Anglicanismo real: o câncer do liberalismo
Rev.
Marcelo Lemos
Assim
como o GAFCON repudiou a influência do mundo dentro da Igreja, e
defendeu, por exemplo, o modelo bíblico para o casamento, o mesmo
foi feito pelo Sínodo 2013 da Igreja Anglicana Reformada do
Brasil. Este ano aprovamos nossa tão esperada declaração sobre
Matrimônio e Sexualidade Humana.
E
não estamos sozinhos nessa luta. Enquanto os liberais seguem sua
marcha de destruição da fé cristã dentro da espiritualidade
anglicana, a maioria dos anglicanos esteve representada no GAFCON
2013, reunido em Nairobi, África, em clara defesa da mesma.
Infelizmente
o Brasil está bem no olho do furacão liberal. Furação que, aos
olhos dos destruidores, parece ter o sabor do '‘nirvana’'. E
talvez tenha esse sabor, para eles, não-cristãos. Pesado? Longe de
nós a injustiça em tal acusação, uma vez que eles sequer
acreditam na exclusividade de Cristo, como o Reverendo Aldo, da
Catedral Anglicana de São Paulo, que já declarou que “reencarnação”
e “ressurreição” são simplesmente “modos diferentes”
de encarar a salvação eterna... Vale dizer, contudo, que hoje Aldo
também já de desligou da IEAB, e, pelos padrões que a IEAB
utiliza, já não é mais um... “anglicano”. Bem, de fato, nunca
foi, já que para ser anglicano é necessário, antes, ser cristão.
Fosse
só a IEAB o lado podre do anglicanismo por aqui já seria ruim –
mas existe muito mais. Contudo, as notícias que nos chegam dela são
estarrecedoras, ainda que previsíveis. Certamente teremos muito material para os demais artigos dessa série de textos.
Há
algum tempo tivemos acesso aos planos que a liberal e apóstata IEAB
tem para seu próximo Sínodo, a saber, equiparar o casamento cristão
com o “casamento” homossexual. Ficamos calados, já que a mesma
ainda não se pronunciara oficialmente. Simplesmente seguimos com
nossos planos, e aprovamos nossa própria declaração sobre
Matrimônio, como decidido desde o ano passado. Infelizmente
descobrimos que os planos da IEAB, ou de parte dela, são reais, e
agora tal informação se confirma publicamente, com um texto de
Carlos Eduardo Calvani, reverendo da referida Instituição.
Lamentável.
Segundo
Calvani, existe dentro da IEAB o “verniz” e a “madeira”. O
“verniz” é uma referência aos, como ele, liberais e
politicamente corretos, comprometidos com a (sic) “justiça”, de onde se conclui que a “madeira” é a cousa velha, reacionária, e
comprometida com o (sic) “conservadorismo”, e, por inferência
lógica, com a “injustiça”. Seja como for, Calvani se mantém
confiante, na certeza de que Deus guirá os liberais na luta pela
“justiça”. Interessante?
Mas,
quem for “madeira” dentro da IEAB, que se cuide, pois Calvani
quer “voto aberto”, e as opiniões gravadas (som, vídeo) para a
posteridade, a fim de que todos possam saber quem é “madeira” e
quem é “verniz”. Tudo isso em nome da unidade da Igreja, segundo
ele: “Tempos
atrás ouvi de um bispo hoje jubilado a seguinte frase: “A IEAB tem
um verniz liberal sobre uma madeira conservadora”. Seria ótimo se,
no momento em que a plenária do Sínodo debater esse assunto, todas
as intervenções fossem gravadas e que o voto fosse aberto e
declarado. Desse modo, ao menos poderíamos identificar o verniz e a
madeira e compreender que somos parte da mesma construção e do
mesmo edifício”.
Quer
dizer, todo mundo é irmão na IEAB, mas os liberais defendem a
justiça, e os (sic) conservadores defendem a injustiça, contra a
qual Deus ajuda Calvani lutar.
Ao que parece, na nossa querida e cristã IARB quem deve se cuidar é o "verniz", já que aqui os votos dos quais participei foram sempre abertos, ainda que Calvani considere nós, os conservadores, uma real ameaça a sua deusa "democracia". Hum.
Não
temos como saber, com certeza, se o próximo Sínodo da IEAB aprovará
o que chamam de “casamento igualitário” - eufemismo para
“casamento homossexual”. Provavelmente o aprovarão, a menos que
permaneçam covardes e hipócritas. Caso não o aprovem este ano, o
farão no futuro, se Deus não lhes enviar arrependimento. Contudo,
sabemos que a Igreja de Cristo se manterá firme, como os bispos
reunidos na África este ano deixaram claramente definido:
“Estamos
comprometidos a ensinar que... o casamento é uma união exclusiva, e
para toda a vida, entre um homem e uma mulher. Exortamos que todos
trabalhem e orem pela constituição e fortalecimento de casamentos e
famílias saudáveis. Por este motivo, nos opomos à maré secular
que milita em favor do casamento homossexual”.
-
Bispo anglicanos, GAFCON, Nairobi, 2013.
Como
se vê, aquilo que Calvani, e os liberais de várias “igrejas”
chamam de “bem”, os cristãos chamam de “militância mundana”.
Soli Deo Gloria. Este ano o Brasil esteve duplamente
representado no Gafcon, como falamos no texto anterior. Primeiro, na
pessoa do Bispo Miguel Uchoa, da Diocese do Recife, e também
pela presença de Josep Rossello, bispo diocesano da Igreja
Anglicana Reformada do Brasil, e advogado do NAMS na América Latina.
Já os liberais da IEAB tentaram desdenhar do evento, mas se calaram
quando viram o Arcebispo da Cantuária presente na África – até
tiraram o texto de seu site, covardemente. Continuarão covardes, ou
vestirão logo a máscara da apostasia? O melhor mesmo é que se
convertessem de seus maus caminhos. Até porque, o Juízo começa
pela casa de Deus.
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