+ Rev. Marcelo Lemos

Os últimos dias nos chocaram com uma notícia terrível, a morte brutal de um jovem de 16 anos. Kaique.

Mas, ao que parece, pouca gente se preocupou com a pessoa do morto, ou com a dor de sua família. Mas muitos se apossaram de seu nome como um símbolo de seus próprios interesses. Kaique, para alguns, não é gente, é uma bandeira.
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Rev. Marcelo Lemos

Caros amigos, quero convidar você à conhecer o novo canal de vídeo da Igreja Anglicana Reformada São Paulo, cujo objetivo é promover a fé cristã, o discipulado, e a espiritualidade reformada.

Neste canal estamos abertos a questionamentos e sugestões, de modo que todos estão convidados a participar ativamente do projeto. Minha sugestão hoje é que assistam ao vídeo "Livros [Não Teológicos] Que Li em 2013".

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Rev. Marcelo Lemos

"A audácia com que o falso evangelho tem sido promovido na Comunhão Anglicana tem, para tomar emprestado uma frase proferida pelo meu bom amigo arcebispo Peter Jensen, despertado o gigante adormecido da ortodoxia anglicana" - Arcebispo Eliud Wabukala.

Optar pelo anglicanismo nem sempre é algo fácil nos dias de hoje. Já escrevi sobre minha escolha ter sido tomada com base em dados bem fundamentados, porém, nem tudo que se diz anglicano ajuda em tal decisão.

De certo modo, me parece que o termo "anglicano" é usado por muitos como desculpa para as atitudes mais estapafúrdias. Tem gente, por exemplo, que gosta de se vestir de padre, de falar como padre, de acreditar quase como um padre, mas ao mesmo tempo não tem coragem de ir para Roma - seja porque não teria muita chace de subir da hierarquia lá, seja por questões de frouxidão moral, e então, terminam se denominando "anglicanos". Mas, são anglicanos por qual razão? Basicamente, ao que parece, eles tomam o anglicanismo com um guarda-chuva sob o qual qualquer coisa pode ser abrigada!
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Rev. Marcelo Lemos

Neste feriado encontrei novamente uma antiga analogia utilizada por arminianos - e sinergistas em geral - como explicação para a doutrina da eleição bíblica. Vou compartilhar exatamente como li numa comunidade do Facebook:

"No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. Deus escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. Cristo é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em Cristo. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que Deus preparou para quem nele permanece. Deus convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante Jesus Cristo!"

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Rev. Marcelo Lemos

Eu já tenho alguns anos no pastorado. Uma das coisas que preciso reconhecer é que sem a ajuda da minha esposa eu não teria feito muito do que fiz, especialmente em uma ou duas comunidades que plantamos juntos. Não foram poucos os que sugeriram que, cedo ou tarde, eu deveria ordená-la "pastora" também. E, do ponto de vista prático, reconheço que ela provavelmente se daria muito bem, uma vez possuir um dom nato para a liderança. No entanto, nunca sequer cogitei isso, e ela, até onde sei, também não. Lembro que na denominação onde fui ordenado houve um debate sobre o assunto, e votamos contra. Anos depois, quando entramos na Igreja Anglicana Reformada do Brasil, um dos emblemas que nos atraíram foi a posição contrária a Ordenação Feminina.

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Rev. Marcelo Lemos

Assim como o GAFCON repudiou a influência do mundo dentro da Igreja, e defendeu, por exemplo, o modelo bíblico para o casamento, o mesmo foi feito pelo Sínodo 2013 da Igreja Anglicana Reformada do Brasil. Este ano aprovamos nossa tão esperada declaração sobre Matrimônio e Sexualidade Humana.

E não estamos sozinhos nessa luta. Enquanto os liberais seguem sua marcha de destruição da fé cristã dentro da espiritualidade anglicana, a maioria dos anglicanos esteve representada no GAFCON 2013, reunido em Nairobi, África, em clara defesa da mesma.

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Rev. Marcelo Lemos

Há alguns anos eu mesmo pouco sabia a respeito do que se chama “anglicanismo”, ainda que soubesse alguns detalhes parcos sobre a história da Igreja da Inglaterra. E confesso que muito do que eu já pensei sobre o tema baseava-se em alguns preconceitos. Depois, ironicamente, eu mesmo me declarava anglicano, e passei a lidar, então, com diversos desses preconceitos agora lançados diante de mim. Hoje vou aproveitar a realização da GAFCON II para iniciar uma série de artigos que lidará com tais preconceitos, que existe dentro e fora do próprio anglicanismo. Neste texto traço apenas algumas observações iniciais.

Acredito que Deus usou, de modo especial, duas vozes para lidar com esse desafio aqui no Brasil. A mais famosa delas foi a Bispo Robson Cavalcanti, já falecido. E também o Bispo Josep Rossello, da Igreja Anglicana Reformada do Brasil. Sobre Cavalcanti, com quem temos algumas divergências sérias, o fato é que ele, a seu modo, enfrentou o liberalismo teológico da maior denominação anglicana do Brasil, a IEAB, e acabou sendo excluído da mesma, junto com a Diocese do Recife. Mas, uma força inesperada neste debate surgiria do interior de São Paulo. Refiro-me, claro, a Igreja Anglicana Reformada do Brasil, nascida com o Bispo Francisco Buzzo, que também já foi membro da liberal IEAB. Você pode conhecer um pouco dessa história vendo a entrevista que o mesmo concedeu ao “Papos Teológicos”.

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Rev. Marcelo Lemos

“Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” (Atos 15.28)

No último fim de semana, de 28 à 29 de Setembro, aconteceu em Bragança Paulista, a edição 2013 do Sínodo da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, cujo tema, apropriadamente, foi “Revitalizando a Força da Igreja”. E de fato, essa é nossa expectativa e esperança para o futuro próximo. Pessoalmente acredito que a Igreja nunca esteve tão forte quanto agora, tendo sido agraciada por Deus com a vinda de várias pessoas de valor, inclusive em lugares onde não imaginávamos. Essa injeção de ânimo, e o vigor para os próximos meses e anos certamente não virá de nós, nem de nossas estratégias, mas do Senhor.

Um motivo de grande alegria pessoal foi ver toda a comunidade de São Paulo presente no Sínodo, sendo que alguns irmãos precisaram pedir uma folga no trabalho para isso. Esse esforço para estarmos todos juntos me comoveu. Sim, somos poucos em São Paulo, mas isso não muda a beleza de tamanha comunhão.

Os trabalhos do Sínodo também superaram as expectativas. Duas comissões foram eleitas para os trabalhos do próximo anos. A já conhecida "Comissão Para Doutrina, Culto e Disciplina", é agora formada pelos irmãos Bispo Josep Rossello, Bispo Francisco Buzzo, Rev. Marcelo Lemos, Carlos Eduardo Gomfer e o Dr. Manuel Roberto Abraão. A comissão elegeu o Rev. Marcelo Lemos como presidente, e se decidiu três frentes de trabalho a se concluir até o próximo Sínodo:

1. O "Hinário Anglicano Reformado".
2. Uma declaração sobre ecumenismo e intercomunhão.
3. Um declaração sobre homossexualidade.

Este ano a comissão já aprovou a esperada "Declaração Sobre Matrimônio e Sexualidade", a ser publicada em breve, e que servirá de apoio teológico e pastoral para as nossas comunidades em todo o Brasil.

Também foi formada a "Educação Cristã, Evangelismo e Comunicação", cuja presidente eleita foi a irmã Meirelene Lemos, que trabalhará com os irmãos Bispo Jossep Rosselo, Renata, Elizete Abraão e Fábio. Dentre os desafios dessa comissão para o próximo ano está melhorar o uso dos meios de comunicação pela Igreja, e revitalizar a Revista Os Anglicanos.

Ainda no Sábado, a noite, tivemos um culto extremamente litúrgico, e fiel as rubricas do Livro de Oração Comum de 1662. Talvez tenha sido a oportunidade de alguns irmãos, especialmente de comunidades mais distantes, terem o primeiro contato com uma liturgia anglicana em pleno sentido. Além disso, neste culto tive o privilégio de ser ordenado, recebendo as Sagradas Ordens como Presbítero. E não foi só isso, também foi recebido como membro da Igreja Anglicana Reformada, o irmão Armando Marcos Pinto, membro da nossa comunidade em São Paulo.

A leitura pública de adesão feita pelo irmão Armando Marcos, agora oficialmente membro da nossa Igreja, muito emocionou os presentes, especialmente aqueles que mais de perto tem acompanhado a luta e o trabalho do irmão em prol do Reino de Deus - é ele o idealizador e responsável por trabalhos como o Projeto Spurgeon e o Projeto Ryle. 

Acreditamos que Deus tem reservado um belo futuro para os anglicanos reformados no Brasil, e temos o privilégio de seguirmos levando a bandeira defendida pelos primeiros reformadores da Inglaterra - num Brasil onde o anglicanismo tem sido sequestrado por superstições e liberalismos teológicos dos mais variados. E a cada dia o Senhor tem acrescentado novos soldados a essa fileira.

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