Lutando para vencer; ou, Porque sou teonomista


"Deus deu Mandamentos aos homens. A partir destes Mandamentos os homens moldaram leis pelas quais devem governar. É honroso e louvável servir ao povo administrando tais leis. Se tais leis não são cumpridas, as pessoas não estão bem governadas" - Inscrição sobre a porta da frente da Prefeitura de Cambridge, Massachusetts, EUA (datada de 1888 A.D.)

Por Marcelo Lemos
 
Creio que todo cristão já se apercebeu: estamos numa guerra cultural. O Cristianismo, essa nossa sublime religião, é, certamente, responsável pela construção da Civilização Ocidental que conhecemos. Estamos em guerra, e, infelizmente, o inimigo convenceu os cristãos de que devemos aceitar a derrota cultural, e não só isso, nos convenceu também que temos a obrigação moral de ajudarmos na construção de uma nova ordem mundial, sem Deus, sem Cristo, e sem valores morais absolutos. No máximo, o inimigo nos permite ser cristãos dentro da Igreja, e mesmo assim, com severas restrições (1); e certamente, não nos é permitido ser cristãos dentro de nossos próprios lares (2).

A medida que o humanismo secular avança sobre o mundo, nossa querida religião, o Cristianismo, se torna cada vez mais marginalizada e, em mais alguns anos, seremos tratados como leprosos. Não existe uma “onda anticristã” no mundo, mas uma Tsunami (3). Cristãos estão sendo presos por pregarem contra o homossexualismo, mesmo que jamais tenham agredido qualquer homossexual; psicólogos cristãos que procuram ajudar clientes gays que pedem ajuda, tem seus registros cassados; nações pretendem proibir a leitura da Bíblia por menores; repartições publicas, e empresas privadas, já proíbem seus funcionários de ostentarem qualquer coisa que os identifiquem (como um simples crucifixo, por exemplo); e por aí vai.

Além disso, fomos convencidos de que tal cenário é “certo”, ou então, que estamos num caminho “sem volta”. O mundo nos convenceu que podemos até ser cristãos, mas não podemos desejar viver numa sociedade cristã. Ou melhor, o mundo nos diz que ele, de modo bondoso, nos deixa ser cristãos, como se nos fizesse um favor. E, como estamos vivendo de favor, é bom não nos atrevermos a questionar muito; do contrário, até o que temos nos será tirado. Andamos com a espada sobre nossas cabeças em todo e qualquer lugar, na Escola, na Faculdade, no Trabalho, na Mídia, na Política...

Entretanto, para sermos justos é preciso admitir que a Igreja mesma contribuiu com essa mentira, quando elaborou uma exegese que aponta um futuro sombrio para si mesma; exegese na qual não há qualquer sinal de esperança. A nossa volta, inúmeros cristãos se acham capazes de abrir as Escrituras e dizer: “Veja, as coisas estão ruins, e vão ficar ainda piores, nada podemos fazer, a não ser, cuidar de nós mesmos” (4). Esse pessimismo tem tudo haver com Escatologia, especialmente com o sistema Dispensacionalista.

Igreja e Escatologia.

Vou direto ao ponto aqui: na minha opinião, o Dispensacionalismo é uma das doutrinas mais perniciosas dentro da igreja hoje. A maioria dos cristãos que conheço pessoalmente são dispensacionalistas, e, admito, são cristãos verdadeiros e compromissados com Deus. São gente salva, deixo claro. No entanto, em sua maioria não sabem que sua teologia originou-se com a visão de uma adolescente chamada Margaret McDonald, na Escócia. As visões dessa jovem influenciaram um pregador fervoroso, de nome John Nelson Darby, que sistematizou a doutrina chamada “dispensacionalismo” e o “pre-tribulacionismo”, e a introduziu nos Estados Unidos (5). Hoje, devido sua grande influencia, é uma das correntes escatológicas mais populares do mundo, e várias Igrejas a adotam como dogma de fé.

Repito que os cristãos dispensacionalistas são verdadeiros crentes, no entanto, tenho para mim que o próprio Diabo inspirou a jovem McDonald – para comprovar, basta-nos as Escrituras, além disso, o fato de a Igreja ter, com essa mentalidade derrotista, entregue o mundo nas mãos de Satanás.

A escatologia da derrota é uma farsa, um engano forjado nas caldeiras do Inferno. E nós, cristãos, engolimos a mentira, e até ajudamos a forjá-la. E mais, não apenas a engolimos, como tendemos a ver nessa posição de derrotados, um sinal de boa espiritualidade (6). A escatologia da derrota é uma farsa; sim, pois a Escatologia Bíblica nos fala de esperança e domínio. A Escatologia Bíblica é o Reino de Deus que chegou a nós:

E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do SENHOR no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do SENHOR. E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR” (ISAÍAS 2.2-5).

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (ISAÍAS 9.6,7).

Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no SENHOR herdarão a terra. Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá. Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz (SALMOS 37.9-11).

Dominará de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra. Aqueles que habitam no deserto se inclinarão ante ele, e os seus inimigos lamberão o pó. Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão (SALMOS 72.8-11).

Todas estas, e muitas outras profecias Messiânicas (7), nos apontam um Cristo Vencedor, guerreiro e dominador. Terá o Evangelho exito em trazer todas as nações para adorarem aos pés de Cristo, ou fracassará? Vejam: o cristão dificilmente fará algo para melhorar o mundo se acredita que Cristo abondou tudo isso aqui as traças, e que só nos resta aguardar o porvir Eterno, que não sabemos quando se dará. Recentemente, mesmo alguns dispensacionalistas, por admitirem não saber quando se dará esse porvir, já começam a investir mais na vida “secular”, o que é louvável; mesmo assim, não deixa de ser uma posição contraditória, não acham?

Se a Igreja tem um conceito positivo a respeito do futuro – o que não significa descrença na Eternidade – ela promoverá o reino de Deus no mundo, e seu legado atravessará por gerações. Nos últimos 150 anos (mais ou menos), desistirmos de lutar, e hoje, tentamos salvar o resto do que ainda nos sobrou... E cada dia a sobra é menor.

Evangelho, Escatologia e Teonomia.

Apesar de saber que muitos teonomistas não são pós-milenistas*, tenho para mim que os dois termos estão intimamente ligados. Seja como for, quando falamos em Teonomia ou em Pós-Milenismo, juntos ou separados, é preciso nunca perder de vista que o Evangelho trata de conversão e não de coerção. Em outras palavras, nenhum Estado baseado na Lei de Deus será capaz de transformar o coração dos homens, apenas o Espírito Santo pode fazer isso, por meio da Pregação Fiel.

Por isso, não acredito em uma “reconstrução cristã” da sociedade, como coisa imposta por alguma esfera superior (legislação), mas somente se oriunda de um avivamento a nível pessoal, que se dá somente por meio da Pregação, jamais pela Política – a política pode ser avivada pela Pregação, mas não pode fazer aquilo que é dado apenas a Pregação fazer. De modo que, no contexto atual, a ação da Igreja é mais paliativa, ou seja, atuamos somente no sentido de barrar o avanço da iniquidade, protestando, por exemplo, contra legisladores que querem aprovar o casamento homossexual, o aborto, enfim.

Não quero com isso, dizer que deveríamos, por algum momento, diminuir nossa enfase na Teonomia, mas sim, que devemos, primeiro, enfatizá-la a nós mesmos, a nossas famílias, e a nossas comunidades de fé (igrejas). Quero com isso, apenas lembrar que Jesus Cristo mesmo descreveu o lento processo de crescimento do Reino: Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos” (S. MATEUS 13.31,32). E ainda mais outra ilustração: “Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado (S. MATEUS 13.33).

Se tentarmos inverter a ordem desse processo de transformação, cairemos no mesmo erro dos fundamentalistas de Alá. Eles sonham com um mundo submisso as Leis do Alcorão, e aceitam qualquer coisa para conseguirem isto, até mesmo a guerra, a mentira, a desinformação, as alianças com “infiéis”, e o suicídio. Nada disso tem lugar no coração do Evangelho: “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos!” ( Zaquarias 4.6). Então, a base da Teonomia é o Evangelho, não a Lei. Se esta afirmação lhe parecer paradoxal, é provável que não compreendeu ainda o que o movimento pela teonomia pretende.

Acho necessário enfatizar novamente que motor do avanço cultural de um e outro (Evangelho e Teonomia), alimenta-se de nossa ótica do futuro, ou seja, da nossa Escatologia. Colocando em termos mais práticos: a escatologia da derrota nos conduz ao entreguismo cultural, do qual nem precisamos falar, pois está a nossa volta; na escatologia da vitória (8), somos convocados a participar ativamente da guerra cultural a nossa volta, e assim, exercemos a mente cristã em todas as áreas da vida e da sociedade: educação, política, artes, medicina, ciências biológicas, jornalismo, e assim por diante. Veja, ainda não estamos falando de Teonomia enquanto “governo teocrático”, mas enquanto militância pessoal, evangelismo, apologética, pregação do Evangelho, enfim.

Quando se daria, então, essa “teocracia” a nivel cívil? Na verdade, o Governo de Deus já é real, acontece apenas da sociedade de nossos dias ser infiel a Nova Aliança, incluindo os cristãos. Mas, do ponto de vista político e secular, ela se “daria” apenas quando o governo civil passasse a responder aos anseios cristãos da maioria dos membros desta ou daquele país, cidade, ou estado. Lembrando que quase todo teonomista aceita a ideia de que a Republica seja o modelo de Estado mais próximo dos valores bíblicos. Mas, na nossa realidade tupiniquim, se faz necessária uma palavrinha a mais: acredito firmemente que o modelo de Republica que mais se enquadraria na cosmovisão cristã é a Republica Federativa. Infelizmente, o Brasil não é nem uma Republica, nem uma Federação – e muito menos uma democracia real e sólida, como a grande mídia tenta nos convencer. Mas, deveríamos lutar para o que Brasil fosse aquilo que diz ser. Ilustro a importância disso no próximo parágrafo.

Numa Republica Federativa poderia ocorrer o seguinte: um Estado da Federação (talvez São Paulo) experimenta um grande avivamento,e o povo almeja por reformas políticas e morais significativas. No modelo político atualmente em vigor no Brasil, isso é impossível, pois dependemos de Brasília até para assoarmos o nariz (apesar de nem sabermos para qual lado ela fica). Ironicamente, no modelo atual, mesmo que o Estado de São Paulo (ou outro) tenha eleito representantes cristãos, ele pode acabar sendo obrigado a aceitar uma lei pró casamento gay ou pró-aborto, só porque a maioria dos representantes de outros Estados assim desejam. Numa Republica Federativa, os Estados teriam autonomia para legislar de acordo com os interesses locais, tendo a Constituição como Carta Magna.

No modelo acima, se evitaria a criação de um Estado Forte, e teriamos, na verdade, o conceito de Estado Mínimo – o que evitaria o poder nas mãos de pessoas, ou de grupos econômicos ou religiosos. Também se respeitaria o autogoverno das pessoas e dos Estados que compõem nosso Pacto Federativo. Na teoria, este é o modelo adotado no Brasil, mas na prática precisamos de uma profunda reforma política, e certamente de uma nova Constituição.

Bem, resta dizer para terminar esta parte, que me parece que muitos teonomistas entendem muito pouco de como funciona a política, e menos ainda do que seria uma democracia cristã; o que nos deixa a incomoda impressão de que são, na verdade, mais um grupo revolucionário. Da minha parte, eu aceitaria, inclusive, o desafio de criar um partido cristão, que fosse teonomista e republicado federalista (se houver interessados, comentem) (9). Agora, uma teonomia no estilo islãmico, imposto pela força, é anti-cristão.

Observações adicionais, e necessárias.

Mesmo que algumas criticas feitas a determinados teonomistas, ou a determinadas posições, sejam pertinentes, vale lembrar que nossos opositores pouco sabem sobre nós e, por isso mesmo, acabam atacando posições que não temos; ou então, atacam posições de um e outro teonomista no máximo. A seguir algumas observações para auxiliar na busca por um melhor entendimento.

a. A reconstrução não defende o domínio político da Igreja; mas o domínio do Evangelho que reflete em todas as áreas da sociedade, primeiro o indivíduo, sua família, a Igreja, e só por ultimo, a política; e esta última, jamais é controlada pela Igreja, mas sim pela democracia representativa;

b. A reconstrução cristã não é uma revolução, como por exemplo, acontece em ideologias como o comunismo ou islamismo; antes, nas palavras do teonomista Jay Rogers “defendemos primeiro a regeneração e só depois a reconstrução. Nós não defendemos a revolução... Nosso objetivo não é dominar a esfera política, mas trabalhar para a regeneração dos indivíduos e das famílias a nível local, e para a Reforma da Igreja.

c. Ou seja, a Reforma Política, ou 'Teocracia Cristã', viria da regeneração da sociedade, não o contrário; por isso, o mesmo Jay Rogers declara que tal coisa aconteceria: “De baixo para cima, não de cima para baixo”. Ou seja, uma sociedade cristão reformando a política, não uma política cristã reformando a sociedade;

d. A reconstrução não é um retorno a totalidade dos preceitos mosaicos; aquilo que o Novo Testamento aboliu, abolido está. A hermenêutica precisa ser cristocêntrica, evangélica;

e. A reconstrução não defende um Estado Federal Forte, mas sim que a sociedade governe a si mesmo, sendo o Estado o seu representante; ou seja, o Estado a serviço da sociedade: Se a Bahia não aceita a pena de morte, o Governo Federal não pode intervir, mas se Minas Gerais aceita, a liberdade de escolha de sua população é respeitada;

f. A reconstrução não defende que o Estado tenha poder de legislar em assuntos religiosos; de modo que fica completamente assegurada a liberdade religiosa;

g. A reconstrução acredita numa Igreja una, se não em tudo, ao menos nos pontos essenciais da fé e da moral cristã, e por isso, acredita na confessionalidade; ou seja, defendemos a aceitação e ensino dos credos e confissões históricas. Observe que enquanto não conseguirmos nos compreender entre nós mesmos, tudo fica no campo da utopia; portanto, a regeneração pessoal e a Reforma da Igreja é prioridade número um;

h. A reconstrução ainda tem pontos a acertar; por exemplo: creio que todo adultero deveria sofrer sanções legais, mas nem todos devem receber Pena Capital – penso assim pela imagem de Cristo “escrevendo na areia”. Eu defenderia a Pena Capital para um adultero apenas no caso, por exemplo, de um esposo que contaminasse a mulher com alguma doença fatal (neste caso não tem como ele restituir a esposa, o que implica em Pena Máxima); também não vejo nenhuma razão no Novo Testamento para pena máxima contra homossexuais, desde que não se violassem os direitos individuais de outrem;

i. No entanto, os dois pontos anteriores não desqualificam a Teonomia, nem implicam em algum problema com a Lei de Deus, mas apenas que nós, reconstrucionistas, somos humanos e falhos, e que ainda precisamos crescer em conhecimento. Também nos diz muito sobre a importância de uma Republica Federativa;

j. Os três pontos anteriores, que falam das diferenças existentes dentro da própria Teonomia, enfatizam ainda mais a necessidade de rejeitarmos um Estado Forte; também por isso, os reconstrucionistas veem o Estado como sendo apenas mais uma das formas de governo instituídas por Deus: 1) primeiro, é o próprio autogoverno do cristão (liberdade cristã); 2) segundo, o governo da família; 3) terceiro, o governo da Igreja (para assuntos eclesiásticos); 4) quarto, o governo civil, exercido pelo Estado, para cumprir os anseios da sociedade formadas pelas três formas de governo anteriores.

l. Uma ultima observação, para frisar ainda mais algo já sinalizado: alguém que pretenda impor a Teonomia por meio da força (política, econômica, ou das armas), não pode ser chamado de teonomista, mas sim de revolucionário e anti-cristão.

Para concluir, afirmo poder compreender as preocupações dos não cristãos com a ideologia reconstrucionista; no entanto, não vejo motivos sólidos para um cristão alimentar os mesmos temores, a não ser que não conheça o que exatamente é a Teonomia, ou que tenha tido contado com uma definição incompleta do que ela é realmente. Além disso, me parece que o incrédulo não deva temer a Teonomia, pois não buscamos um 'Talibã de Gezuis', como alguns imaginam (risos). Nada mais falso, queremos a conversão da sociedade, feita EXCLUSIVAMENTE pelo Evangelismo, e somente DEPOIS, uma reforma política completa, acontecendo de modo gradual, casa por casa, bairro por bairro, Igreja a Igreja, cidade a cidade, estado a estado. Enquanto isso, somos apenas uma força de resistência moral, religiosa e política.

Não compreendo, contudo, o fato de muitos cristãos reformados serem, não apenas contra a Teonomia, como também defensores da ideia de que tal reconstrução contrarie as confissões de fé da Teologia Reformada, como a da Assembléia de Westminster. Ao que me parece, de duas uma: ou não compreender a Teonomia, ou não compreendem o contexto da redação da CFW – mas isso, queridos, é assunto para outro artigo, querendo Deus.

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Referencias:

1. Um site homossexual comenta assim a lei contra a “homofobia” que querem aprovar no Brasil: 'Padres e Pastores cuidarão de suas ovelhas dentro de suas Igrejas. E o Estado continuará com sua vida'. Evidentemente isso já é ruim, mas ainda assim é mentira, pois a lei nem foi aprovada ainda, e qualquer pessoa que tente ajudar um homossexual que deseja abandonar seu pecado, será processado, como temos visto! Agora, vejam: livros, revistas, palestras, BLOGS, tudo isso poderá vir a ser censurado, muito em breve. Para saber o que está acontecendo contra o LifeSiteNews, no Canadá, clique aqui;

2. Para conhecer um exemplo bem “simples”, leia este artigo; ou este, que trata das medidas adotas pela ONU a fim de controlar a ação das famílias;


4. Um dos sites cristãos, de renome internacional, que mais denuncia os abusos da Nova Ordem Mundial, é o “Espada do Espírito”; no entanto, apesar de denunciar, ele defende abertamente que isso é o que deve acontecer, em cumprimento das Escrituras – é a teologia da derrota cultural defendida pela própria Igreja (o site, contudo, tirando seu pessimismo, é interessante como pesquisa sobre a perseguição que estamos relatando);

5. Maiores detalhes sobre as origens do Dispensacionalismo, neste artigo do excelente monergismo.com;

6. A irmã, que muito estimamos, Mary Shultze, chega a lamentar que nosso otimismo teológico e escatológico esteja, na visão dela, em “assombrosa atividade”; um outro autor, blogueiro, chega a nos acusar de ensinarmos o mesmo que as Testemunhas de Jeová, numa demostração de que ou não sabe qual a doutrina Jeovista, ou não sabe o que nós, pós-milenistas (e teonomistas), cremos. Este último artigo, porém, do ponto de vista teológico e técnico, é completamente descartável, sem qualquer valor de pesquisa, já que sequer consegue distinguir os termos teológicos que usa - o citamos apenas para demonstrar como os pessimistas tendem a pensar sobre o otimismo;

7. Isa. 2:2-5; 9:2-7. 11:1-10; 32:15-17; 40:4-11; 42:1-12; 49:1-26;  56:3-8; 60:1-22; 61:1-11; 62:1-12; 65:1-25; 66:1-24; dentre tantas outras mais;

8. Apesar do Amilenismo possuir sua própria dose de certo pessimismo, do ponto de vista exegético, acredito que ele etá mais próximos do Pós-milenismo do que muitos imaginam; sem menosprezar os detalhes exegéticos envolvidos, creio que a grande diferença está justamente no extremo otimismo que nós, pós-milenistas, alimentamos;

9. Antes de aceitar o desafio, lembre-se que tal iniciativa exigiria o recolhimento de algo em torno de 500.000 assinaturas; colocar nossos ideais em prática é sempre a parte mais difícil (risos);

* De certo modo, este artigo trata os dois temos quase que como sinonimos, para não ter que ficar diferenciando um do outro toda hora.

9 comentários :

  1. Amado Marcelo,
    uma coisa
    Creio que todo cristão já se apercebeu: estamos numa guerra cultural. (???)
    Base bíblica para afirmação.

    A nossa volta, inúmeros cristãos se acham capazes de abrir as Escrituras e dizer: “Veja, as coisas estão ruins, e vão ficar ainda piores, nada podemos fazer, a não ser, cuidar de nós mesmos”
    Não há base bíblica para o argumento dos inúmeros?

    "A Escatologia Bíblica é o Reino de Deus que chegou a nós:
    Faça citações neo-testamentárias. Suas citações foram todas da Velha Aliança.

    "por admitirem não saber quando se dará esse porvir, já começam a investir mais na vida “secular”, o que é louvável".
    Nisto não te louvo. Achar que a secularização é louvável.

    por fim, seria bom rever o conceito de "estado federativo"... e concordo conhecemos muito pouco um dos outros (teonomistas e não teonomistas).

    As misericórdias de Deus são a causa de não sermos consumidos.

    Em Cristo.

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  2. Marcelo, por acaso você poderia legandar esses videos? Parecem excelentes e seriam de grande auxilio.

    Uma Noite De Escatologia

    http://www.youtube.com/watch?v=JDwUFnYLiy8&feature=related

    Graça e Paz.

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  3. Irmão Paulo Brasil;

    Sempre grato por sua participação. A seguir algumas observação que faço sobre seus comentários, demonstrando as razões pelas quais discordo do posicionamento do irmão:

    a) A guerra cultural, e sua base bíblica. A guerra cultural é evidente por si mesma, a questão é saber se devemos ou não se importar com ela. Para provar que sim, podemos começar com II Cor. 10.4-6.

    b) O pessimismo escatológico de “inúmeros” cristãos não possui base bíblica. A menos que Cristo tenha se enganado quando o pregresso crescente do Reino que inaugurou; S. Mateus 13.31-33, e outros, provam este ponto.

    c) Quando a vida “secular”, observe, primeiramente, que no meu texto o termo está entre aspas (“”); isto porque sou completamente contra o dualismo presente na mentalidade de muitos evangélicos. De modo que não defendo nenhum secularização da vida cristã, como irmão parece ter interpretado.

    d) Quando ao conceito de Estado FEDERATIVO, acho que eu, que já fui até convidado a participar de um dos maiores projetos políticos que o Brasil já viu nesse campo, dificilmente estaria enganado em minha definição. No entanto, se for o caso, apreciaria ser corrigido, afinal, é uma bandeira política que levanto com muito zelo.

    e) Quanto as minhas citações do Antigo Testamento, todas elas são profecias messiânicas, as quais o Novo Testamento AFIRMA terem se cumprido NA PRIMEIRA VINDA DO CRISTO; logo, não há qualquer equivoco em minha exegese, a menos que se prove do contrário.

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  4. Irmão Diego;

    Rapaz, essa coisa de editar vídeos já é difícil, legendar então nem se fala... Mas não descarto. Vamos ver o que dá para fazer, mas não prometo muito, até porque meu trabalho aqui é bem solitário.

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  5. Amém irmão, sei que é difícil pra você.

    Graça e Paz.

    Você poderia fazer uns posts sobre textos Biblicos arminianizados? Usados para defesa do arminianismo. Seria excelente.

    Abraços.

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  6. Irmão Diego;

    Essa segunda sugestão é mais em conta, e, inclusive, estou lendo um livro de Arthur Pink que fala exatamente sobre muitos destes versículos - o primeiro que ele comenta é sobre Abel e Caim. Lendo o livro tive a mesma idéia que o irmão sugere. Vou me esforçar para atender esse pedido.

    QUANDO AO VIDEO, verei o que posso fazer, mas como vão muitos (pelo que vi, 14 partes) é bem complicado, mas não impossível; por isso, não posso prometer.

    Paz

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  7. Qual livro é esse? Estou lendo Deus é Soberano e estou preso pelo estilo, profundidade e clareza de Pink ao escrever. Muito bom.

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  8. Ops! Perdão, eu confundi os autores; na verdade é John Gill, he, he, he... O nome do livro é The Cause of God and Truth.

    Desculpe a confusão.

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  9. Descobri que sou teonomista, rsrs, mas só com relação a política que fico com pé atrás. Nós devemos sim ser atuantes na sociedade e na cultura mas acredito que há meios melhores para se fazer isso do que a criação de partidos políticos.

    Layssa

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