Malafaia: Inconsistências de um Arminiano (Parte II)

Silas Malafaia:

Inconsistências de um Arminiano


Parte II

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Muito bem. Eu li aqui a primeira passagem de Efésios 1.4-5 que diz que "também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo". O que eu quero dizer para você querido; Paulo aqui, nessa passagem, está entrando na área da presciência de Deus. Você sabe que Deus possui atributos exclusivos da divindade: o atributo da onipotência (que Deus possui todo poder), o da onipresença (que Deus está em todo lugar) e da onisciência (que Deus sabe de todas as coisas). Dentro do atributo da onisciência, que Deus sabe de todas as coisas, existe a presciência. Deus sabe de todas as coisas e todas as coisas Ele sabe antecipadamente.
O que Paulo está começando aqui a dizer é que Deus não é igual ao homem que faz as coisas de improviso e na hora que aparece os problemas. Deus é um Deus sábio. Deus é um Deus de planos e propósitos. O que Paulo está dizendo é que Deus preparou um grande plano.

Eu quero que você preste atenção, no que está escrito em Apocalipse 13.8:

"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Apocalipse 13:8 RC)

Quando a Bíblia diz que Jesus foi morto antes da fundação do mundo, não está querendo dizer, na essência da palavra, que ele morreu antes da fundação do mundo. Por que? Jesus morreu aproximadamente há 2.000 atrás. O que a Bíblia está querendo dizer nessa passagem é que havia um plano preparado antes da fundação do mundo para salvar o homem do inferno.

Agora, em Efésios 1.4-5, Paulo usa a mesma linguagem: "que antes da fundação do mundo, Deus já providenciara um plano. Ele elegeu, primeiro, a pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que aceita Jesus hoje é eleito em Cristo". Veja que o versículo diz: "nos elegeu nEle". Isso significa que quando você aceita a Jesus hoje, por sua livre e expontânea vontade, você está, automaticamente, participando do plano que foi elaborado por Deus antes da fundação do mundo.


Quando você aceita Cristo hoje, você está participando de um plano que foi elaborado antes da fundação do mundo. Deus elegeu a Cristo e todo aquele que aceita Jesus, está eleito em Cristo - Silas Malafaia; transcrição de debate em rádio evangélica.

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Como vimos no artigo anterior, o pastor Silas Malafaia admite haver na Bíblia algum ensino sobre predestinação, e de fato, ele diz a aceitar quando se refere a eleição de um povo, como Israel. Todavia, ele não aceita que exista uma predestinação que vise o futuro dos homens enquanto indivíduos, pessoas.

No artigo anterior vimos também que do mesmo modo que a Bíblia fala da predestinação de um povo, ou de uma nação, ela nos fala igualmente da predestinação individual das pessoas que fazem parte deste povo. Também vimos a inconsistência de sua tese em inverter a ordem dos fatores na salvação. No arminianismo de Silas, como vimos, primeiro o homem faz algo que agrada a Deus, ganha o seu favor, e depois, só depois, Deus lhe concede a salvação. A eleição arminiana é ao inverso da ordem natural.

E, surpreendentemente, em se tratando de um ministro evangélico, ele diz mais a frente, de forma clara e franca, que as boas obras antecedem a predestinação; que sabemos, equivale dizer que as mesmas compram a salvação – que nada mais é que o ensino Católico Romano! Observem:
“Primeiro você aceita a Cristo. E você sabe que significa aceitar a Cristo? Aceitar a Cristo é submeter-se a Ele, é obedecê-lo, é segui-lo, é ser fiel até o fim, depois sim; depois que você é eleito a Cristo. Depois que você aceita a Cristo como seu Salvador, você estará pronto a estar predestinado para o céu. Se você seguir a Cristo aqui na terra, você terá a garantia do céu. Isso é o significado de Efésio 1.4-5”.

Analisaremos em detalhes o trecho acima em outra oportunidade; a citamos aqui apenas para demonstrar que a análise que realizamos sobre o pensamento do irmão Silas, no artigo anterior, está correta; o que pode ser comprovado por sua própria conclusão do raciocínio.

No artigo de hoje queremos chamar a atenção dos leitores para dois detalhes interessantes na fala de Malafaia. Primeiro, ele diz que Deus não predestinou as pessoas, mas apenas estabeleceu um plano para salvá-las. E em segundo lugar, ele compara o texto de Apocalipse 13.8 ao primeiro capítulo da Carta aos Efésios, com a intenção de comprovar sua tese. Vamos analisar tais afirmações mais de perto?

Deus, segundo Silas, não predestinou ninguém para a salvação, ele apenas elaborou um grande plano geral sobre a salvação: “O que Paulo está começando aqui a dizer é que Deus não é igual ao homem que faz as coisas de improviso e na hora que aparece os problemas. Deus é um Deus sábio. Deus é um Deus de planos e propósitos. O que Paulo está dizendo é que Deus preparou um grande plano...”.

Esse plano geral, exatamente por ser geral, não garante a salvação de nenhuma pessoa, mas apenas permite que aqueles que forem mais espertos alcancem o prêmio que Deus estabeleceu aos campeões: “Primeiro você aceita a Cristo. E você sabe que significa aceitar a Cristo? Aceitar a Cristo é submeter-se a Ele, é obedecê-lo, é segui-lo, é ser fiel até o fim, depois sim; depois que você é eleito a Cristo. Depois que você aceita a Cristo como seu Salvador, você estará pronto a estar predestinado para o céu. Se você seguir a Cristo aqui na terra, você terá a garantia do céu. Isso é o significado de Efésio 1.4-5”. Reparem que as boas obras humanas antecedem a salvação, ou seja, você precisa merecer o favor de Deus.

É fácil perceber as berrantes contradições aqui. Vamos pensar no plano de Deus. Vejamos como o irmão Silas enaltece o plano de Deus:
  1. Trata-se de um plano superior aos dos homens, pois Deus, diz Silas, nada faz de improviso;
  2. Trata-se de um plano superior aos dos homens, pois Deus, diz Silas, jamais é pego por imprevistos ‘da hora’;
  3. Portanto, trata-se de um plano superior aos dos homens, de fato, ele diz, é um ‘grande plano’.

Ao mesmo tempo, nas entrelinhas, Paulo nos diz, quando lemos com atenção, que o tal ‘grande plano de Deus’ é exatamente igual aos dons homens:
  1. Trata-se de um plano idêntico aos dos homens, pois Deus, diz Silas, não interfere na vontade humana; portanto, assim como o homem, Deus precisa que seu ‘grande plano’ receba antes a aprovação e a aceitação dos mortais;
  2. Trata-se de um plano idêntico aos dos homens, pois Deus, diz Silas, alimentou no coração um ideal, mas não pode garantir o fim exato de Deus plano, como por exemplo, salvar todos os homens; antes, assim como nós, o fim de seu plano depende dos erros e acertos dos mortais – que cá entre nós, tudo o que sabem fazer é errar;

Evidentemente que isso não é o que a Bíblia diz sobre o ‘grande plano’ de Deus.

Os nossos propósitos, por melhores e por mais grandiosos que seja, carecem do mal da imprevisibilidade.  Podemos fazer os planos que desejarmos, mas, não podemos garantir que eles se realizarão. Todos nós, por experiência própria, conhecemos a realidade desta afirmação, e, mais importante, a conhecemos pelo próprio ensino das Escrituras: Tiago 4.13,14.

Nossos planos são assim porque nós não temos nenhum, ou muito pouco, controle sobre os eventos futuros, e as suas miríades de variáveis. Eu posso planejar que hoje meu pai irá ao banco fazer uma retirada para mim, e que eu, em seguida, usarei o dinheiro para fechar um negócio urgente. Por mais que eu planeje tal objetivo, não posso garantir que acontecerá. Inúmeras variáveis podem, e quase sempre acontece, interferir em alguma parte do processo.

Há algum tempo atrás eu planejei realizar um exame público, e por mais que eu tenha planejado tudo antecipadamente, tudo deu errado. Em primeiro lugar, justamente no dia do exame eu tive uma emergência familiar, o que me fez perder boa parte do dia, saindo de casa meia-hora além do previsto. Ainda com enorme probabilidade de chegar a tempo, comecei minha viagem pela estação do Trem, onde fui informado, depois de já ter embarcado e ver o trem parar no meio da estrada de ferro, que haveria um atraso de 30 minutos devido uma ‘manutenção’. Adiantado como estava, ainda consegui descer na estação Barra Funda, conforme indicado no Comprovante de Inscrição, uns 15 minutos do prazo. Foi aqui que aconteceu o impensável: ao pedir informações sobre o local, sou informado por um taxista que o mesmo não era na Barra Funda, e que eu deveria ter descido uma estação atrás!
“Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois desvanece. Em lugar do que deveis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” – Tiago 4.13-15.

Que são os nossos planos? São como o vapor, assim como a nossa vida, por um breve tempo dá seu discurso, mas, em breve, pode deixar de existir. Os planos de Deus são justamente o oposto disso! Enquanto que a vontade do homem, como ir a uma cidade, está subjugada ao plano de Deus; os planos de Deus não estão subjugados a nada mais, a não ser a Si mesmo! A diferença é abismal!

Todas as variantes, todos os eventos da vida, todos os acidentes, todos os acertos, tudo isso é controlado pela vontade de Deus. Se isso incomoda os humanistas defensores da autonomia humana, não é problema do crente bíblico; eles que se entendam com as Escrituras.
“Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.  Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú” – Romanos 9.6-13.

Pense, livre dos preconceitos humanistas e arminianos, em todos os eventos que levaram Jacó a se tornar o filho da promessa, contrariando a ordem natural das coisas: mentiras, intrigas, roubos... Tudo isso existindo para culminar nos resultado final que Deus estabeleceu. Quando ao motivo que levou a Deus a usar meios tão ofensivos para atingir seu plano é um ministério no qual não ouso penetrar; contudo, mesmo tendo Deus eleito Jacó em meio a tantos desvios morais, ainda encontramos uma multidão que pretende condicionada aos méritos humanos, vamos imaginar o que aconteceria caso tivesse preferido um jovem bonzinho; apenas imagine...
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” – Romanos 8.28.

É impossível ler esta passagem, no contexto de um evangelho humanista como o de hoje, sem pensar em quantos cristãos realmente acreditam nelas. Neste versículo encontramos a impossibilidade humana de controlar os eventos de sua vida, e ao mesmo tempo, o fato de que Deus controla cada um deles.

A infabilidade dos planos de Deus, em todas as áreas, como é evidente, é atestada em cada porção das Escrituras Sagradas:
“Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” – II Timóteo 1.8-11.

Conforme bem demonstra Piper, algumas verdades sobre os planos de Deus se destacam neste texto.
  • O plano de Deus é eterno: “antes dos tempos dos séculos”. Portanto, não tem origem e nem depende de qualquer outra coisa. É eterno!

  • O plano de Deus está associado a Sua Graça: “não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça”. Em outras palavras, meu querido leitor, significa que Deus elaborou um plano para exercer Sua Graça, e não para “testar” a humanidade. Deus não está testando os homens, ele está salvando um povo eleito!

Como o homem poderia interferir neste processo? De modo nenhum, absolutamente. O plano de Deus simplesmente é, e sempre será.
“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” – Apocalipse 13.8.

Segundo o pastor Silas Malafaia, esta passagem comprovaria sua tese de que não existe eleição individual, mas apenas um ‘grande plano’, falível, no qual Deus pretende salvar cada indivíduo da raça humana: “Quando a Bíblia diz que Jesus foi morto antes da fundação do mundo, não está querendo dizer, na essência da palavra, que ele morreu antes da fundação do mundo. Por que? Jesus morreu aproximadamente há 2.000 atrás. O que a Bíblia está querendo dizer nessa passagem é que havia um plano preparado antes da fundação do mundo para salvar o homem do inferno”.

É óbvio que João não está dizendo que Jesus morreu antes da fundação do mundo. Mas, o que ele quer dizer, então. Sim, como diz o Silas, ele quer dizer que Deus já havia planejado toda a Obra Redentora de Cristo. Até aqui tudo está bem com as afirmações óbvias de Malafaia. O problema é usar isso para demonstrar que o plano da Redenção depende dos caprichos humanos, quando a doutrina do versículo está tentando demonstrar justamente o contrário!

Leia atentamente a passagem paralela de I Pedro 1.19-20: “Mas como o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós!”.

Deus planejou, e conheceu, toda a obra da Redenção que naqueles dias estava sendo revelada perante os olhos dos crentes em Jesus. Para Deus não havia nenhuma novidade naquilo, nenhuma variação do plano original, nenhum imprevisto, nenhuma falha, nenhum insucesso – Ele planejou e conheceu, ou seja tornou real desde a eternidade, os fins e os meios da Redenção.

Se for verdade, como diz Silas, que a expressão ‘antes da fundação do mundo’ signifique apenas que Deus tinha um plano geral para humanidade, mas não estabelecido o resultado final do mesmo, em cada uma de suas variantes, então, a conclusão óbvia é que também a morte de Cristo esteve sujeita aos desmandos humanos!

Porém, não é o que a Bíblia está dizendo. Ele diz apenas que para Deus o resultado já era real, mas, pelos motivos óbvios, nós apenas o vemos, experimentalmente, sua realidade atual, em nós. Para Deus, Jesus foi morto desde a fundação do mundo. Não era simples plano, mero projeto. Era uma realidade. Para Deus, os crentes foram salvos desde a fundação do mundo, a ponto de Paulo afirmar que cada um deles já foram “glorificados” (!) – não é um simples plano, projeto ou meta no coração de Deus; trata-se de uma realidade. Podemos ter certeza da vida eterna, assim como temos da morte de Cristo! Para Deus é mais que um plano, é a realidade!

“E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8.30). Foi o crente justificado por Cristo? A resposta não deveria demorar mais que um instante. Pois bem, o ensino de Paulo é que todos os que foram justificados por Cristo, foram igualmente GLORIFICADOS! Sabemos que, experimentalmente, a glorificação é futura, quando da Segunda Vinda de Cristo; porém, para Deus, ela já é real – tão real quanto a nossa justificação.

Não é por menos que Paulo se exulta com as conseqüências práticas, e claras, dessa doutrina maravilhosa:

“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”.
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor!” – Romanos 8.31-39.

Sendo que o próprio Deus, o único capaz de julgar e condenar os homens, o único legitimamente ofendido e no direito de exigir retratação, já ofereceu todo o perdão necessário, entreguando-se a si mesmo na Cruz, levando sobre si as nossas ofensas, padecendo em seu corpo o juízo que era nosso, e ainda vive a interceder ininterruptamente por nós, o que mais, ou quem mais, poderia interferir no GRANDIOSO PLANO DE DEUS?

Segundo a Bíblia, o Plano de Deus é eterno:
“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” – Isaías 46.9 (2Tm 1.9; Sl 33.11; Is 37.26; Jr 31.3; Mt 25.34; 1 Pe 1.20; Sl 139.16; 2 Ts 2.13; At 15.17,18).

Segundo a Bíblia, o Plano de Deus é imutável:
“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” – Isaías 46.9 (Is 14.24,27; Is 46.10,11; Nm 23.19; Ml 3.6).

Segundo a Bíblia, o Plano de Deus é inclui as escolhas que os homens farão:
“Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” – Atos 2.22,23. “Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condena-lo-ão à morte. E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará” – Mateus 20.18,19. “E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído” – Lucas 22.22 (compare ainda Dn 2.28 e João 6.64).

Segundo a Bíblia, o Plano de Deus abraça os menores eventos da história:
“A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a disposição dela” – Provérbios 16.33. “Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai!” – Mateus 10.29 (Jn 1.7; At 1.24,26; Mc 14.30; 1 Rs 22.28-34).

Segundo a Bíblia, o Plano de Deus inclui até mesmo os atos pecaminosos os homens (!):
“Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito” – Gênesis 45.7,8. “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças; para que saiba que desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor, faço todas as coisas!” – Isaías 45.5-7. “Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá algum mal na cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” – Amós 3.6.

Fiquem com Deus, e até o próximo artigo; no qual continuaremos analisando as inconsistências do arminianismo nas palavras do Pastor Silas Malafaia.

Graça e Paz!

5 comentários :

  1. Olá, irmão!
    Como estou estudando sobre se há ou não a predestinação, gostaria que você me responsesse uma pergunta. Como um Deus, totalmente Amor, que criou, sustenta e dirige tudo, seria capaz de criar - fazer nascer - uma pessoa, com um propósito único de sofrer eternamente? A um ele predestinou para a vida eterna de alegrias na eternidade, a outro, sem que este escolha seu destino, com o mesmo "amor", Deus o escolheu para o tormento eterno?
    E como fica o Julgamento? Como alguém pode ser condenado ao inferno só porque, simplesmente, fora predestinado, para isto?
    E onde entra o Deus de Amor nesta história?
    Gostaria de conhecer melhor sobre este assunto e este foi um dos melhores artigos que pude ler na internet. Por favor, se puder me responda aqui, ou no meu e-mail...Um grande abraço!

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  2. O grande problema dos calvinistas é que não conseguem compreender que para Deus não existe futuro, ou pelo menos não demonstram perceber, pois se o irmão continuasse o texto citado citado pelo querido, veriamos claramente a presciencia de Deus:

    "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

    Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

    E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.
    Romanos 8:28-30"

    verso 28 diz: "os que dantes conheceu". Paulo é claricimo ao falar sobre um conhecimento antecipado acerca dos eleitos e isso é presciência. Logo, não podemos dizer que o plano de Deus está preso à vontade humana, mas o plano foi projetado para aqueles que por antecipação o Deus onisciente verificou que aceitaria quando sua graça fosse manifestada.

    O irmão não pode também dizer que os arminianos são motivados pelo humanismo, por que a palavra de Deus ensina que ele é justo e a própria eleição incondicional pregada pelos calvinistas já é uma ofensa ao Deus justo. Os calvinistas fazem um interpretação letrista da biblia e depois querem explicar muito mal explicada a doutrina da eleição.

    outro dia vi um calvinista ensinando que o texto de joão 15: 16 falava sobre salvação.

    "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda."

    Isso é um absurdo que machuca a hermeneutica. Esse camarada nem sequer tinha noção contexto em que Jesus falava, pois a conversa começa no capitulo 13 e se estende até o capitulo 17 e nem ao menos tinha noção de que do cap. 13 ao 17, jesus estava em uma sala ou lugar reservado com seus discipulos dando instruções.

    quando Jesus que não foram os discipulos que escolheram Ele, mas Ele que escolheu os discipulos, Jesus falava do chamado ao discipulado, chamado para a pregação e propagação da sua mensagem. A prova é tão grande que na continuação do versiculo Jesus explica o objetivo da escolha que era o apostolado.

    "e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;"

    Os calvinistas não interpretam a biblia corretamente, pois se forem para o grego, poderam verificar que não existe eleição incondicional, mas presciencia divina.

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