[Sexualidade Cristã]: Não somos mais diferentes do mundo!


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Marcelo Lemos

O pessoal do Genizah, do qual tenho a honra de participar ligeiramente, fez uma enorme pesquisa sobre Sexualidade Cristã. Os números que falam da sexualidade dos cristãos casados são impressionantes, e mostram que a o discurso da Igreja Evangélica Brasileira é absolutamente irrelevante.

Você ainda se lembra do tempo em que a Igreja podia dizer que era diferente do mundo? Que éramos mais éticos e puros, especialmente na sexualidade? Lamento informar, mas, segundo a pesquisa do Genizah, tais dias ficaram para trás.  A pesquisa foi liberada para a equipe do Genizah – e mais alguns lideres – já há alguns dias, mas está sendo lançada publicamente agora, sendo que hoje, 23 de Maio de 2011, enquanto escrevo este texto, está sendo o tema do Papo de Graça, com o Reverendo Cáio Fábio.

Não vou falar de números, até para te incentivar a verificar a pesquisa por si mesmo; mas quero apenas fazer menção nominal de algumas constatações da pesquisa.


1. Não somos mais puros sexualmente que os nãos evangélicos. Segundo a pesquisa, a média de adultérios entre os cristãos é praticamente a mesma encontrada pelo Ministério da Saúde na população em geral.

2. Não somos mais puros entre nós mesmos. Batistas, Presbiterianos, Pentecostais e Neopentecostais estão praticamente empatados na pecaminosidade. Pentecostal é mais santo que os Reformados? Não! E os reformados, são mais santos que os pentecostais? Pouca coisa; e isso nos coloca todos no mesmo barco.

3.   Não somos mais puros no manejo da internet. Bem, eu não queria citar números, mas aqui vai um: se somados casados e adolescentes 50% das casas evangélicas estão dominadas pela pornografia virtual.

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O quadro é triste. Por um lado, temos um discurso moralista poderoso, recheado de legalismos. Veja as perguntas que esta semana estamos colocando na nossa enquete. Na maioria dos casos a ideia é que não podemos fumar, beber álcool, ir a cinema ou ouvir Chitãozinho e Xororó. Para onde esse discurso está nos levando? A lugar nenhum. É irrelevante. Tem também aqueles, mais neopentecostais, que praticam todo tipo de “ritual mágico” para melhorar a vida, inclusive a moral cristã, e nem por isso conseguem resultados melhores. De que nos tem servido os mapeamentos espirituais? E as quebras de maldições? Tudo isso tem servido apenas para dar poder aos já poderosos, e engordar contas bancárias.


A Bíblia explica isso. O legalismo, o Doutor Fariseu que ronda cada um de nós é absolutamente incapaz de nos fazer mais santos. “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêssemos no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrina dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum contra a sensualidade, senão para a satisfação da carne” (Colossenses 2.20-23). Não são de “valor algum contra a sensualidade”; mas nós insistimos em nossas listas infinitas de regras e mandamentos humanos.

A Bíblia também apresenta o remédio: a pregação da simplicidade do Evangelho. Mas, quem deseja essa simplicidade?  

Outro dado interessante, e que voltarei a ele num artigo futuro, é que a vida sexual dos cristãos é excessivamente paradoxal: é muito numericamente e fraca em qualidade. E o pior, os cristãos não veem em seus pastores conselheiros confiáveis sobre assuntos ligados a sexo. Falaremos sobre isso em outro artigo. 

7 comentários :

  1. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Irmão Marcelo, estimo seus comentários e aprecio as suas considerações sobre a sexualidade, no entanto, não posso deixar de alertá-lo quanto a ter cuidado sobre o "liberalismo" ético. vi, no twitter outro dia, uma "brincadeira" chamada: "Mania de crente". E vi vários pecados, como a própria pirataria (que sonega o imposto do produto original - Mt: 22.21), o "colar na escola" (que é um falso testemunho - Ex: 20.16) e o apoio à músicas, filmes ou qualquer recurso audio-visual que contamine a mente, insensibilizando ao pecado e não dando glória à Deus (como proibido pelo próprio apóstolo Paulo - Fp: 4.8 / 1 Co: 10.31)serem considerados normais e sem problema algum. Eu mesmo já enfrentei muitos problemas no instituto bíblico onde estudei por causa de um tal jogo que dissemina à violência chamado "Counter-Strike" e aconselhei muitos a abandonar o "lazer" neste tipo de jogatina.

    Penso que devemos considerar muitas destas "ordenanças humanas" e averiguá-las, à luz das ESCRITURAS, para considerarmos se, de fato, são "preceitos e doutrina dos homens".

    Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza a uma satisfatória compreensão da vida cristã normal!

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  2. Aprecio isso, mas creio que sonegar imposto não é comparavel a jogar "Deus da Guerra", por exemplo - se bem é que comparavel a ouvir musicas que promovam a sensualidade.

    Abraços.

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  3. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Irmão Marcelo: Jogar "deus da guerra" (Uma proposta clara de dissumulação à violência e uso de um mito idólatra para ganhos financeiros) não é comparável a sonegar imposto?

    "Em tudo o que vos tenho dito, andai apercebidos. Do nome de outros deuses nem fareis menção; nunca se ouça da vossa boca o nome deles [...] Esforçai-vos, pois, para guardar e cumprir tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés, para que dela não vos desvieis nem para a direita nem para a esquerda; para que não vos mistureis com estas nações que ainda restam entre vós; e dos nomes de seus deuses >>NÃO FAÇAIS MENÇÃO<<, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem a eles vos inclineis." (Ex: 23.13 / Js: 23.6-7)

    Sabemos, claro, que Deus não estava decretando o fim da apologética (Já que num debate é quase impossível não se usar o nome de "outros deuses"). Então, considerando o princípio da Lei De Deus (que era ensinar o povo de Deus um viver santo), devemos considerar a ordenança acima como um alerta: "Vocês são o MEU povo e não devem, jamais, pensar em brincar ou utilizar do nome de outros deuses como coisa amena ou de modo inofencivo".

    Por isso, continuo exortando a todos os crentes que averiguem, à luz das ESCRITURAS, os meios de lazer que se utilizam em suas horas vagas: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, seja isso o que ocupe >>O VOSSO PENSAMENTO<<. (Impossível a execução de tal tarefa após uma jogatina de GOD OF WAR, ou BATLEFIELD, ou PLAYBOY THE MANSION).

    Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza a uma clara e reverente distinção entre o puro e o profano.

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  4. irmão Luiz Felipe;

    Novamente agradeço sua intervenção. Serei sempre grato por sua intervenção, por exemplo, no meu artigo sobre o Dízimo. Foi Deus falando comigo ali. Por isso é até uma segurança saber que os leitores não apenas podem, como sabem interferir com ponderações sobre o que publicamos. Sem demagogia, creia-me. Apenas que nosso deseja é não deixar de anunciar todo o conselho de Deus.

    Honestamente acredito que os pontos que o irmão levantou sobre a ética cristã mereceriam pequenos ensaios, (e caso o irmão queira, e tenha tempo, claro) poderíamos fazer algo do tipo. Creio que nos permitiria aprofundar melhor a questão, e ser mais útil aqueles leitores que não ficam acompanhando os comentários.

    Aqui algumas considerações que faço sobre os dois pilares do seu argumento: a violência e a mitologia. Acredito que há filmes e jogos onde a violência é gratuita. Acho que em GTA aconteça isso, inclusive com a glamourização do crime, ou coisa assim. Em outros casos, jogos e filmes de guerra, por exemplo, não acontece isso (a violência pode até representar a o juízo de Deus). Mas, e se surge um ser mitológico? Aqui a questão é mais complexa. Eu resumira, devido o espaço, assim: os seres mitológicos que se permitem colocar em tais jogos foram transformados em piada pelo Cristianismo. São seres vencidos, e estão nos jogos justamente por isso (porque ninguém acredita mais neles). Acredito que quando Yemanhá, por exemplo, for transformada em jogos de XBOX, significará que todas as pretensões loucas de seus seguidores foram transformadas em nada pelo Cristianismo.

    Acredito que agente possa aprofundar bastante esses temas.

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  5. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Muito bom o o esclarecimento sobre os "seres mitológicos". Concordo com a distinção e, por isso, continuo sustentando o princípio ensinado por Ex: 23.13 / Js: 23.6-7. Os filmes realmente vislumbram um acontecimento, pelo menos nos casos da Guerra, daí podermos considerar alguns deles como viáveis para o crescimento espiritual (FP: 4.8). Agora, os jogos, por quê razão um filho santificado de Deus teria prazer de "brincar de matar" (Lembro-me que, certa vez um irmão defendendo Couter-Strike, utilizou-se do argumento de que na BÍBLIA existiam guerras e eu respondi: "Comece então a fazê-las. Pegue uma arma e faça a "JIHAD GOSPEL"... isso para mostrar a ele que as guerras da Bíblia eram demonstrações claras do Julgamento Divino e não meio de lazer dos israelitas, como o são os jogos. Eles não brincavam de matar... matavam de verdade!) Se, podemos brincar de matar, deveríamos também brincar de mentir (TRUCO), brincar de fazer sexo (PLAYBOY THE MANSION), e por aí vai... é tudo brincadeira.\

    A conclusão que eu chego amado irmão, é que a nossa era sai de um extremo e entrou em outro. Nossos pais cristãos foram conhecido por sua rigorosidade farisaica e, nós, partimos para o liberalismo antinomiano... Para a igreja do passado TUDO ERA PECADO, para a igreja moderna SÓ SEXO É PECADO (O famoso jargão: "fiilme pornô não pode assistir", mas e "O TROCO" [uma declaração clara de vingança], PODE???)... o resto tá liberado.

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  6. Irmão Marcelo, a minha visão de vida cristã foi radicalmente modificada após estudar profundamente o verdadeiro conceito de Santidade. E isso, em parte, eu devo aos irmãos puritanos, mas principalmente, ao estudo do livro de Levítico (Um dos livros mais negligenciados pela igreja cristão moderna, se não O MAIS). O foco do dito livro é SANTIDADE e, como "TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS... E ÚTIL" este livro me fez ver a santidade com os olhos de Deus, e não os meus! Se o irmão quiser, posso compartilhar, periodicamente, as considerações que eu fiz do Livro aqui no Blog.

    Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza sempre à verdadeira Santificação!

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  7. Luiz Felipe; irmão eu ficaria muito honrado em publicar suas reflexões sobre Levítico. Entre em contado. Envie seu e-mail pela página de contato.

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