Adventismo na Mira...


Rev. Marcelo Lemos

Muitos irmãos ficam surpresos quando descobrem minha posição sobre os grupos adventistas (do sétimo dia, da promessa, etc). Na verdade, eu fico surpreso com a posição deles. A minha posição é que o Adventismo não é uma crença cristã, antes é formado por seitas que ameaçam a pureza do Evangelho, e autoridade das Escrituras. Mas nem todos pensam assim, para minha surpresa – ou nem tanto!

Eu já tentei considerar os adventistas irmãos em Cristo. Tentei por muito tempo, especialmente depois de conversar com pensadores valorosos do lado de lá. Eles me apresentaram uma visão diferente da que eu tinha sobre o Adventismo: uma tradição centrada na autoridade suprema das Escrituras, que valoriza a Lei de Deus, e respeita as demais tradições cristãs. Eu acreditei nisso por um tempo, e depus minhas armas. Rasguei minha bandeira branca por força da Verdade. Sei que alguns me considerarão um radical, e que os adventistas me acusaram de falsificar seu ensino, mas tentarei expor aqui com a maior objetividade as minhas razões.


Uma das minhas objeções ao Adventismo é ter ele sido fundamentado sobre profecias contemporâneas, especialmente as da Sra. Ellen G. White. Os adventistas se defendem, alegando que isso é uma falsificação da história. O pastor adventista Moisés Mattos, escreve: Pessoas piedosas estudaram profundamente as Escrituras e chegaram às conclusões sobre pontos doutrinários. Ellen com suas visões apenas confirmou ou retificou o que já se havia estudado” (1). Alejandro Bullón, um dos mais conceituados evangelistas no adventismo contemporâneo vai ainda mais longe: “Então, eu acredito em que ela se encaixa dentro das características de um profeta verdadeiro. Agora, daí a dizer que a igreja adventista segue ela, não. Que a igreja adventista construiu alguma doutrina baseada nos escritos dela, não! Se ela não tivesse existido, se ela não tivesse escrito algum documento, em nenhum papel, a igreja adventista continuaria crendo nas mesmas coisas em que crê, porque todos os fundamentos de fé da igreja adventista são tirados unicamente da Bíblia” (2).

Essa é uma inverdade muito bem contada pelos adventistas de nosso tempo, que talvez só perca para a falsa imagem de si que a religião muçulmana conseguiu fazer os ocidentais engolirem nas últimas décadas. Nos dois casos não há nada melhor que a História, assim, vamos dar uma olhada no histórico adventista. Mas antes vamos manter em mente os argumentos apresentados:

1) As doutrinas adventistas foram impostas pelo estudo diligente das Escrituras;

2) Os adventistas não seguem Ellen White, sua profeta;

3) As doutrinas adventistas existiriam mesmo sem Ellen White.

De fato, em sua declaração doutrinária, e em suas obras teológicas, os adventistas vão enfatizar o valor único das Sagradas Escrituras. E este é, inquestionavelmente, um ponto positivo. Outro ponto positivo é o grande valor que os adventistas atribuem a Lei de Deus, exemplo que poderia ser seguido pela maioria dos cristãos hoje que parece defende a tese antinomiana. Se existe uma verdade que os adventistas apregoam é esta: que a Lei e o Evangelho não se contrapõem (se eles ensinam a salvação pelas obras, e não exclusivamente pela fé, é tema para outro debate). Mas, voltando a questão da Suficiência da Escritura, cabe a nós investigarmos suas declarações mais a fundo, levando em consideração autores e órgãos adventistas autorizados.

No site oficial White State encontramos a seguinte declaração: “Os escritos de Ellen White não constituem substituto para a Bíblia. Eles não podem ser colocados no mesmo nível. As Sagradas Escrituras ocupam posição única, é o único padrão pelo qual todos os outros escritos – incluindo ela – devem ser julgados, e ao qual devem estar subordinados” (3). Eis uma declaração profundamente bíblica e, também, reformada. Eu mesmo poderia dizer o mesmo sobre os escritos de Calvino, Lutero, ou mesmo sobre os 39 Artigos da Religião ou sobre o Livro de Oração Comum, que como anglicano aceito como norma doutrinária e litúrgica. O problema é que a declaração adventista não termina aqui, ela está apenas começando. A continuação diz a respeito da função de Ellen White, e usando as palavras de sua própria profeta: Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos”. São palavras encontradas ainda hoje no mais famoso livro adventista, O Grande Conflito, de Ellen White.

Antes de analisarmos se há alguma problema com a segunda declaração do site oficial de Ellen White, vamos analisar se declarações como as de Bullón podem ser aceitas como verdadeiras. Segundo o evangelista do adventismo a Igreja Adventista não segue a Sra. White, nem precisou jamais dela para existir. No entanto, a Sra.White declara que sua função para a igreja dos últimos dias é “contínua presença e direção do Espírito”, e “para aclarar... iluminar e aplicar os seus ensinos”. Não estou dizendo que Bullón esteja conscientemente engajado na tarefa de limpar a imagem adventista, talvez ele mesmo tenha sido enganado, contudo, o que ele diz sobre o adventismo não passa de engano. O mesmo pode valer para muitos amigos adventistas que tive o prazer de cultivar ao longo dos anos. Eles me dizem que os escritos da Sra. White tem o mesmo peso para eles que os escritos de Calvino, Bucer e Crammer tem para mim. Mas não é verdade. Calvino, Bucer e Crammer foram grandes teólogos, e nada além disso. Os adventistas não podem dizer o mesmo sobre sua profeta.

Ainda mais interessante é uma declaração encontrada no livro Nisto Cremos, publicação oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em sua página 291, que introduz um capítulo chamado “O Espírito de Profecia”, ou seja, o ministério profético da Sra. White. Compara as declarações de Bullón com que diz o livro adventista: “Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma característica da igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporciona conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência”.

Observem que nessa mesma declaração de fé onde se procura colocar a Escritura como estando acima de qualquer outro escrito (o que é positivo), também se enfatiza que:

1) O dom de Profecia foi dado como distintivo da Igreja Remanescente;

2) Esse dom de Profecia, distintivo da Igreja Remanescente, foi dado a Sra. White;

3) Ellen White é, portanto, continua e autorizada fonte de verdade, conforto, orientação, instrução e correção à Igreja.

Mas, o que isso significa? Pode ser que signifique algo menos grave do que estamos imaginando, não é mesmo? Para responder essa questão observe como este mesmo capítulo do Nisto Cremos descreve a função do “Espírito de Profecia” que foi dado a Ellen G. White: “As Escrituras declaram que o povo de Deus experimentará nos últimos dias das história terrestre a plenitude da ira do satânico poder do dragão... A fim de ajudá-los na sobrevivência em meio ao mais intenso conflito de todas as Eras, Deus, em sua amorável bondade, assegura a Seu povo que não o deixará sozinho. O testemunho de Jesus, o Espírito de Profecia, os guiará em segurança rumo ao objetivo final” (4).

Leiam novamente, degustando bem o significado dessa afirmação: “O testemunho de Jesus, o Espírito de Profecia, os guiará em segurança rumo ao objetivo final”. Quem guiará a Igreja até seu objetivo final? Os adventistas respondem que isso também será feito pelas profecias da Sra. White, isto é, também pelo Espírito de Profecia! Como aceitar a alegação de que eles, como os cristãos reformados, aceitam exclusivamente a autoridade das Escrituras? E ainda pior: como podem eles se consideraram legítimos herdeiros da Reforma, se negam um dos principais pilares pelos quais os reformadores estavam dispostos a morrer?

A propaganda atual do adventismo tem sido tão eficaz que muitos cristãos ainda podem estar titubeando sobre estes fatos. Ninguém está obrigado a chegar as mesmas conclusões que eu, se não está sinceramente convencido. Mas talvez eu posso ajudar os indecisos com mais uma citação da obra adventista Nisto Cremos. Logo depois de dizer que os escritos de Ellen White levará os adventistas em segurança para os braços de Cristo, o mesmo livro apresenta a seguinte ilustração: A vida cristã é como uma viagem de barco. Deus é o dono do barco, e deus aos passageiros uma manual perfeito para toda a viagem. Esse manual é a Bíblia Sagrada. Porém, quase no fim da viagem haverá uma grande turbulência, com muitos perigos e desafios mortais. Será que o manual é suficiente? Bem, caro leitor, citemos a ilustração em suas próprias palavras:

Para esta porção final da viagem – prossegue o autor – providenciei, o qual virá ao seu encontro e orientará completamente no tocante as circunstâncias e perigos dessa porção final da viagem. Atenda as suas orientações”.

Bem, meus caros, eu que sou um teólogo preconceituoso, e que aprendi que uma das diferenças entre a Teologia da Reforma e o ensino da Igreja de Roma reside justamente na ideia de que a Escritura é Suficiente, posso estar sendo injusto com o que os adventistas estão tentando nos dizer. É quase automático que minha mente seja invadida por uma pergunta como “Ora, mas o manual do barco não é Suficiente?”. Mas, não permitam que meu preconceito reformado tire conclusões precipitadas. Vamos continuar com a citação:

Mas alguns membros da tripulação erguem-se conta ele no momento em que ele oferece seus préstimos. 'Possuímos o manual original – dizem eles – e isso é suficiente!”.

Nossa! Sera que esses membros da tripulação já leram Calvino, ou algum outro Reformador? Será que são tão preconceituosos quanto eu? Agora fiquei curioso para saber como os adventistas respondem a tais navegantes, e vocês? Infelizmente a ilustração proposta finge não responder a questão, deixando o significado nas entrelinhas:

A partir deste momento, quem está realmente segundo o manual de orientações? Aqueles que rejeitam o piloto, ou aqueles que o aceitam, seguindo a orientação do manual? Julgue você mesmo”.

Em outras palavras, quem são aqueles que, de fato, seguem a Bíblia? Quem tem apenas a Bíblia como fonte de verdade, ou quem aceita a Bíblia mais as profecias da Sra. White? Eu julgo que são os primeiros. Os adventistas acreditam que são os segundos.

Acredito que aquilo que temos até aqui é mais que o suficiente para decidir o caso. Todavia, minhas conversas com adventistas vêm de loga data, e sei que outros argumentos podem ser utilizados – ainda que sem sucesso, do meu ponto de vista. Um deles é que as doutrinas adventistas nasceram do estudo diligente das Escrituras e não das visões da Sra. White. Recorde que este é o argumento do pastor adventista Moisés Mattos, que citamos no início deste artigo, junto com Bullón. Essa ideia é encontrada também no já citado Nisto Cremos:

Os fundadores da igreja desenvolveram suas crenças fundamentais através do estudo da Bíblia; não receberam tais doutrinas através das visões de Ellen White. Seu papel durante o desenvolvimento das doutrinas da igreja foi orientar a compreensão da Bíblia e confirmar as conclusões as quais se chegava através do estudo da Bíblia”.

A menos que eu tenha esquecido de tomar meu antidepressivo hoje, essa apologia adventista é uma auto-contradição. Primeiro se diz que os fundadores não receberam suas crenças através das visões de White, e logo em seguida temos a afirmação que suas visões orientaram e confirmaram suas conclusões!

Ora, se a primeira afirmação é verdadeira, a segunda é falsa, e vice-versa! Comparem essa afirmação irracional com o exemplo nos deixado pelos Reformadores: eles se dedicaram ao estudo das Escrituras, e muitas vezes divergiram entre si, mas nenhum deles jamais impôs sua visão alegando ter tido uma visão de Deus que “orientava e confirmava” seu ensino! A fé reformada foi sendo moldada através de várias confissões de fé onde o que importava era a exposição das Escrituras, o debate bíblico, e o respeito com quem pensava diferente em questões secundárias. Até mesmo a Confissão de Fé de Westminster, talvez a mais rígida de todas, valorizou esse debate bíblico, como vocês podem ler em “Diversidade: Diferentes Culturas, Uma Igreja”, um artigo escrito pelo bispo anglicano Josep Rossello.

Quando um adventista diz que sua igreja não baseia seus ensino nas visões de Ellen G. White ele está, ainda que desavidamente, mentindo! A própria profetiza reconhece que havia divergências entre os seguidores do adventismo, e que suas profecias colocavam fim às controvérsias. Ou seja, se alguém dizia: “Irmãos, acho que a Bíblia está dizendo algo diferente...”, a profetiza vinha para colocar fim a discórdia: “Ao contrário, é justamente isso que a Bíblia diz, pois Deus me deu uma visão confirmando essa interpretação”. Será que estou sendo muito radical ao interpretar o papel da profeta do adventismo?

Por exemplo, quando os tolos que seguiram o falso mestre Guilherme Miller, que deu origem a crença adventista sobre o Santuário, foram desapontados com seus cálculos errados sobre a data da Segunda Vinda, a saída foi retornarem ás suas antigas congregações, em sua maioria ortodoxas e fiéis as Escrituras. Mas nem todos se deram por vencidos. Muitos deles insistiram na data, e tentavam a todo custo compreender onde haviam errado nos cálculos, ou no significado dos ensinos de Miller. Não era uma tarefa fácil, de modo que eles se apegaram a uma valiosa muleta: as visões da Sra. White. E não sou eu quem afirma isso, mas ela própria.

Muitos de nosso povo não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. Meu esposo, o Pastor José Bates, o Pai Pierce, o Pastor [Hiram] Edson, e outros que eram inteligentes, nobres e verdadeiros, achavam-se entre os que, expirado o tempo em 1844, buscavam a verdade como a tesouros escondidos. Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder. Quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: "Nada mais podemos fazer", o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando, com instruções quanto à maneira em que devíamos trabalhar e ensinar eficientemente. Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma cadeia de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera” (5).

Quem está mentindo sobre tais fatos? Os apologistas atuais do Adventismo, ou a Sra. White? Me recuso me deixar convencer com a história de que eles valorizam os escritos da Sra. White na mesma medida que nós, anglicanos por exemplo, valorizamos o Livro de Oração Comum. Nada mais enganoso.

Durante todo o tempo eu não podia compreender o arrazoamento dos irmãos. Minha mente estava por assim dizer fechada, não podia compreender o sentido das passagens que estudávamos. Esta foi uma das maiores tristezas de minha vida. Fiquei neste estado de espírito até que nos fossem tornados claros todos os pontos principais de nossa fé, em harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas” (Idem).

Esta mesma ideia é assumida no livro adventista “Cristo em Seu Santuário”, onde o autor, num capítulo com o sugestivo título A Verdade Estabelecida Pelo Testemunho do Espírito, afirma: “As visões dadas a Ellen White, conquanto não alcançando além do estudo da Bíblia, confirmavam a solidez da posição assumida de que uma importante fase do ministério de Cristo no santuário celestial tivera início em 22 de outubro de 1844. Gradualmente a largura e a profundidade do assunto abriram-se perante os crentes do advento. Olhando retrospectivamente à experiência nos últimos anos, ela relembrou seus estudos e as manifestas provas da mão guiadora de Deus”.

Os adventistas podem alegar que estudaram as Escrituras para criarem as doutrinas que criaram. Não vou questionar isso. Mas eles não podem negar que foi a Sra. White, que através de suas visões apontou quais das teorias deviam ou não serem aceitas. E isso implica, claro leitor, em ter duas fontes de autoridade: a Bíblia e Ellen G. White. Alguém ainda acha que exagero nas conclusões? Com a palavra a profetiza do advento – e eu espero que todo adventista que sinceramente deseja seguir apenas a Escritura como regra de fé, ao ler o que se segue, arrependa de seu erro e abandone a falsidade:

Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziam novas doutrinas. Nós estudávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade” (6)

Observem: as pessoas estavam estudando as Escrituras; elas procuram respostas na Bíblia. Mas, quem estava com a interpretação correta, afinal? Como decidir isso?

Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro.Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento” (idem).

Ellen White se alegra que a fé adventista se firmava sobre “um firme fundamento”. Como ela sabe disso? Simples: sua certeza, e a certeza de seus seguidores advinha do fato de que ela, como mensageira de Deus, tinha acesso a visões celestiais, que revelavam quais dos estudantes das Escrituras estava com a interpretação verdadeira! Aqui entre nós: assim era fácil vencer qualquer debate, né?

Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz sobre nós resplandecia em raios claros e distintos. Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantido por tantos anos” (idem).

Por qual razão ela e seus seguidores tinha certeza de suas novas doutrinas? Porque estudaram as Escrituras. Sim, fizeram isso também – mas não conseguiam se decidir!. Então, não só estudaram as Escrituras. A certeza vinha através das visões celestiais da Sra. White. Simples e claro. Uma história contada hoje pela pena da própria profetiza dos grupos adventistas.

Até mesmo sobre se deviam ou não restaurar a guarda do Sétimo Dia, a certeza veio a eles através das visões de sua profeta: “O santo sábado tinha aparência gloriosa - um halo de glória o circundava. Vi que o mandamento do sábado não fora pregado na cruz. Se tivesse sido, os outros nove mandamentos também o teriam, e estaríamos na liberdade de transgredi-los a todos, bem como o quarto mandamento. Vi que Deus não havia mudado o sábado, pois Ele jamais muda” (7).

Quanto alguns anos depois um homem identificado pelos adventistas apenas como “Pastor G” começou a questionar, usando as Escrituras, a doutrina adventista sobre o Santuário – heresia que podemos analisar em outro artigo – qual foi a resposta da organização adventista? Bem, a resposta veio através da pena da própria profeta, que jogou por terra todos os esforços do pregador.

Escrevendo particularmente a respeito do trabalho do "Pastor G" em minar a confiança na verdade do santuário, Ellen White pôs em destaque em 1905 o maléfico uso que ele fazia da evidência escriturística e da certeza de nossa compreensão da verdade do santuário. Eis o que ela disse:

Tenho estado a suplicar ao Senhor força e sabedoria para reproduzir os escritos das testemunhas que foram confirmadas na fé e na primitiva história da mensagem. Após a passagem do tempo em 1844, eles receberam a luz e andaram na luz, e quando os homens que pretendiam possuir novo esclarecimento vinham com suas maravilhosas mensagens acerca de vários pontos da Escritura, tínhamos, pela atuação do Espírito Santo, testemunhos bem definidos, que excluíam a influência de mensagens como as que o Pastor G tem devotado o tempo a apresentar. Esse pobre homem tem estado a trabalhar decididamente contra a verdade confirmada pelo Espírito Santo.

Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições...” (8).
Como esse pastor “G”, usando a evidência escriturística, era maléfico, a profetiza o colocou nos eixos citando a experiência mística pela qual, supostamente, Deus já havia decidido a questão para eles. Muito justo. A questão, novamente, estava decidida, a despeito das evidencias... há... escriturísticas!

Poderíamos escrever mais algumas páginas sobre este assunto, mas creio ser muito mais que o necessário para demonstrar a minha tese – que na verdade é a tese tradicional dos reformados e evangélicos. Infelizmente nos dias de hoje ser evangélico não significa quase nada, por culpa de uns e outros, e por isso, muitos evangélicos se deixam enganar por muitas fábulas. Lamento por eles. Mas eu espero que este breve artigo faça nossos irmãos evangélicos repensarem sua posição sobre os adventistas – aqueles que a mudaram, claro. Creio que a maioria dos evangélicos ainda valorizam a sã doutrina. E espero o mesmo de nós, cristãos reformados.

Em todo o caso, meu blog, o Olhar Reformado, deixará suas portas abertas para quem desejar questionar a interpretação que aqui damos sobre a crença adventista nos escritos da Sra. White. Querendo Deus, não nos faltará oportunidade para analisar outros pontos problemáticos nas crenças adventistas.
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(4) Nisto Cremos, 298.
(5) Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 206 e 207.
(6) Obreiros Evangélicos, págs. 302 e 303.
(7) Primeiros Escritos, págs. 32 e 33.
(8) Cristo Em Seu Santuário, pg. 16.



21 comentários :

  1. Bom dia Marcelo Lemos! Gostaria de fazer algumas considerações:
    A consulta de algumas fontes primárias básicas revela que, ao contrário do que nosso irmão afirmou, qualquer adventista que conhece a doutrina de sua denominação religiosa sabe que, mesmo crendo na inspiração de Ellen G. White, os adventistas não a colocam no mesmo grau de importância que a Bíblia. Vamos consultar os escritos da própria Ellen White para saber como é [ou deveria ser] a relação entre a Bíblia e seus escritos no meio adventista:
    Em 1885 ela foi bastante taxativa sobre a preeminência das Escrituras:
    “A Bíblia, e a Bíblia tão-só, deve ser nosso credo, o único laço de união [...] O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível [...] Ergamos o estandarte no qual está escrito: a Bíblia, nossa regra de fé e disciplina" [Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 416].
    Em 1889 ela comentou:
    “A Palavra de Deus é suficiente para iluminar a mente mais obscurecida, e pode ser compreendida pelos que têm qualquer desejo de compreendê-la [...]” [Ibidem].
    Já no ano de 1890 ela escreveu:
    “Não devem os testemunhos da irmã White ser postos na dianteira [se alguns adventistas têm feito isso é por conta própria]. A Palavra de Deus é a norma infalível. Não devem os Testemunhos [escritos dela] substituir a Palavra. Devem todos os crentes manifestar grande cautela ao expor cuidadosamente estes assuntos, e caleis sempre que houverdes dito o suficiente. Provem todos a própria atitude por meio das Escrituras e fundamentem pela Palavra de Deus revelada todo ponto que vindicam ser verdade” [Grifo nosso - Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007), p. 256].
    E, em 1894, ela afirmou:
    “Quanto mais examinarmos as promessas da Palavra de Deus, mais brilhantes ficam. Quanto mais as pusermos em prática mais profunda será nossa compreensão delas. Nossa atitude e crença têm por base a Bíblia. E nunca queremos que alma nenhuma faça prevalecer os Testemunhos sobre a Bíblia. [Ibidem].
    Já em seus dias, algumas pessoas tinham a tendência de dar aos escritos de Ellen White uma importância exagerada, o que a fez se posicionar totalmente contra essa atitude em diversas ocasiões. Se nosso irmão "reformado" tivesse lido pelo menos o capítulo 81 dos Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, intitulado “Natureza e influência dos testemunhos”, teria evitado, talvez um infeliz artigo como o que ele escreveu onde generaliza a todos os adventistas – bem como a igreja em sua representatividade oficial – como um movimento religioso que coloca os escritos de Ellen G. White no mesmo nível de importância que as Sagradas Escrituras.
    No referido capítulo da obra Testemunhos Para a Igreja é possível perceber que em 1876 a Sra. White repreende a um irmão chamado “J” (sua identidade foi preservada) quanto à sua atitude de “fazer parecer que a luz que Deus tem dado mediante os Testemunhos [escritos dela] é um acréscimo à Palavra de Deus”. Ela afirmou que tal postura é apresentar a questão “sob uma falsa luz” porque, entre outras coisas, “a Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido [...]”. [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 663]. Continua...

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  2. OS ADVENTISTAS NÃO CREEM EM DIFERENTES GRAUS DE INSPIRAÇÃO
    No livro Questões Sobre Doutrina os adventistas defendem um conceito único de inspiração, sem com isso colocar os escritos da Sra. White no mesmo patamar que as Escrituras. Por exemplo, na página 98 é esclarecido:
    “Nós, adventistas do sétimo dia, cremos uniformemente que o cânon da Escritura se encerrou com o livro do Apocalipse. Sustentamos que os demais escritos e ensinos, qualquer que seja a fonte de que provenham, têm que ser julgados pela Bíblia e subordinados a ela, que é a fonte e norma da fé cristã. Aferimos os escritos de Ellen G. White pela Bíblia, mas em sentido algum medimos a Bíblia pelos ensinos dela. [Questões Sobre Doutrina: o clássico mais polêmico da história do adventismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008), p. 98-103. Ed. Anotada por George R. Knight].
    Como conceito único de inspiração entendemos que tanto um profeta canônico (que possui livros na Bíblia) quanto não canônico (que não possui livros na Bíblia) possui o mesmo grau de inspiração porque o Espírito Santo não inspira uns mais do que outros. Ele inspira ou não inspira.
    Entre outros versos bíblicos, nos baseamos em 1 Crônicas 29:29 e 2 Samuel 12, por exemplo. No primeiro, percebemos os nomes de alguns profetas (cf. também 2Cr 8:29) que são considerados profetas mesmo não sendo canônicos: Natã e Gade. Já em 2 Samuel 12 vemos que Davi considerou Natã tão inspirado como os profetas canônicos, pois aceitou sua mensagem como vinda de Deus.
    Os adventistas classificam Ellen G. White como uma profetisa não canônica, possuindo o mesmo grau de inspiração que outros profetas, porém, sem ter seus escritos igualados com os escritos dos profetas canônicos, que, ao contrário dos escritos dela, são a norma infalível de fé e de aplicação universal [Questões Sobre Doutrina: o clássico mais polêmico da história do adventismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008), p. 98-103. Ed. Anotada por George R. Knight].
    Por tanto, não cremos em diferentes graus de inspiração. [...] Todavia, isso não significa que os adventistas dão o mesmo grau de importância à Bíblia e aos escritos de Ellen G. White. Uma coisa é ter o mesmo grau de inspiração; outra é ter a mesma importância ou função que o Livro Sagrado (ou servir de “acréscimo” a ele).
    Se nosso irmão "reformado" tivesse lido de fato a obra Nisto Cremos, não de forma tendenciosa como o fez, saberia que, para os adventistas do sétimo dia, “os escritos de Ellen G. White não constituem um substituto para a Bíblia” e que eles “não podem ser colocados no mesmo nível”. Ele teria visto que o mesmo livro, que apresenta as 28 crenças fundamentais e oficiais dos adventistas, afirma que “as Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos [de Ellen White] – ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual devem ser subordinados” [Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (org.). Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997), p. 305]. Continua...

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  3. Continuação...
    A leitura da obra Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética, disponível em língua portuguesa desde 1988, também teria se demonstrado bastante instrutiva e útil para a pesquisa do nosso irmão anti-adventista. Na página 157 vê-se que, mesmo os adventistas crendo que a qualidade da inspiração existente em Ellen White seja a mesma que a da Bíblia, de maneira alguma colocam seus escritos no mesmo nível de autoridade doutrinária:
    “Os escritos de Ellen White não cumprem uma função de regra ou norma de doutrina. A Bíblia sim. Neste sentido, Ellen White não tem autoridade doutrinária igual à da Bíblia” [Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. “A verdade acerca da ‘Mentira White’” em Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética: Antologia de Artigos e Monografias. Compilador: Roger W. Coon (São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1988), p. 157].
    Quero lembrar o irmão “reformado” que falso testemunho é pecado, já que ele se diz seguidor da lei! [Êxodo 20:16].

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  4. O QUE É O “Espírito de Profecia” PARA A IGREJA ADVENTISTA
    Ao comentar a declaração encontrada no livro Nisto Cremos, página 291, que fala do “Espírito de Profecia”, nosso irmão “reformado”, que ironicamente se autodenomina de “teólogo preconceituoso” e de fato é, mais umas vez usa frases isoladas de forma tendenciosa com o simples objetivo de atacar os adventistas do sétimo dia. Veja a frase que ele usa na página referida acima do livro Nisto Cremos: “Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que um dos dons do Espírito Santo é a profecia [cf. Apoc 19:10]. Esse dom é uma característica da igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporciona conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência”. Note que em momento algum é dito que o “Espírito de Profecia” foi “[...] manifestado ‘UNICAMENTE’ no ministério de Ellen G. White [...]”. Os adventistas creem que a expressão de Apocalipse 19:10 não se refere apenas e majoritariamente aos escritos de Ellen G. White.

    Cremos ser Ellen G. White a continuação do dom profético, que existiu também na igreja cristã primitiva (At 21:8, 9; 1Co 14:1[Diz o texto, na NVI: “Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia”]; Ef 4:11) e foi prometido por Deus aos seus filhos nos últimos dias (Jl 2:23-32; At 2:16-21; 12:17; 19:10; 22:9), para que não se corrompam (Pv 29:18) inclusive pela influência dos falsos profetas (Mt 7:15-23; 24:24).

    Algumas obras seriam bastante úteis para que nosso irmão Marcelo Lemos soubesse o que a Igreja Adventista realmente pensa sobre a expressão “espírito de profecia”, que aparece em Apocalipse 19:10.

    Por exemplo, além das obras já citadas nesta breve resposta, o irmão poderia ter lido o livro Interpreting Scripture, onde Ranko Stefanovic afirma ser o “espírito de profecia” uma “referência ao Espírito Santo, que dá o dom profético” aos mensageiros escolhidos [Stefanovic, Revelation of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2009), p. 560].

    A mesma opinião o autor expressou em seu comentário sobre o livro do Apocalipse publicado pela Andrews University em 2009, onde ele cita Richard Bauckham para afirmar que nesse texto (de Ap 19:10) é mencionado “o Espírito [Santo] que fala através dos profetas” [Andrews Study Bible (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2010), p. 1675 e 1683]. Obviamente, a expressão se refere a todo o dom profético dado ao longo da história, tanto aos profetas canônicos (autores bíblicos) quanto aos não canônicos (Ellen White, por exemplo), para testemunhar sobre as Palavras de Jesus Cristo.

    Insinuar que os adventistas acreditam que apenas os escritos não canônicos da Sra. White são o “Espírito de Profecia” é desconhecer por completo a doutrina adventista dos dons espirituais.

    Outra obra abalizada que nosso irmão “reformado” poderia ter consultado é a Andrews Study Bible, que na nota explicativa sobre o referido texto também não reduz o “espírito de profecia” às obras de Ellen White [Andrews Study Bible (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2010), p. 1675 e 1683].

    O artigo A Marca Permanente da Verdadeira Igreja, de Hans K. LaRondelle, também teria sido de grande utilidade para a pesquisa de Marcelo Lemos. Nele LaRondelle afirma, assim como Kenneth A. Strand, ser o “testemunho de Jesus” não exclusivamente um “dom de visões para alguns crentes escolhidos no tempo do fim”, mas sim toda a mensagem profético do Antigo Testamento e o testemunho apostólico do Novo Testamento. [Hans K. LaRondelle, “A Marca Permanente da Verdadeira Igreja”. Revista Teológica do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – IAENE, vol. 3, janeiro-junho de 1999, número 1, p. 6]. Continua...

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  5. Continuação...
    Mais importante ainda para a compreensão do pensamento adventista sobre Apocalipse 19:10 [sobre o “Espírito de Profecia”] é o conhecimento da posição da própria Ellen White a respeito do texto. Caso o irmão Lemos tivesse ao menos consultado o Apêndice escrito por Ángel Manuel Rodríguez, intitulado “O ‘testemunho de Jesus’ nos escritos de Ellen G. White”, disponível na obra Teologia do Remanescente: Uma Perspectiva Eclesiológica Adventista [Casa Publicadora Brasileira, 2012), p. 226-242.], saberia que a Sra. White interpretou o ‘testemunho de Jesus’ (Ap 19:10) “como uma expressão rica, repleta de significação” [Idem, p. 226].

    No referido apêndice o leitor pode constatar que, mesmo aplicando a expressão aos próprios escritos, Ellen White acreditava ser o “testemunho de Jesus” o ‘testemunho dado por Jesus’ sobre Si mesmo, Seus ‘ensinamentos’, a ‘mensagem bíblica que se origina por meio do dom profético’, o ‘Antigo Testamento’, a ‘totalidade das Escrituras’, o ‘livro do Apocalipse’, o ‘dom de profecia’ e até mesmo a ‘mensagem de salvação pela fé em Cristo’.

    Ela atribui à expressão de Apocalipse 19:10 outros significados, porém, esses são suficientes para se comprovar a parcialidade de nosso irmão Marcelo Lemos na maneira como aborda as crenças adventistas. Continua...

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  6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Na frase: “A menos que eu tenha esquecido de tomar meu antidepressivo hoje, essa apologia adventista é uma auto-contradição”. Quero dizer ao meu irmão “reformado” que essa contradição é por conta dele. Afinal, como foi visto acima, o preconceito e a necessidade quase doentia que ele tem de combater os adventistas, fazem com que sua pesquisa incorra em erros crassos, isso por fazer uma leitura tendenciosa em especial para com as obras de Ellen G. White.

    Recomendo a nosso irmão anti-adventista, que se diz um acadêmico e que, portanto deve conhecer a necessidade básica de qualquer pesquisador de buscar em fontes primárias o fundamento de sua tese, e isso deve ser feito sem cortes intencionais para “provar” algo que já havia premeditado, forçando assim um resultado desonesto por conta de suas preconcepções; que se (1) livre do preconceito visível que ele tem expressado em seus muitos artigos contras os adventistas. (2) Depois disso procure de fato ler de forma completa sem sair “pescando” aqui e ali frases isoladas. Só assim, depois destes dois pontos serem seguidos, que nosso irmão poderá dar um parecer mais adequado [sem transgredir o nono mandamento] sobre o que está de fato expresso na vasta literatura adventista [At 26:14].

    Fonte: Este artigo está baseado na resposta dada pelo professor Leandro Quadros, apresentador do programa “Na Mira da Verdade”, da TV Novo Tempo, [http://novotempo.com/namiradaverdade/a-visao-contaminada-do-centro-apologetico-cristao-de-pesquisas-cacp/] ao artigo “Adventismo: Visão Contaminada” de João Flávio Martinez, diretor do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP). As adaptações foram feitas por Régerson Molitor da Silva em resposta ao pôster “Adventismo na Mira...”, publicado no blog “Olhar Reformado” do senhor Marcelo Lemos.

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    1. Ao meu querido apologista do Adventismo:

      "Recomendo a nosso irmão anti-adventista, que se diz um acadêmico e que, portanto deve conhecer a necessidade básica de qualquer pesquisador de buscar em fontes primárias o fundamento de sua tese, e isso deve ser feito sem cortes intencionais para “provar” algo que já havia premeditado..."

      Veja, meu querido, minha tese no artigo acima qual é? Simples: que as doutrinas adventistas FORAM DECIDIDAS com base nas Revelações de Ellen White. E, para sustentar tal tese, observe que querido que eu fiz justamente o que vc sugere: consultei fontes primárias. Primeiro, consultei especialmente a própria Ellen White, e depois, uma obra chamada Nisto Cremos, que também é publicação autorizada pela Igreja Adventista.

      Interessante que você respondeu uma questão QUE EU NÃO FIZ em meu texto, o que parece demonstrar uma certa pressa... Eu não disse que os Adventistas colocam White acima da Bíblia. Tudo o que eu disse - E PROVEI CITANDO ELA MESMO - é que os pioneiros decidiram o que era "a verdade" através das visões da Sra. white, e não através do Estudo das Escrituras somente.

      Recomendo que para continuarmos debater sobre minha tese, que o apologista adventista, antes de qualquer coisa, leia com cuidado minha tese, e então, responda sobre a questão que apresentei, e não a que ele acha que eu apresentei.

      Paz e bem!

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    2. Meu querido irmão em Cristo...

      Acredito que você também não entendeu minha tese no texto resposta... Durante toda ela coloquei de forma bem clara e abalizada o pensamento oficial da IASD e qual a consideração que nós temos em relação aos escritos de Ellen White X autoridade bíblica [Sola Scriptura]. Vou escrever em letras bem grandes - PARA NÓS ASD ELLEN WHITE NÃO TEM AUTORIDADE DOUTRINÁRIA - a Bíblia sim! Diferente de suas interpretações preconceituosas as doutrinas da IASD foram fundamentadas pelos pioneiros com base na Bíblia e não nas visões de Ellen White como você quer dar a entender.

      Aconselho que leia algumas obras que provavelmente você não conheça, para dizer o que verdadeiramente a história diz. As obras são: "Mensageira do Senhor: o ministério profético de Ellen White" de Herbert Douglass; "Portadores de Luz: história da Igreja Adventista do Sétimo Dia" de Richard W. Schwarz e Floyd Creenleaf e a já citada "Questões sobre doutrinas: o clássico mais polêmico da história do adventismo" Ed. Anotada por George R. Knight.

      Recomendo também que leia de forma atentiva minha resposta para, se for preciso, continuarmos a debater.

      Graça e paz!

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    3. Caro irmão em Cristo!

      Quem não entendeu a tese da minha resposta foi você... se tivesse lido de forma atentiva teria observado que a minha resposta foi bem abalizada e com ela eu expus a visão adventista sobre a autoridade dos escritos de Ellen White X Bíblia. Ou seja, vou repetir com letras grandes novamente a resposta ao seu artigo - PARA OS ASD ELLEN WHITE NÃO TEM AUTORIDADE DOUTRINÁRIA - somente a Bíblia tem. Devo lembrá-lo que não só os modernos ASD pensam desta forma como os pioneiros assim pensavam também ao formarem o corpo doutrinário de nossa igreja [tota e sola Scriptura].

      Recomendo algumas obras primária para consultar em sua suposta pesquisa: "Mensageira do Senhor: o ministério profético de Ellen G. White" de Herbert Douglass; "Portadores de luz: história da Igreja Adventista do Sétimo Dia" de Richard W. Schwarz e Floyd Greenleaf e a já cita obra "Questões sobre doutrinas: o clássico mais polêmico da história do adventismo" Ed. Anotada por George R. Knight.
      Fique na paz!

      PS: Vê se desta vez você publica minha resposta...

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    4. O problema é que o seu texto não responde a minha tese. Mas agora você melhorou um pouco sua abordagem. A minha tese PROVA que a Igreja Adventista ESCOLHEU quais doutrinas pregaria com base NAS VISÕES da Sra. White.

      Para refutar isso você precisa DESMENTIR as citações que eu fui buscar NAS FONTES PRIMÁRIAS, ou seja, Ellen White. Entendeu?

      Vai parte das citações novamente:

      "Quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: "Nada mais podemos fazer", o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando, com instruções quanto à maneira em que devíamos trabalhar e ensinar eficientemente. Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma cadeia de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera”.

      Segundo a sua profeta, caro anonimo, era ela com suas visões quem dizia aos pioneiro QUAL DOUTRINA/QUAL INTERPRETAÇÃO era verdadeira. Essa é a minha tese. Se você quer me desmentir precisa RESPONDER A ISSO, ou então, vai apenas perder tempo aqui, e aumentar a audiência do meu blog atoa. Espero que tenham compreendido desta vez.

      Paz e bem

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    5. "Vou escrever em letras bem grandes - PARA NÓS ASD ELLEN WHITE NÃO TEM AUTORIDADE DOUTRINÁRIA - a Bíblia sim!"

      “Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma CONTÍNUA e AUTORIZADA FONTE de VERDADE" (Crença fundamental O dom de Profecia)

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    6. Vou responder em letras bem grandes:

      NINGUÉM TÁ DISCUTINDO ISSO. Entendeu? A discussão é sobre COMO A IASD escolheu O QUE ERA VERDADE E O QUE ERA FALSO. Se quiser responder a isso, comente os textos de fontes primárias que eu citei: ou seja, a opinião da própria Sra. White

      Paz e bem

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  7. "Eu não disse que os Adventistas colocam White acima da Bíblia"
    >Os Adventistas a colocam no mesmo nível., nem acima e muito menos abaixo., pois a interpretação bíblica adventista passa diretamente pelos "escritos" da Srª White.

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    1. Eu sei, conheço a doutrina Adventista da IASD.

      Agora, isso não tem a ver com a tese que apresentei no meu artigo. Só para constar, ok?

      Fique na paz!

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  8. Onde está o meu comentário? Este anônimo acima não foi o comentário que fiz... Por favor, Marcelo Lemos, seja honesto e publique o meu comentário de fato.

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    1. Não há nenhum comentário na fila. Todos foram publicados. Alguns, aliás, dizendo a mesma coisa.

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    2. Só para constar: os comentários são moderados, e como eu não fico no blogger 24 Hrs é preciso aguardar pela moderação.

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  9. MARCELO SOU PRESBITERIANO CONHECI SEU BLOG RECENTEMENTE MUITO BOM, SÓ SALIENTAR QUE OS ADVENTISTAS SÓ PASSARAM ACREDITAR NA DOUTRINA DA TRINDADE POR CAUSA DA ELLEN G.WHITE TAMBÉM, POIS QUANDO ELA OUVIU UM ESTUDO SOBRE A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO ELA CONCLUIU QUE A DOUTRINA DA TRINDADE ERA BÍBLICA. EU MESMO JÁ OUVIR UM ADVENTISTA DIZER, ELLEN .G WHITE DIZ QUE O ESPÍRITO SANTO É DEUS.

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  10. O Apologista do Adventismo é o Rei do Quote Mining ! A Defesa de suas doutrinas estão todas salvas em seu PC e ele só adéqua o texto aos vários tipos de indagações que sofre. Por isso que ficou difícil de entender sua defesa. Um "cristão" institucionalista é o pior dos idólatras.

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    1. Pois é Hamilton Sales! As críticas são sempre as mesmas... a maioria não passam de papagaios repetindo uma apologia "enlatada" contra os adventistas. Ou seja, as respostas já foram dadas anteriormente, mas precisamos repeti-las já que o preconceito é grande... Só para lembrá-lo "porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" Lc 6:38.

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    2. Engraçado que, até agora, nenhum adventista sequer ousou responder a critica feita NESTE artigo. Vir aqui dizer que as criticas são repetitivas chega a ser patético.

      Paz e bem

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