Conselhos para o Santo Sábado

Título Original: "A melhor atividade entre os Domingos". no Bom Caminho.

chs008.jpg (9K) - Oração
C.H. Spurgeon

Imagino que na maioria dos lugares se faz reunião de oração numa noite da semana. Se querem que, como vocês, os membros da vossa igreja sejam conquistadores de almas para Cristo, façam tudo que puderem para manter as reuniões de oração. Não sejam como certos ministros dos subúrbios londrinos que alegam que não conseguem fazer os crentes assistirem a reunião de oração, e numa outra noite, a reunião de estudo da Bíblia; e assim fazem uma só reunião para oração, na qual incluem uma breve pregação. Outro dia, um obreiro preguiçoso disse que o estudo bíblico dá quase tanto trabalho quanto um sermão. Assim, ele faz uma reunião de oração e inclui nela uma palestra. Daí resulta que a reunião não é nem uma coisa nem outra; nem carne nem peixe. Logo a, suprimirá de uma vez, porque está convencido que não é boa - e eu estou certo de que os crentes têm também esta opinião. Depois disso, por que não há de suprimir também um dos cultos dominicais? O mesmo raciocínio sobre o trabalho do meio da semana pode ser aplicado ao do domingo.

Hoje mesmo li num jornal americano o seguinte: "Comenta-se de novo o bem conhecido fato de que na igreja de Spurgeon, em Londres, um domingo de noite em cada três meses, os ouvintes habituais se ausentam para ceder o local aos estranhos. "É excluída a jactância" inglesa neste ponto. Nosso cristianismo americano é de tão nobre classe que numerosos grupos de crentes de nossas igrejas cedem os seus lugares todos os domingos à noite, o ano inteiro, aos estranhos"! Oxalá não suceda isso com os membros das vossas igrejas, quer nos cultos de domingo, quer nas reuniões de oração.


Em vosso lugar, eu faria da reunião de oração uma característica distintiva do meu ministério. Façam o possível para que ela seja tal que não haja outra igual num raio de sete mil quilômetros. Não sejam como muitos que vão à reunião de oração para dizer qualquer coisa que lhes ocorra no momento. Façam o melhor que puderem para tornar a reunião interessante a quantos compareçam. E não hesitem em dizer ao caro senhor Linguaraz que, Deus vos ajudando, ele não irá fazer oração de vinte e cinco minutos. Peçam-lhe encarecidamente que a abrevie, e se não atender, interrompam-no. Se um homem entrasse em minha casa querendo cortar a garganta da minha esposa, procuraria dissuadí-lo do seu erro e depois o impediria de fato de fazer qualquer mal a ela. Amo a igreja quase tanto como a minha querida esposa. Deste modo, se alguém fizer oração comprida, que vá orar em qualquer outro lugar, não porém numa reunião que eu esteja dirigindo. Se alguém não puder orar em público sem ultrapassar um espaço de tempo razoável, digam-lhe que termine em casa sua oração. E se os participantes parecem estar entorpecidos e desanimados, façam-nos cantar hinos populares. Depois, quando já os estejam cantando de cor, façam-nos retornar ao hinário da igreja.

Mantenham a reunião de oração, ainda que tudo mais fraqueje. Este é o grande empreendimento da semana, a melhor atividade realizada entre os domingos. Assegurem-se de que seja mesmo. Se virem que os crentes não podem freqüentar a reunião à noite, procurem fazê-Ia num horário em que possam vir. Numa região rural, poderiam ter uma boa reunião às quatro e meia ou cinco da manhã. Por que não? Conseguirão mais gente às cinco da manhã do que às cinco da tarde. Creio que uma reunião de oração às seis da manhã para agricultores atrairia muitos. Entrariam por um pouco, teriam algumas palavras de oração, e ficariam contentes com a oportunidade. Também poderiam ter uma reunião à meia noite. Encontrariam gente que não estaria lá em nenhuma outra hora.


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Façam-na à uma hora, às duas, às três, a qualquer hora do dia ou da noite, de sorte que, de uma forma ou de outra, façam as pessoas irem orar. E se não puderem induzí-Ias a freqüentarem as reuniões, vão às suas casas e digam-Ihes: "Vou fazer uma reunião de oração em tua sala de visitas". "Meu caro, minha mulher ficará daquele jeito!" "Não, não. Diga-lhe que não se apoquente, pois, podemos usar a cocheira; ou o jardim, ou quatquer outro canto mas temos que fazer uma reunião de oração aqui. Se não vêm à reunião, temos que ir a eles. Imaginem como seria se cinqüenta de nós fôssemos à rua para fazer uma reunião de oração ao ar livre! Bem, há muitas coisas piores do que isso. Recordem como as mulheres da América lutaram contra os traficantes de bebidas alcoólicas, quando se empenharam em oração até que eles deixassem de praticar o contrabando. Se não podemos despertar as pessoas sem fazer coisas incomuns, pois bem, em nome de tudo que é bom e nobre façamos coisas incomuns. Mas, de algum modo temos que manter vivas as reuniões de oração, pois elas estão ligadas à verdadeira fonte de poder com Deus e com os homens.


2 comentários :

  1. A Palavra de Deus refere como "Santo Sábado" o 7º Dia(Isaias 58:13) e não o 1º. Portanto, realmente é preciso que responda esta pergunta da forma de Jesus(Mat.4:4) e não do jeito do diabo (Gen. 3:1-Mat.4:5,6).Vamos a pergunta: Se a Palavra de Deus (Isaias 58:13,14) declara o 7ºDia (Sábado)como Dia do Senhor e o mesmo Deus declara que Ele não muda(Mal.3:6-Tiago 1:17-Heb.6:18-13:8), onde está escrito na Palavra de Deus que Ele mudou o Dia do Senhor do Sábado do 7º dia para o 1º dia o domingo ou quando Ele fez esta mudança? E, se Deus não mudou quem fez e com qual autoridade?
    Quero lembrar que:
    -“A Lei de Deus é uma Lei divina, santa, celestial, perfeita… Não há um Mandamento a mais; não há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido à existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo”. Sermão 18 Vol. II, pg. 280.
    Autor: João Calvino em seu Comentary on a Hermony of Gospel Vol. I pg. 277 sobre Mat.5:17 e Lucas 16:17:
    E, em seus Institutes, ii. 7 seção 15 Calvino escreveu: “A Lei não sofreu nenhuma diminuição de sua autoridade, mas deve receber de nossa parte sempre o mesmo respeito e obediência”.

    -“A Lei moral, contida nos Dez Mandamentos e encarecida pelos profetas, Cristo não aboliu. Ela é uma Lei que jamais poderá ser destruída, que permanece firme como fiel testemunha do Céu”.
    “ Entre os mais acérrimos inimigos do evangelho de Cristo, estão os que… ensinam os homens a destruir…não apenas um dos menores ou maiores Mandamentos, mas todos eles, de uma só vez.. Estes honra a Cristo exatamente como o fez Judas, quando disse: ‘Eu Te saúdo, Mestre, e O beijou’…Não é outra coisa senão traí-lo com um beijo, falar de Seu sangue e arrancar-lhe a coroa; considerar levianamente qualquer parte de Sua lei, sob o pretexto de fazer avançar o evangelho”
    Wesley, Sermão 25
    Isaías 14:27: “Pois o Senhor dos exércitos o determinou, e quem o invalidará?
    Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

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  2. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Sr. Osmar, você poderia acessar esta página e companhar o debate que estamos tendo sobre este assunto.

    http://escravosdecristo.blogspot.com/2011/06/debate-com-adventista-indice.html

    Irmão Marcelo, muito bom artigo. Principalmente a frase final: "Mas, de algum modo temos que manter vivas as reuniões de oração, pois elas estão ligadas à verdadeira fonte de poder com Deus e com os homens."

    Que o ESPÍRITO SANTO nos leve à apreciação reverente desta "fonte de poder" em nossas igrejas!

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