfrentamos é também uma oportunidade. Sua origem pode ser rastreada
ao longo dos anos. Os desafios sem precedentes para a identidade anglicana,
lançados sobre nós pela interpretação revisionista da Escritura, nos tem dado,
pela misericórdia de Deus, a oportunidade histórica de redescobrir a reformada
catolicidade da nossa Comunhão, e de um modo tão profundo como ocorreu com os
reformadores ingleses do Século XVI.
Certos da providência de
Deus, podemos confiar que no Seu tempo, Deus endireitará aquilo que está
errado, mas Ele nos conduz em seu propósito, e se desejamos compreender as
implicações da crise para a recuperação e renovação da identidade anglicana, é
preciso, primeiro, estar claro que tipo de crise ela é.
Não podemos tratar isso como
uma crise meramente institucional. A desagregação das estruturas de governo da
Comunhão Anglicana é sintoma de um problema mais profundo. Atualmente sabemos
que os instrumentos de unidade, como o Encontro dos Primazes, o Conselho
Consultivo Anglicano, ou mesmo a Conferência de Lambeth, já não vinham
inspirando a confiança geral...
Quando o Global South
Movement Primates se reuniu na China, em Setembro passado, se sentiu obrigado a
declarar em um comunicado que “os instrumentos de unidade da Comunhão Anglicana
tornaram-se disfuncionais e já não têm autoridade eclesiástica e moral para nos
manter unidos”.
Se estivéssemos diante de um
problema institucional era de se esperar que o investimento pesado que se fez
no Pacto Anglicano trouxesse uma solução. Porém, com a rejeição do Pacto, mesmo
na própria Igreja nacional da Inglaterra, é obvio que os recursos tradicionais
para a crise falharam, e que os problemas que enfrentamos estão profundamente
arraigados para que possam ser tratados com estratégias meramente gerenciais e
organizacionais. Como primazes da Fellowship of Confessing Anglicans, admitimos
em nosso comunicado de Novembro de 2010, que o Pacto Anglicano foi
“manifestadamente falho”. Tornou-se claro que era pouco mais que palavras
formais que disfarçavam o conflito, ao invés de resolvê-lo. O coração da crise
que enfrentamos não é institucional, mas espiritual.
Miquéias pode perguntar “o
que Deus requer?”, na confiança de que o desejo do Senhor já fora revelado.
Todavia, a Conferencia de Lamberth de 1998 mostrou que uma minoria determinada
estava disposta a torcer a Palavra de Deus, a fim de adequá-la as ideias da
moda em seu contexto cultural, e que não estava disposta a se solidarizar com o
pensamento claro dos bispos da Comunhão, quando sua opinião foi colocada a
prova.
A história subsequente da
nossa Comunhão se desenrola a partir deste ponto. Alguns setores da Comunhão
Anglicana seguiram ecoando as palavras da Serpente: “O que Deus realmente
disse...?”. E sua estratégia tem sido dar continuidade a este diálogo
interminável, a fim de desgastar qualquer resistência, enquanto em todo o tempo
busca seu objetivo autodeterminado de inclusão radical. Neste aspecto, eles
foram muito ajudados pelos teólogos anglicanos que afirmam que nossa identidade
encontra-se naquilo que chamam de “a gramática da obediência”. Eles pretendem alterar
o sentido claro das Escrituras, e escavar “verdades mais profundas” da Revelação,
que estariam ocultas sob as palavras do Livro. Assim, não é surpresa que a
Escritura esteja sendo convenientemente torcida de todos os tipos e formas
diante de nós, e que os chamados ‘evangelhos verdadeiros’ possam contradizer o
sentido literal das palavras da Bíblia.
Embora nunca devamos fugir
ao duro trabalho de expor as Escrituras, também não podemos ignorar o claro
ensino do texto inspirado. Este texto, que o Arcebisbo Cranmer estava tão
interessado em disponibilizar no idioma inglês para todas as paróquias, e tem
sido fundamental para a transformação cultural que o Evangelho levou a África e
ao resto do mundo. A “gramática da obediência” é um cavalo de troia teológico
para a desobediência. Tal acomodação para o falso ensino de instituições da
Comunhão Anglicana tem tido um grave efeito.
Deixe-me ilustrar
contrastando a nossa conferência de 2008, em Jerusalém, que lançou o movimento
GAFCON, com a Conferência de Lamberth, que teve lugar pouco depois.
No espaço de uma semana,
apesar dos muitos e variados contextos culturais, fomos capazes de elaborar e
aprovar com alegria e muita festa uma declaração objetiva do que é a identidade
anglicana, na forma da Declaração de Jerusalém. Regozijamo-nos, pois através do
Espírito Santo, o Senhor nos deu tal unidade na verdade, e sabíamos que Ele nos
estava pondo livres, com um testemunho claro e firme em Jesus Cristo, de um
modo que simplesmente não seria possível por meio dos canais tradicionais.
Na Conferência de Lamberth,
que muitos por motivo de consciência se sentiram impedidos de assistir, a
história foi diferente. Muita conversa e mais conversa, mas nenhum pensamento
em comum, e nenhuma tentativa de resolver o mérito da doutrina fundamental e
das diferenças éticas quem têm sido tão destrutivas para a nossa unidade. Em
Lamberth, houve nervos a flor da pele e pouco mais que conversa; em Jerusalém,
corajosamente reafirmou-se a nossa confiança na fé que confessamos. Ali
recuperamos nossa identidade genuinamente anglicana, e através da Declaração de
Jerusalém estabelecemos um cenário coerente para nosso testemunho global no
Século XXI. A Declaração de Jerusalém, em seu preambulo, claramente estabelece a identidade
anglicana. Permita-me lembra-lo:
“Nós,
juntamente com muitos outros fiéis anglicanos em todo o mundo, acreditamos que
o fundamento doutrinário do Anglicanismo, que define nossa identidade essencial
como anglicanos, é expressa nestas palavras: A doutrina da Igreja está
fundamentada nas Escrituras e nos ensinamentos dos antigos Pais e dos Concílios
da Igreja, conquanto sejam agradáveis ao ensino das Escrituras. Em particular,
tal doutrina é encontrada nos 39 Artigos de Religião, no Livro de Oração Comum
e no Ordinal. Temos a intenção de permanecer fiéis a esse padrão e apelamos a
outros na Comunhão que retornem a ele”.
Nossa Conferencia em
Jerusalém foi realmente uma experiência no topo da montanha, um tempo rico de
comunhão no Espírito Santo, ensino inspirado e insights proféticos. Mas temos
que descer do topo da montanha e não simplesmente descansar sobre a
experiência, ou achar que de alguma forma já realizamos nosso trabalho. O que o
Senhor requer? Ele exige, diz Miquéias, a nossa ação! Que ajamos com justiça e
misericórdia, e não apenas ficar a escrever e refletir sobre as coisas. Deus
nos deu uma identidade, temos de agir a partir dela; devemos ser fiéis a nós
mesmos como o somos a Cristo crucificado, redimidos através da Cruz, onde
Justiça e Misericórdia de Deus se encontram. Isto é o que significa agir com
autenticidade. Não é uma questão de seguir nossos sonhos e sentimentos
subjetivos, mas ser fiéis a quem ressuscitou dos mortos, para que possamos não
viver para nós mesmos, mas para Aquele que morreu e ressuscitou por nós.
Viver desta forma está além
das nossas capacidades humanas. Nas palavras da Coleta para o Domingo da
Trindade XIX, do Livro de Oração Comum, oramos:
“Porquanto
sem Ti, não somos capazes de agradar a Ti, concedei misericordiosamente o Teu
Espírito, para poderes dirigir e governar nossos corações”.
Isto para mim é uma verdade
pessoal. Ao ser eleito como Presidente do conselho de primazes GAFCON/FCA em
Abril do ano passado, afirmei o seguinte:
“Reconheço
que assumimos uma tarefa verdadeiramente monumental, mas servimos a Deus para
quem nada, nem mesmo vencer a morte, é impossível”.
Devemos, então, agir em
obediência ao que Deus exige, conhecendo nossa fraqueza, e na dependência
contínua do poder do Espírito Santo. Esta foi uma realidade preciosa para
alguns de nós durante o Reavivamento no Leste Africano, quando o Espírito de
Deus renovou a Igreja, dando-lhe um caminhar humilde com Deus, convicção de
pecados, sede da Palavra de Deus, um estilo de vida simples, e um insaciável
desejo por evangelismo. São estas qualidades que precisamos para renovar nossa
comunhão global à medida que avançamos unidos. Um poderoso movimento de
renovação e transformação, isso é o que somos.
Desde 2008 temos atuado,
talvez não tão rápida ou claramente como deveríamos, mas houve ação. De acordo
com a Declaração de Jerusalém, os primazes do GAFCON promoveram a Igreja Anglicana
na América do Norte (ACNA) como uma nova província e interromperam a comunhão
com a Igreja Episcopal dos Estados Unidos (TEC) e com a Igreja Anglicana do
Canadá. Apesar de violentamente perseguidos nos tribunais, e das perdas de
recursos, templos, e propriedades que gerações anteriores haviam destinado à
obra do Evangelho, é com grande alegria que vemos a ACNA é muito mais que um
reduto para soldados feridos. É um órgão missionário dinâmico que cresce
notavelmente através da plantação de igrejas.
Ano passado ficou claro que
algumas providências deveriam ser estendidas também ao Reino Unido. Após quatro
anos de discussão, em junho do ano passado foi formada a Missão Anglicana na
Inglaterra, depois que altos líderes anglicanos não conseguiram encontrar uma
forma de oferecer liderança ortodoxa aqueles que dela necessitavam no Reino
Unido.
Durante esta semana iremos
nos aplicar a próxima fase que o Senhor exige de nós. Espero que unidos como um
conselho, sejamos levados à ação que moldará profundamente o futuro da
Comunhão, contudo, assim como é cara para nós as grandes questões da teológia e
do método, precisamos cuidar de não negligenciarmos o modo como tratamos uns
aos outros, a fim de que haja consciência e integridade para com a identidade
que reivindicamos.
Para agir com justiça e amar
a misericórdia é necessário haver honestidade e justiça no trato uns com os
outros, como um fim e não com um meio, nem se deixar infectar pelo cinismo e
pragmatismo que possam surgir quando o poder e a influência estão em jogo. É
verdade que somos um movimento profético, e Deus nos entregou algumas coisas
bem duras que precisam ser ditas, mas a severidade deve impressionar ainda mais
pela bondade e generosidade pelas quais somos conhecidos.
E tudo isso feito com
humildade e oração, não nos colocando acima da Palavra, mas reconhecendo que é
a Palavra de Deus que nos julga e examina. Devemos atentar ainda ao fato de que
a Palavra, que é a Verdade de Deus para todas as culturas e todos os tempos,
não é herança privilegiada de uma única cultura e tradição, de modo que tem o
potencial de abrir novas perspectivas sobre as insondáveis riquezas de Cristo.
Para fazer aquilo que o
Senhor exige é preciso ainda coragem. Todas estas coisas são necessárias para
descobrirmos se a Comunhão Anglicana irá recuperar sua identidade bíblica. Os
desafios são, certamente, monumentais e creio que podemos resumi-los como se
segue:
1. Precisamos manter a
glória de Deus o cumprimento da Grande Comissão no coração do movimento.
Defendemos o Evangelho, pois queremos promover o Evangelho. GAFCON foi lançada
como uma missão de resgate para a Comunhão Anglicana, mas isso porque ela
mesma, a Comunhão, deve ser uma missão de resgate. Especificamente, deve-se
construir um pacto global que incentive o evangelismo e a plantação de igrejas.
Precisamos uns dos outros, o Sul pode beneficiar-se da experiência do que estão
resistindo no Norte, e compreender a dinâmica de uma cultura ocidental
‘secularizante’ que está se espalhando rapidamente em todo o mundo. O Norte
também pode se beneficiar do entusiasmo e vigor missionários que caracteriza as
Igrejas que crescem no Sul. Como uma Comunhão global, devemos estar na
vanguarda do trabalho. Não podemos nos contentar que o Anglicanismo seja como
um tipo de capelania para diminuir os enclaves daqueles que foram deixados para
trás pela maré da História.
2. Devemos considerar novos
odres para a estrutura de nossa liderança mundial e não colocar impedimentos ao
trabalho da evangelização. Quatro anos atrás a Declaração de Jerusalém falou do
“manifesto fracasso” dos instrumentos de unidade da Comunhão Anglicana, e desde
então tem estado claro que tais instrumentos falharam conosco. Líderes
ortodoxos precisam fazer muito mais que ficar longe. Precisamos voltar aos
princípios fundamentais e desenvolver novas estruturas, nos mantendo firmemente
dentro da Comunhão Anglicana. Precisamos refletir como podemos construir sobre
o modelo de liderança conciliar iniciado em Jerusalém 2008, quando da criação
do Concelho de Primazes do GAFCON. Nossa comunhão amadureceu e chegou o momento
que sua liderança deve se focar não em uma pessoa ou Igreja, mas em uma
história consagrada, uma fé histórica que confessamos.
3. Devemos resistir à
tentação de sermos teologicamente preguiçosos. Nosso objetivo de uma Comunhão
renovada não se sustenta se não estamos dispostos a apoiar os que são dotados
para o estudo e o trabalho pesado da teologia, tão essencial para dar
profundidade e alcance a nossa visão, tanto dentro quanto fora da Igreja. Precisamos
recuperar o sonho dos reformadores anglicanos sobre o povo comum conhecendo as
Escrituras e sendo alimentado pela doutrina bíblica. Também precisamos de
líderes, ordenados ou leigos, capazes de defender firmemente a fé apostólica na
praça pública do mundo. Se não o fizermos, as ideologias seculares que tem
poderosamente moldado o cristianismo liberal e revisionista dentro da Comunhão,
irá apertar o cerco. O Senhor nosso Deus não permitirá isso. Ele nos chama para
seguir em frente.
O que o Senhor exige? Ele
nos chamou para um grande propósito profético neste momento crítico na vida da
nossa Comunhão. Depois de aproximadamente 450 anos, fica cada vez mais claro
que aquilo que alguns chamam de “experiência anglicana” não termina em
fracasso, mas está a beira de um novo e realmente global futuro, e que a visão
original dos reformadores pode ser realizada como nunca antes. Não precisamos
rejeitar ou menosprezar nossa história, mas devemos aprender com ela, e nos
colocamos agora humildemente para caminhar com nosso Deus, rumo ao futuro e a
esperança que Ele tem planejado para nós.
Gostaria de aproveitar esta
oportunidade para terminar minhas observações convidando vocês e suas Igrejas para
o GAFCON II, em maio de 2013.
Em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo, amém!
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